Novo caso de ébola na Guiné-Conacri

Segundo o relatório semanal sobre o vírus ébola elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o caso que resultou numa vítima mortal foi detetado na região de Boké, na cidade costeira de Kamsar, e estava na lista da OMS por suspeita de ter estado em contacto com doentes infetados.

A vítima estava ligada "ao grupo localizado de casos que surgiu no último mês. No entanto, o contacto para acompanhamento foi perdido durante um período de agitação civil na área e identificado mais tarde, já morto", lê-se no relatório.

"Está em andamento uma busca intensiva para identificar os muitos contactos de alto risco que se pensa estarem associados a este caso", acrescenta-se, sendo que até 7 de junho havia 119 pessoas a serem vigiadas na região de Boké.

De acordo com dados da OMS, é a quarta semana consecutiva em que há novos casos de ébola detetados nesta região fronteiriça.

Há quatro semanas foram assinalados cinco, que se suspeita que tenham viajado desde a capital Conacri, a sul. Nas semanas seguintes foi detetado um caso novo por semana.

Entre 1 e 7 de junho houve 16 novos casos de ébola em toda a Guiné-Conacri e o de Kamsar foi o único que surgiu no norte do país, próximo da fronteira com a Guiné-Bissau.

Dada a proximidade com a Guiné-Bissau "duas equipes de resposta de Bissau foram enviados para a fronteira para avaliar vários pontos de entrada e sensibilizar as comunidades", refere o relatório.

Na Guiné-Bissau, "a OMS está a apoiar o Ministério da Saúde através da criação de duas delegações nos setores que fazem fronteira com a Guiné: Gabu e Tombali".

Além disso, "dois epidemiologistas e dois especialistas em envolvimento da comunidade foram mobilizados" para os setores de fronteira para "prestar apoio adicional e fortalecer a capacidade de vigilância e contactos".

Pretende-se também que ajudem a realizar "enterros em segurança, prevenção, controlo de infeções e comunicações à população", conclui.