Ex-ministro e médicos estão perplexos com a decisão da CReSAP sobre falta de nomes "com mérito" e exigem explicações.
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A nomeação da nova diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, está a incendiar a Saúde Pública. Os médicos estão perplexos com o desfecho do concurso para a liderança da Direção-Geral da Saúde (DGS) e exigem transparência. O ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, fala em falta de seriedade e o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, exige conhecer as justificações técnicas que levaram à exclusão de candidatos com currículos de peso. Há sombras no processo e o PSD já pediu explicações ao Governo.
A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) informou esta semana que o concurso para diretor-geral da Saúde terminou sem que fossem encontrados três nomes “com mérito” para propor ao Governo, deixando a escolha na mão de Manuel Pizarro. O ministro nomeou Rita Sá Machado, após ter enviado o seu currículo para avaliação e parecer não vinculativo da CReSAP. As dúvidas levantam-se porque há vários médicos com currículos fortes que se candidataram ao cargo.