O PAN perdeu mais de 38 mil eleitores face a 2024, caindo de 118 mil para 80 mil, mas conseguiu reeleger Inês Sousa Real para a Assembleia da República, com 1,36% dos votos em território nacional, abaixo dos 1,93% do ano passado.
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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, foi eleita por Lisboa, como há um ano, e praticamente em cima da meta. “Esta eleição, contra todos os que anunciavam a nossa saída do Parlamento, é sem dúvida muito importante para as causas que defendemos e devemos orgulhar-nos”, disse a deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza. “A causa animal, os direitos da mulher e da inclusão continuam no Parlamento”, acrescentou.
“Como porta-voz e deputada única tenho a consciência que este não é o resultado que gostaríamos de ter tido”, disse Inês Sousa Real, considerando que “o voto útil acabou por prejudicar a pluralidade democrática” em Portugal.
“Hoje é um dia triste do ponto de vista democrático para vários partidos e não apenas para o PAN”, disse Inês Sousa Real. “Temos uma missão muito importante, perante esta ameaça da extrema-direita de querer fazer recuar os direitos dos animais e impor uma agenda xenófoba de discriminação e não inclusão”, acrescentou, sublinhando que o partido “estará nas ruas, ao lado das pessoas, no Parlamento, a lutar” pelo que defende. “Neste momento tão delicado para a Democracia, é importante que a nossa voz não se apague”, acrescentou.
“Vamos continuar a trabalhar, a lutar” disse Inês Sousa Real, que mantém o PAN no Parlamento com o pior resultado das últimas cinco eleições, apesar de ter mais cinco mil votos que em 2015, quando entrou pela primeira vez na AR. Só em 2011, ano de estreia nas legislativas, fez pior, com 1,04% dos votos.