PAN acusa AD de “negacionismo ambiental”. Nuno Melo contrapõe com “bons resultados”.
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No debate entre a AD e o PAN, o segundo de Nuno Melo, o presidente do CDS começou por defender que a sua presença no embate é “legítima”, ao passo que Inês Sousa Real retorquiu e disse que Melo é o “porta-voz de Montenegro”. Sousa Real disse ainda que o primeiro-ministro estava presente através das suas políticas. Durante meia hora, a ambientalista acusou a AD de atrasar a economia verde, já Nuno Melo tentou colar o PAN ao Chega.
Nuno Melo vangloriou as políticas tomadas no último ano de governação e atirou: “Os profetas da desgraça foram confrontados com bons resultados que contrariam essas previsões”. Já a líder do PAN acusou o Executivo de “estar a atrasar a transformação da indústria para a economia verde”, sugerindo uma aposta nas empresas que defendem e protegem o ambiente. Além disso, lembrou que os portugueses estão a “pagar mais IRS”, que já houve “três diretores executivos do SNS” e que nas escolas continua a existir falta de professores.
Da imigração às touradas
Na imigração, Inês Sousa Real colou o PSD e o CDS ao Chega, notando que os imigrantes são muito importantes para a economia portuguesa. Nuno Melo inverteu e colou o PAN ao Chega e considerou que o PAN “fez muito mal” ao introduzir a manifestação de interesse, entretanto extinta pela AD. “Os extremismos estão exatamente no PAN e no Chega. No PAN, porque vem toda gente. No Chega, porque não entra ninguém, o que é um disparate”, atirou.
No final, ainda houve tempo para falar de touradas. Inês Sousa Real notou que “não podemos confundir cultura, com maus tratos a animais. Ainda para mais quando há artistas que não têm apoios suficientes”, acusando Melo de ser um caçador e apoiar quem quer “disparar em tudo o que mexe”. Do outro lado, o centrista referiu que não é um “ditador de consciências”, atestou.