Novo aeroporto de Lisboa "deixou de ter a mesma pressão" e governo estuda mais soluções
A construção de uma solução complementar ao aeroporto de Lisboa perdeu urgência, diz o governo que admite que vai estudar novas soluções além da combinação Portela/Montijo.
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A quebra do tráfego aéreo empurrou o setor da aviação "para uma crise profunda e incerta" com "uma redução, face a 2019, de 60% em movimentos e 70% em passageiros" e, por isso mesmo, há tempo para avaliar outras alternativas.
"A solução dual composta pelo Aeroporto Humberto Delgado e o novo Aeroporto do Montijo deixou de ter a mesma pressão que sentia face a um crescimento galopante da procura, dando a oportunidade de estudar cenários de melhoria do projeto da Ampliação da Capacidade Aeroportuária de Lisboa", lê-se na proposta do Orçamento do Estado para 2022, apresentado esta quarta-feira, 13.
Desta forma, será realizada uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para estudar qual a melhor solução para a ampliação da capacidade do aeroporto de Lisboa em "termos ambientais, técnicos, económicos e financeiros".
Em cima da mesa estão três hipóteses: 1) Aeroporto Humberto Delgado (principal) com o Aeroporto do Montijo (complementar); 2) Aeroporto do Montijo (principal) com o Aeroporto Humberto Delgado (complementar) e, por fim, 3) Aeroporto localizado no Campo de Tiro de Alcochete.
"Em 2022, o Governo dará prioridade ao processo de AAE, através do concurso público internacional, coordenando todos os trabalhos e entidades para obter um relatório isento e completo, de modo a tomar a decisão sobre o projeto de Ampliação da Capacidade Aeroportuária de Lisboa", refere a proposta do OE22 que explica que "a AAE será um documento de apoio à decisão do Governo, onde se vão analisar alternativas compatíveis com os objetivos traçados segundo fatores críticos de decisão, de maneira a propor a melhor solução".
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