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O líder do Livre votou esta manhã, pelas 10.20 horas, na Escola Gil Vicente, em Lisboa. A noite eleitoral do Livre decorre no Teatro Thalia.
Rui Tavares reforçou a importância de os portugueses exercerem o seu direito de voto. Sem querer influenciar resultados, limitou-se a acrescentar que o voto de cada cidadão vale o mesmo. "O que as pessoas escolherem é o que a gente tem que aceitar", comentou aos jornalistas, num momento "sem nervosismo", porque "já tudo foi feito e já tudo foi dito".
A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo situou-se nos 33,77%, a mais baixa desde 1999, quando ficou nos 38,91%.
Na noite mais luminosa do cinema, estendemos a passadeira vermelha à política. Estes são os prémios à condição, até se perceber o filme da emigração.
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Não foi um daqueles filmes capazes de nos deixar de peito apertado ou de lágrima escorrida. Mas o argumento da vitória foi seguido à risca até ao pôr do sol (esperemos pelos emigrantes...). Como em qualquer drama político, deve haver uma sequela.
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A CDU conseguiu manter o segundo deputado em Lisboa, totalizando, assim, quatro parlamentares, menos dois do que em 2022. O lugar será ocupado por António Filipe, que já tinha sido deputado do PCP entre 1989 e 2022.
O grupo parlamentar da CDU será, assim, composto por quatro elementos do PCP - Alfredo Maia, pelo Porto, Paulo Raimundo e António Filipe, por Lisboa, e Paula Santos, por Setúbal - e nenhum do Partido Ecologista "Os Verdes". Quando esta última eleição foi conhecida, já se encontravam apenas jornalistas no local escolhido pela CDU para acompanhar a noite eleitoral.
A viragem à direita nas eleições legislativas de domingo em Portugal, aliada ao crescimento do Chega, é destacada pela imprensa europeia, que ressalva o facto de o resultado só ficar fechado com a contagem dos votos da emigração.
Pelas terceiras eleições legislativas consecutivas, a CDU perdeu deputados, passando, em menos de uma década, de 17 para, quatro parlamentares, com uma "percentagem abaixo" da alcançada em 2022. "Significa um desenvolvimento negativo", reconheceu Paulo Raimundo, ressalvando que tal constituiu, ainda assim, "uma importante expressão de resistência". "Não é coisa pouca", frisou, lembrando que, no início da campanha, foi-lhe perguntado como é que "encararia a hipótese de ser o primeiro secretário-geral que ia ter um partido nas mãos sem qualquer representação parlamentar".
Ao ser entrevistado no programa de Ricardo Araújo Pereira, na quarta-feira, o líder do PS deixou um aviso: "Cá estarei durante muitos anos, seja qual for o resultado". E parece ter margem para isso: a julgar pelo que o JN apurou junto das "forças vivas" socialistas - mesmo as que não apoiaram o atual líder na disputa com José Luís Carneiro -, a derrota de ontem não fará subir a contestação interna a Pedro Nuno Santos. Pelo menos para já, avisam alguns dos menos entusiastas da sua liderança.
Quando convocou eleições legislativas, em 9 de novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "sem dramatizações, nem temores, é preciso dar a palavra ao povo". O objetivo, disse o presidente da República, era gerar um Governo que garantisse "estabilidade e progresso económico, social e cultural" em liberdade, pluralismo e democracia. O cenário saído da votação ontem realizada faz antever grandes dificuldades em alcançar o rumo pretendido.
Uma votação taco a taco entre a Aliança Democrática (AD) e o PS obriga a esperar pela contagem dos votos do círculo da emigração para confirmar que a AD ganhou as eleições de ontem. Pedro Nuno Santos assumiu a derrota e avisou que o PS estará na oposição. Mas há outro grande vencedor, que reclama ter acabado com o bipartidarismo em Portugal e promete ameaçar a estabilidade do próximo Governo, dado o peso que passou a ter no Parlamento: o Chega conquistou mais de um milhão de votos, triplicou a sua votação, e passou de 12 para 46 deputados.
