O presidente da República deu posse ao novo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Jorge Nobre de Sousa, numa cerimónia de escassos minutos e na qual esteve presente o antecessor, almirante Henrique Gouveia e Melo.
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A curta cerimónia começou às 12 horas, na sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, terminando pelas 12.02 horas.
"Eu, abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas", leu o agora almirante Jorge Nobre de Sousa, antes de assinar o auto de posse.
A passagem de testemunho contou com a presença do antecessor no cargo, almirante Henrique Gouveia e Melo, - momentos antes de este ser condecorado pelo chefe de Estado na mesma sala - do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Nunes da Fonseca, dos chefes militares do Exército e Força Aérea, entre outras personalidades.
Terminada a cerimónia, seguiram-se os cumprimentos habituais. Nobre de Sousa foi cumprimentado pelo presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, que fez uma ronda pela sala até chegar ao almirante Henrique Gouveia e Melo, que assistia à cerimónia, a quem apertou a mão.
Na passagem de testemunho, Gouveia e Melo deu um forte abraço a Nobre de Sousa, que esteve também acompanhado pela família.
Jorge Manuel Nobre de Sousa assumiu o cargo de 2.º Comandante Operacional das Forças Armadas em julho de 2022 e dirigia até hoje o Comando Conjunto para as Operações Militares.
Nascido em 1963, ingressou na Escola Naval em 1981, e foi promovido a aspirante em 1987.
Ao longo da sua carreira, integrou inúmeras missões, nomeadamente da NATO, e exerceu várias funções, entre elas, a de subchefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares, comandante naval, chefe do Estado-Maior do Comando Naval, prestou serviço na Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada e foi também comandante do Corpo de Fuzileiros.
Já recebeu várias condecorações, tendo sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, em 2009, que se destina a premiar altos serviços militares.
Nos termos da Constituição, compete ao Presidente da República nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armada e os chefes dos três ramos militares.