Líder do CDS diz que congresso foi "prova de vida" e João Almeida "é muito útil"
O novo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu este domingo que o congresso nacional de Aveiro foi "uma prova de vida" do partido. Agradeceu aos adversários que integram agora a sua equipa, como Lobo d' Ávila e António Carlos Monteiro, e defendeu que João Almeida continuará a ser muito útil no Parlamento. Além disso, é altura de o CDS "se reconciliar" com todos os seus antigos presidentes.
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Com todos de pé a aplaudir numa sala repleta de bandeiras no ar e os apoiantes a gritar "CDS!", durante alguns minutos, Francisco Rodrigues dos Santos subiu ao palanque para dizer que "se enganaram" aqueles que vaticinavam o fim do partido. E prometeu fazer oposição ao socialismo e às esquerdas.
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Ao defender que é preciso dar "um sinal" de união, justificou desta forma a apresentação de listas integrando elementos das outras candidaturas. E agradeceu em particular a Filipe Lobo d' Ávila, que escolheu para primeiro vice-presidente, pelo "testemunho de humildade, talento e humanidade".
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A António Carlos Monteiro agradeceu por aceitar também ser seu vice-presidente, considerando que a sua experiência será "determinante para a reorganização e reestruturação do partido". Não deixou de enviar uma palavra a João Almeida que "continuará a ser muito útil" para defender as ideias e propostas do partido na Assembleia da República. Mas foi dizendo que a bancada tem outros deputados com a mesma qualidade.
"Cabemos todos" no partido, "ninguém está a mais" e "todos são precisos", defendeu depois.
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Para o novo presidente centrista, "é o momento do partido se reconciliar com o seu passado" e todos os ex-líderes, incluindo Manuel Monteiro, Ribeiro e Castro, Paulo Portas e Assunção Cristas.
Recusou depois a "caricatura" do CDS feita pela "elitezinha gourmet", e "intelectual de Esquerda". Ao Governo, prometeu fazer uma oposição construtiva, mas notando que o partido não tem que pedir "autorização à Esquerda para defender os seus valores".
Francisco Rodrigues dos Santos acredita que o partido poderá no terreno "reconquistar as suas bases sociais" para criar uma maioria em 2023 ou ainda antes.
"À Direita lidera o CDS, não lidera qualquer outro partido", defendeu ainda, prometendo não ser "muleta ou mordomo de nenhum partido". E concluiu que, "quando o CDS merece, o povo vota CDS".