Cerca de 30 médicos oriundos da Ucrânia e da Geórgia estiveram no Porto a aprender técnicas para partilhar com civis em cenários de conflito. Regressam a casa este fim de semana.
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Berika Kiknadze tem 35 anos e era estudante de medicina quando a Rússia invadiu o seu país, a Geórgia, em 2008. Na ocasião, usou os seus tenros conhecimentos, arregaçou as mangas e colocou-se ao serviço da população para tratar feridos e doentes. “Foi uma experiência muito triste, um período trágico da minha vida e de muita responsabilidade”, partilha o médico com especialidade em oncologia, um dos cerca de 30 que estiveram ontem no centro de simulação médica, no Hospital de São João do Porto, a receber formação em medicina de catástrofe.
O projeto europeu “Lifestrand” junta a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a Universidade de Santiago de Compostela e a Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados de Saúde Primários e implementou uma semana de treino intensiva numa sala de simulação médica para profissionais de saúde vindos da Ucrânia e da Geórgia. O objetivo é aprenderem mais sobre suporte básico e avançado de vida, bem como medicina de emergência e catástrofe.