Por que há tanta polémica sobre nomeações para cargos intermédios na Saúde?
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Antes de mais a mecânica do processo: o ministro escolhe os presidentes das administrações regionais de Saúde (ARS).
Quem? Com que currículo? Com que grau de confiança? Abre-se a primeira porta para o cartão partidário entrar em ação (ou não).
Depois as ARS nomeiam diretores-executivos, que por sua vez têm de nomear presidentes de conselhos clínicos de cada Agrupamento de Centros de Saúde (ACES). E em cada um deles é necessário indicar três vogais para acompanhar o presidente na gestão quotidiana destes serviços: um médico de saúde pública, um enfermeiro especialista e um técnico de saúde. Está visto que a margem de subjetividade e politização local deste processo é imensa. Alguma vez será possível gerir o setor público como se gere o privado?