Assumiu a liderança do PSD, em julho de 2022, no congresso do Porto, depois da derrota de Rui Rio nas legislativas, com uma convicção: "Não são os eleitores que estão errados, somos nós que não conseguimos convencer". E foi com base nessa perceção que Luís Montenegro se lançou à estrada. Primeiro, reaproximando o partido da liderança. Segundo, tentando "sentir" o pulso de Portugal. Foi precisamente na estrada que Luís Montenegro passou o primeiro dia como líder do PSD. Rumou a Pedrógão Grande, para alertar para a importância de se preparar a época dos incêndios. E não mais parou.
O líder da Aliança Democrática (AD) considerou ter condições para manifestar ao presidente da República disponibilidade para formar Governo. E pediu aos restantes partidos "sentido de responsabilidade" para assegurarem "condições de governabilidade". Luís Montenegro admitiu, contudo, que governar vai exigir da sua parte "uma grande capacidade de diálogo e tolerância". Garante que o fará mas avisa que o pais será gerido com o programa da AD.
O secretário-geral do PS admitiu a derrota, mesmo sem resultados eleitorais definitivos, e posicionou o partido como líder da oposição: "O caminho começa agora, hoje!". A AD não conta com os socialistas para governar.
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A contagem no distrito de Lisboa terminou já passava da 1.30 horas. Foram eleitos 15 deputados do PS, 14 da AD, nove do Chega, três da IL, dois do livre, dois do BE, dois da CDU e um do PAN.
A eurodeputada bloquista Marisa Matias, o antigo bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães e o novo secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, estão entre os estreantes na nova Assembleia da República. Com quase 99% dos resultados em território nacional apurados e apenas 11 mandatos por atribuir, há deputados à Assembleia da República que se estreiam nos corredores do parlamento na próxima legislatura.
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O PAN falhou o seu principal objetivo para estas legislativas. Não conseguiu eleger um grupo parlamentar e falhou a eleição no distrito do Porto, aposta forte durante a campanha eleitoral. Inês Sousa Real voltou a ser a única deputada eleita que, já de madrugada, deixou críticas ao presidente da República.
A noite eleitoral do PAN foi de grande expectativa e só depois das 23 horas é que se respirou de alívio com a eleição de Inês Sousa Real que garantiu a permanência na Assembleia da República. No seu discurso, apontou críticas a Marcelo Rebelo de Sousa que "tem repetidamente levado o país para ciclos eleitorais, já é o segundo mandato que temos interrompido mesmo perante o perigo de estendermos a passadeira vermelha à extrema-direita no nosso país", considerou. "Não podemos em democracia andar a brincar com a vida das pessoas. Os portugueses estão a passar por muitas dificuldades, veem o custo de vida aumentar, o direito à habitação a ficar para trás, temos fundos comunitários para investir no país que não se coadunam com estes ciclos políticos", salientou.
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"Crescemos em termos de percentagem, conquistámos mais 40 mil votos e conseguimos consolidar o projeto liberal em Portugal". Já pouco faltava para uma da manhã quando Rui Rocha subiu ao palco para comentar os resultados eleitorais da Iniciativa Liberal (IL).
O presidente do PSD, Luís Montenegro, já discursa na sede da AD, em Lisboa. Montenegro agradeceu a quem mostrou "confiança na candidatura da Aliança Democrática, a candidatura que venceu estas eleições".
"Sempre disse que vencer as eleições era ter mais um voto que qualquer outra candidatura e que só nessa circunstância assumiria as funções de primeiro-ministro. Parece incontornável que a Aliança Democrática ganhou as eleições e que o Partido Socialista perdeu as eleições", afirmou. "No nosso entendimento, os portugueses disseram que queriam mudar de governo, que queriam mudar de políticas, que queriam que os grandes partidos possam apresentar-se de forma renovada e que é necessário que os partidos políticos devem privilegiar mais o diálogo e a concertação entre líderes e entre partidos".
"É minha expectativa fundada que o sr. presidente da República, depois de ouvidas todas as forças políticas, me possa indigitar para formar Governo", continuou.
