O candidato presidencial Henrique Neto considera que valeu a pena participar nas eleições e diz que nem Marcelo Rebelo de Sousa nem Sampaio da Nóvoa, à frente nas sondagens, darão um bom Presidente.
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Nenhum deles, disse hoje em Lisboa, vai fazer "o que for de essencial para que o país cresça", para a economia ou para a criação de empregos, porque nenhum deles tem uma estratégia para o país e são "os culpados de o país andar a navegar à vista nos últimos 20 anos".
É por isso que, disse aos jornalistas no final de uma arruada na baixa de Lisboa, se houver uma segunda volta vai votar em branco, porque não confia em nenhum dos candidatos "que estão na corrida" e não quer reconhecer daqui a dois anos que se enganou.
Henrique Neto subiu hoje o Chiado, na baixa de Lisboa, com o mandatário nacional Luís Campos e Cunha, e com Ribeiro e Castro (da Comissão Política). Acompanhou-o um pequeno grupo de apoiantes com algumas bandeiras e nalguns momentos uma chuva miudinha.
O candidato não recebeu manifestações de apoio nem de desagrado, antes de indiferença, com um popular a dizer que não vai votar e justificando: "não acredito em nenhum deles, nem no senhor". E Henrique Neto rápido na resposta: "eu também não acredito em muitos".
Num dia em que metade das pessoas que abordou era turista, aos portugueses perguntava se iam votar e entregava-lhe um folheto de propaganda. E no Rossio encontrou mesmo um antigo colega de trabalho, que não via há quase 50 anos.
Trabalharam juntos na Marinha Grande, na década de 1960, e Henrique Neto era o encarregado. "Fiquei com boa impressão dele", disse à Lusa Albertino Falcão, antigo fresador na Marinha Grande e depois mais de três décadas trabalhador da TAP.
Do Rossio ao Chiado, bem-disposto, apelos ao voto e um balanço a dizer que valeu a pena e que vai continuar a intervir politicamente.
E que termina motivado e que estava preparado para como decorreu a campanha, incluindo as intenções de voto segundo as sondagens. Mas lamentando que sejam os candidatos do sistema que vão ficar, pelo menos mais cinco anos, a