O líder do CDS- PP acusou, esta terça-feira, o primeiro-ministro António Costa de "fraude" a propósito do pacote de apoios para atenuar a crise. Para Nuno Melo, o Estado continua a ter "proveitos milionários à conta do sacrifício das famílias".
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"As propostas do Governo para combater a inflação são uma enorme desilusão e representam o socialismo no seu pior", além de uma "fraude", considerou o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, esta terça-feira, à entrada das comemorações do 100º aniversário de Adriano Moreira.
Para Nuno Melo, não há dúvida de que o "Governo pôs o Estado à frente dos portugueses e a cobrança de impostos à frente das famílias", continuando a "arrecadar proveitos milionários à conta do sacrifício das famílias e das empresas".
"Só isso justifica que o Governo tenha demorado seis meses a reagir", atacou ainda o líder do CDS-PP, atirando que os "contribuintes continuarão a financiar o socialismo em Portugal".
É que, segundo Nuno Melo, o "IVA que abrange a grande maioria dos consumidores portugueses" de eletricidade "vai manter-se na taxa máxima de 23%. "Aliás, o Governo deixa de fora milhões de portugueses, principalmente do interior, muitas vezes os mais pobres, que utilizam gás de botija, não vão ter qualquer apoio e não podem mudar para o mercado regulado", acrescentou.
Acresce que a não atualização dos escalões de IRS vai significar que "as famílias portuguesas vão ser sujeitas a um aumento brutal de IRS este ano, a pagar em 2023".
"A decisão do Governo de não aplicar a taxa 0% nos produtos alimentares essenciais, como o CDS propôs, significa que as famílias portuguesas, principalmente as mais vulneráveis, vão continuar a suportar a inflação brutal de 15% sobre os bens alimentares básicos", prosseguiu o líder do CDS-PP.
"Relativamente às pensões, o primeiro-ministro tinha garantido há dias que em 2023 haveria 'um aumento histórico' das pensões. Percebe-se agora que a promessa era totalmente falsa. O que o Governo entregará em 2022 não é mais do que um subsídio", termina o líder do CDS-PP, lamentando ainda que não tenha sido aprovado qualquer apoio para o setor social.