Rui Moreira confirmou esta terça-feira, na CNN, que está a ponderar ser candidato a presidente da República e que tomará a decisão em setembro.
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“É uma decisão que irei tomar nos próximos tempos. Nunca anunciarei antes de setembro”, disse o ainda presidente da Câmara Municipal do Porto, órgão autárquico a que já não se pode candidatar por limitação de mandatos.
O autarca justificou esta posição após ter sido instado por diversas pessoas, “do Minho ao Algarve e até das ilhas”, a avançar. “Um conjunto de pessoas começou a movimentar-se nesse sentido”, disse, ressalvando que há fatores que irão pesar na sua decisão.
Um deles é saber quem de facto irá apresentar-se às eleições de 2026, além dos nomes já conhecidos como Marques Mendes, Gouveia e Melo, António José Seguro e António Filipe: “É preciso perceber quem são os candidatos”. Irá também falar com a família, saber que apoios pode receber e como pode obter financiamento para a campanha eleitoral.
Em abril, Moreira disse que não estava “talhado para essa missão”, de suceder a Marcelo Rebelo de Sousa. Agora justifica que “mudaram várias coisas no espetro político”, e recebendo o incentivo de muitas pessoas, avalia que pode ser “uma boa altura” para avançar para Belém.
São bem-vindos
A possível entrada de Rui Moreira na corrida a Belém foi desvalorizada pelos candidatos já conhecidos. Gouveia e Melo fintou a questão, ao mesmo tempo que relativizou as recentes sondagens que apontam para um maior equilíbrio entre a sua candidatura e as dos antigos líderes do PSD e PS. O almirante prometeu ainda uma nova fase a partir de setembro, altura em que garantiu que passará a assumir posições sobre aspetos políticos mais concretos.
Já Marques Mendes referiu que em “democracia todos os candidatos são bem-vindos”, acrescentado que cumprimenta todos “com o mesmo fair play”, de Esquerda ou de Direita. “Alguém tem vontade de ser, considera que pode ser útil ao país, que tem um pensamento, um projeto, sejam todos bem-vindos, é o jogo democrático,”, afirmou o antigo presidente do PSD. O candidato mostrou-se bastante satisfeito com a sondagem divulgada, “muito encorajadora” e “positiva”.