“Não se aceita, ponto!” é o nome da campanha lançada hoje, com os olhos no combate e prevenção da violência durante o ciclo da vida. No dia de São Valentim, as três entidades organizadoras do evento quiseram celebrar o amor, mostrando aquilo que não deve ser aceite
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Em declarações ao JN, Maria João Fernandes, vice-presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, revelou que com esta campanha querem “quebrar o ciclo intergeracional da violência”.
A campanha pretende alterar comportamentos, provocar reações e ajudar as vítimas a perceberem os sinais de violência, bem como incentivar os cidadãos para serem agentes ativos no combate à violência.
Para além de destacar que o combate à violência deve ser feito independentemente da idade e estrato social das vítimas, a vice-presidente diz que o objetivo da campanha é “provocar uma reflexão, que poderá mudar comportamentos”, acrescentando a urgência de “conseguir uma atuação preventiva, que tem de ser o mais precoce possível”.
Maria João Fernandes alerta ainda para esta “pandemia que pode afetar todos, daí esta iniciativa ser conjunta, uma vez que a ideia é a prevenção da violência no ciclo de vida”.
Através da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens foi possível lançar a campanha que contou com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
O evento teve lugar esta quarta-feira no Centro de Congressos do Estoril e contou com vários convidados, sobretudo ligados aos setores da Saúde e da Educação.
A campanha focou-se em crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com especial vulnerabilidade, sem discriminar contextos socioeconómicos e culturais.
A escolha do dia do lançamento da campanha não foi feita ao acaso. Segundo a vice -presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, “é o dia dos afetos e do amor e, naturalmente, um dia contra a violência”. Para além disso, possui a “imagem e mensagem não só de intolerância com a violência, mas também para olharmos para o que há de positivo e conseguirmos ter esta consciência de comunicar e ajudar”.
Maria João Fernandes informou que esta campanha vai ter a particularidade de durar até ao fim do ano, com outros momentos e iniciativas por divulgar.