“Não fui bater à porta da Segurança Social”, diz deputado do Chega que foi emigrante ilegal em França
O deputado do Chega pela Europa, José Dias Fernandes, relativizou o facto de ter sido emigrante ilegal em França, argumentando que foi para o país para "trabalhar" e para criar "riqueza". Não ficou surpreendido com os resultados: propõe aumentar os consulados e ensinar português nas associações da comunidade.
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Os primeiros anos em França, onde chegou há quase 50 anos, não foram fáceis para José Dias Fernandes, de 64 anos, o deputado eleito pelo Chega pelo círculo da Europa. Segundo o emigrante, chegou ao país sem “papéis” – ilegal - e, foi obrigado a regressar a Andorra. Só conseguiu a autorização de residência durante a governação socialista de François Mitterand.
Ao JN, conta que na altura milhares de portugueses iam para França a “salto” e só depois de lá estarem “arranjavam trabalho e os papéis”. “Eu tive a infelicidade de não conseguir logo trabalho. Se fui expulso é porque a lei francesa, nessa altura, na sua legalidade, não me deixou ficar. Não estou contra, executou-se o que é a lei francesa”. E atira: “Mas vim para cá trabalhar, não fui bater à porta da Segurança Social para me darem dinheiro para eu sobreviver, nem dormida. Tive que arranjar trabalho e criei empresas e riquezas, não só para a França mas também para Portugal”, esclarece o empresário que trabalhou na construção civil mas entretanto já está reformado.