Aposta no núcleo duro para ministros que tomam esta terça-feira posse é vista como mal necessário. Ex-ministros de Cavaco criticam agregações e politólogo vê Pinto Luz fragilizado com a TAP.
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O novo xadrez governativo colhe críticas fora e dentro do PSD. E há antigos ministros de Cavaco Silva que discordam da agregação de algumas pastas, como Silva Peneda e Mira Amaral. O peso do núcleo duro de Luís Montenegro é considerado um mal necessário para um Governo minoritário que se pretende de combate. Mas, entre os ministros que tomam hoje posse (18 horas, no Palácio da Ajuda), há escolhas que são questionadas, como a de Miguel Pinto Luz para Infraestruturas e Habitação, que leva o politólogo Miguel Rodrigues a recordar que esteve envolvido na polémica decisão de privatizar a TAP em 2015. Por sua vez, o Chega pediu a Montenegro que troque Margarida Blasco, na Administração Interna, por “alguém mais próximo das preocupações das forças de segurança”.
Questionado pelo JN sobre a nova equipa, José Silva Peneda, antigo ministro do Emprego e da Segurança Social, disse estar “em linha com o expectável”. “Há um núcleo político muito forte, sinal de solidariedade dentro do Governo”, referiu. E há uma solução “equilibrada” que concilia a competência técnica de vários ministros com “a experiência política de Paulo Rangel, Pedro Duarte, Leitão Amaro e Castro Almeida”.