Adolfo Mesquita Nunes apelou ao voto dos indecisos e daqueles que pensam “num voto de protesto para fazer abalar o regime”. “Nenhum voto de protesto consegue garantir que nos vamos livrar do PS”, avisou o ex-dirigente do CDS-PP, nu comício da Aliança Democrática (AD), este domingo, em Coimbra.
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“Quem não está satisfeito não pode premiar quem governou o país durante mais de 20 anos e 30 anos”, considerou Adolfo Mesquita Nunes, num almoço-comício da Aliança Democrática (AD), este domingo, em Coimbra.
Para o ex-dirigente do CDS-PP, um voto de protesto só vai “deixar feliz” o PS que “não soube fazer”. “O PS não falhou por acaso, por coincidência, por distração. Nos últimos 30 anos, o PS governou mais de 20 anos. Não foi por distração. É não saber fazer”, disse.
Segundo Adolfo Mesquita Nunes, a prova da incapacidade dos socialistas em gerir os destinos do país está no estado em que se encontram setores como a educação e a saúde. “Que Estado social é este que o PS nos deixa? Podem dizer o que quiserem, com a voz embargada, mas a verdade é que o Estado social está pior do que deixamos”, assegurou.
Considerando que a AD é a “casa do eleitorado moderado, sensato e equilibrado”, Adolfo Mesquita Nunes tentou convencer os portugueses a não optarem pelo voto de protesto ou de extremismos, à direita e à esquerda.
“A AD é a casa do eleitorado que quer um modelo de desenvolvimento que está nas famílias, nas empresas e não nas palavras emocionadas dos socialistas ou em modelos económicos que, sempre que testados, acabaram em fome e em ditaduras”, sustentou o ex-dirigente do CDS-PP, acrescentando: “Olhem para o mundo, querem mesmo apostar em partidos que se associam a aliados de Putin? Acham mesmo que é desse tipo de partidos que precisamos? Se queremos um ocidente forte contar as aspirações russas a AD tem que ganhar”.
Dirigindo-se aos eleitores que pensam num “voto de protesto para abanar o regime”, Mesquita Nunes avisou: “Nenhum voto de protesto nos consegue garantir que nos vamos livrar do PS, dos mesmos do costume”.
Depois de tentar “atrair” votos à Esquerda, Mesquita Nunes virou-se para eventual eleitorado do Chega, embora sem nunca se referir ao nome do partido de André Ventura. “Todos os que acham que é preciso uma oposição violenta, que humilha os adversários, com estilo populista, que destila ódio e ressentimento, nenhum dos líderes que nos inspirou não nos inspirou porque gritavam”, lembrou, exemplificando com Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e Margaret Tatcher.
“Se queremos que o PS tenha uma derrota profunda a AD tem mesmo que ficar em primeiro lugar”, concluiu Mesquita Nunes.