Até novembro, nasceram mais 230 bebés. Interior mantém declínio.
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Ainda faltam apurar os nascimentos de dezembro. Mas os dados apontam para que em 2019 tenham nascido mais bebés do que em 2018. É o segundo ano consecutivo com mais nados-vivos. Apesar de um crescimento ténue. Para o qual tem contribuído o efeito migratório, com 11% dos bebés filhos de mães estrangeiras. Numa leitura territorial, o Interior continua a perder população.
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Conforme o JN noticiou, nos primeiros 11 meses do ano passado nasceram 80 714 bebés. Foram mais 230 recém-nascidos a fazerem o teste do pezinho, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). O que se traduz num acréscimo de 0,3% face a período homólogo de 2018.
Lisboa continua a ser o distrito com mais nascimentos, respondendo por 30% do total. Os dados do INSA permitem, aliás, constatar uma subida da natalidade em 11 distritos e um agravamento do declínio populacional no Interior do país.
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Castelo Branco regista a maior quebra (-18%), com menos 180 nascimentos, seguindo-se Portalegre (12%), Guarda (-9%) e Vila Real (-7%). Lisboa conta com mais 448 nascimentos (+2%) e Setúbal com mais 233 (+4%). O que faz com que, e ao contrário do que acontecia em 2018, estejam a nascer mais bebés em Setúbal do que em Braga.
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Recorde-se que, em 2018, a natalidade subiu 1% face a 2017, ano em que os nascimentos voltaram a baixar depois de dois anos consecutivos a subir. A confirmar-se a evolução dos números, 2019 será o segundo ano de aumento da natalidade.
Mas ténue. Que não evidencia qualquer tendência, como explicava ao JN a demógrafa Maria João Valente Rosa. O certo, sim, é que "desde 2012 estamos abaixo dos 90 mil nascimentos/ano, não sendo expectável que se inverta", frisava.
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392 078
No primeiro dia de 2020 terão nascido, de acordo com uma estimativa da Unicef, 392 078 bebés em todo o Mundo. Índia, China e Nigéria terão registado o maior número de nascimentos. Para Portugal, a Unicef estimou, para 1 de janeiro de 2020, 213 nados-vivos.
Complemento-creche
No próximo ano letivo todos os portugueses com filhos em creches vão ver o valor da creche comparticipado a partir do segundo filho. Um valor universal, mas que não será igual para todos, dependendo dos rendimentos.
Dedução fiscal
Os agregados com dois ou mais dependentes terão um aumento da dedução à coleta de 726 euros para 900 euros a partir do segundo filho. Pelo menos um dos dependentes tem de ter até três anos de idade. A licença obrigatória do pai passa de 15 para 20 dias, sendo paga a 100%.