O ministro do Ambiente e Ação Climática considera "fundamental" a não utilização de máscaras descartáveis e diz que faz mais sentido, dos pontos de vista económico e ambiental, a máscara reutilizável.
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"Fundamental é as pessoas não utilizarem máscaras descartáveis. E já agora, se as utilizarem, pelo menos que as ponham no lixo comum e não as entendam como um material reciclável, porque o crescimento do descartável, seja em plástico ou não, não faz qualquer sentido", disse João Pedro Matos Fernandes numa entrevista ao "Porto Canal", a propósito do aumento de descartáveis devido à pandemia.
Sublinhando que o problema ambiental "mais agudo" é "sem dúvida o absurdo da utilização do descartável", o governante disse, a título de exemplo, que a utilização de toalhas descartáveis por parte de barbeiros e cabeleireiros ou de copos de café descartáveis em restaurantes não faz sentido.
João Pedro Matos Fernandes reafirmou que as metas sobre os plásticos são para cumprir, considerando uma "contradição" o uso de um material indestrutível como o plástico como material descartável. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde recomendou o uso de máscaras comunitárias para a covid-19 feitas de tecido.
Subsídios para comprar bicicletas e programa para ciclovias
Na entrevista, o ministro lembrou ainda que há subsídios para compras de bicicletas e disse que ainda este verão será lançado um programa de seis milhões de euros para a construção de ciclovias. É "fundamental a utilização da bicicleta, que vai acontecer cada vez mais numa via de circulação normal", disse.
Em relação ao plano de recuperação económica, João Pedro Matos Fernandes afirmou que "uma parcela muito expressiva dos fundos que virão de Bruxelas" serão para que se acelere o Pacto Ecológico Europeu ("Green Deal"), apresentado pela Comissão Europeia no final do ano passado. "A economia tem de crescer. Mas sem emissões, garantindo que se consegue regenerar os recursos", avisou.