Questionado sobre se vai dialogar com o Chega, Montenegro foi categórico: "Eu assumi dois compromissos na campanha eleitoral e naturalmente cumprirei a minha palavra", prometeu.
O líder do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), e cabeça de lista por Lisboa nestas eleições legislativas, defendeu, este domingo, que o partido foi "o grande vencedor da noite" ao conseguir mais de 99 mil votos.
Os portugueses não responderam aos apelos ao voto útil nas eleições legislativas de domingo, resultando no Parlamento "mais fragmentado de sempre" e com o Chega a ser o "grande vencedor", segundo politólogos consultados pela Lusa.
"É um resultado que mostra que os portugueses não responderam ao apelo ao voto útil e decidiram votar sinceramente, porque temos o parlamento mais fragmentado de sempre, temos de recuar até 1985 para termos uma eleição em que PS e PSD juntos tinham tido menos que 64%", disse à Lusa a cientista política Marina Costa Lobo.
Numa altura em que os resultados ainda não estão fechados, faltando apurar os resultados dos círculos da emigração, a investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) salientou que ainda não se sabe se, por exemplo, a Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) ficar em primeiro lugar, se terá mais votos e mais mandatos do que uma "geringonça de esquerda".
"Abre-se aqui uma enorme incerteza, um período de incerteza não só em relação à instabilidade, mas em relação à formação de Governo", apontou.
Marina Costa Lobo salientou que a eleição de domingo foi muito participada e, ao contrário do que aconteceu em 2022, em que o PS obteve maioria absoluta, devido ao "voto útil para impedir uma maioria de direita", desta vez decidiram "devolver aos políticos e aos parlamentares a capacidade de formar alianças", o que "vai depender não só de quem formar Governo, mas também da ação do Presidente da República e da ação dos partidos".
A politóloga realçou que mais de um milhão de portugueses votaram no Chega, que se tornou numa "força consolidada que vai condicionar os trabalhos da Assembleia da República", restando saber se o PS e o PSD se vão apoiar mutuamente fazendo frente" ao partido de André Ventura, isolando-o, "ou se se empreende um caminho de reforço da bipolarização esquerda/direita, no sentido de deixar o PSD entregue ao Chega e de não fazer pontes entre a esquerda e a direita".
Quanto ao papel de Marcelo Rebelo de Sousa, Marina Costa Lobo considerou que se o PS ganhar em termos de mandatos, será "uma desfeita bastante grande para o Presidente da República" e, relativamente ao Chega, o Chefe de Estado "fará os possíveis para criar um entendimento de bloco central" que exclua aquele partido.
Já António Costa Pinto, investigador do ICS-UL, considerou que "o Chega é o grande vencedor da noite", que conseguiu não apenas crescer, mas estruturar-se em termos nacionais, pelo caráter homogéneo de distribuição nacional dos mandatos obtidos "e por ter condicionado uma vitória da AD".
Falando no hotel onde estão reunidos os militantes do PS, em reação aos resultados conhecidos até esta hora, Pedro Nuno Santos começou por saudar a participação eleitoral, que fez recuar a abstenção, e admitir, mesmo sem resultados definitivos, a derrota do PS nas eleições: "Apesar do resultado tangencial, tudo indica que o PS não poderá ser o partido mais votado. Quero felicitar e dar os parabéns à AD pela vitória."
"Vamos liderar a oposição. O Partido Socialista será oposição. Seremos a oposição. Renovaremos o partido e procuraremos resgatar os portugueses descontentes com o PS. Esta é a nossa tarefa daqui para a frente", asseverou o secretário-geral do PS, visivelmente emocionado durante todo o discurso, pontuado por vários clamores ao líder socialista. Foi uma "campanha extraordinária, cheia de força", apontou Pedro Nuno Santos, que agradeceu ao partido e aos militantes, assegurando a união. "Temos um partido forte e unido, pronto para os combates", declarou.
Sobre os resultados alcançados pelo Chega, Pedro Nuno Santos admitiu que o partido "teve um resultado muito expressivo que não dá para ignorar". "Não há 18% de portugueses votantes racistas e xenófobos, mas há muitos portugueses zangados", disse, assegurando que o objetivo do Partido Socialista daqui para a frente passa por recuperar a confiança dessas pessoas. "Queremos recuperar a confiança dos portugueses e mostrar-lhes que a solução para os problemas concretos passam pelo PS e não pelo Chega e pela AD", afirmou, prometendo trabalhar "nos próximos meses" para que o PS volte a dar resposta aos eleitores que estão "descontentes". "O nosso caminho começa agora, hoje", exclamou, sob palmas e gritos de "PS", citando de seguia Soares: "Só é vencido quem desiste de lutar."
Pedro Nuno Santos pediu empenho no trabalho para que o PS volte a "ter uma maioria para Governar Portugal" e, questionado sobre se poderá juntar-se aos partidos da Esquerda, em entendimentos pós-eleitorais, para travar uma governação da Direita, o líder socialista foi categórico: "Deixemos a tática de fora. Nós não temos uma maioria. E se não temos uma maioria, não a podemos podemos apresentar."
Eleitores falam em boletins alegadamente mal preenchidos. Comissão Nacional de Eleições (CNE) admitiu nada poder fazer em relação a votos que já estavam no interior da urna.
A cabeça-de-lista do Volt Portugal disse que o crescimento do partido, em número de votos, nas eleições legislativas de domingo é um bom sinal para as europeias de 9 de junho. "O Volt já se estava a preparar para as eleições europeias desde o ano passado e isto foi muito importante para as prepararmos", disse à Lusa Inês Bravo Figueiredo.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna, o Volt Portugal obteve 10.750 votos (0,18%), crescendo em relação às legislativas de 2022, quando conquistou 6245 votos.
Apesar de o partido continuar longe da Assembleia da República, Inês Bravo Figueiredo considerou que estas eleições, negativas para o país, foram "muito boas" para o Volt Portugal e permitiram alcançar uma visibilidade que não tinham.
Na sede da noite eleitoral do Chega, as bandeiras levantam-se para receber André Ventura. "Que grande noite tivemos hoje", começa por dizer o líder o Chega que começou a saltar, após um "salta Ventura, olé".
"Esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal, à hora em que falamos, não sabemos quem será o Governo em Portugal mas o Chega ultrapassou historicamente um milhão de votos em Portugal". E "esta é um vitória que tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o presidente da República tentou à ultima hora condicionar o voto do povo português". Ventura sublinhou que o Chega venceu em Boliqueime, terra de Cavaco no Algarve.
Só "um líder irresponsável" deixará o PS governar, atirou ainda num recado a Montenegro, a quem já disse querer fazer parte do Governo da AD. Disse ainda que o Chega conseguiu ser a "peça central do sistema político" e prometeu fazer "todo o esforço" para que haja um governo maioritário de Direita. "O povo pediu à Direita para governar e o nosso mandato é para governar Portugal nos próximos quatro anos".
O presidente do Nós, Cidadãos afirmou que "está tudo em aberto" em relação aos resultados eleitorais do partido nas legislativas de domingo para os quais serão decisivos os votos dos círculos eleitorais da Europa e fora da Europa. "Ainda está em aberto se vamos ou não conseguir igualar o resultado das últimas eleições. É provável que não, de qualquer forma temos que aguardar", disse à Lusa Joaquim Afonso, numa altura em que estavam apurados mais de 99% dos votos do território nacional.
Com apenas duas freguesias por apurar, no distrito de Lisboa, onde o partido não concorreu, o Nós, Cidadãos reunia 1.627 votos (0,03%), de acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna, menos de metade em relação aos 3.914 conseguidos nas eleições legislativas de 2022.
Joaquim Afonso sublinha, no entanto, que é nos círculos da Europa e fora da Europa que o partido "é mais forte" e, por isso, o balanço dependerá dos votos dos emigrantes.
O cabeça de lista do JPP às legislativas pelo círculo da Madeira, Filipe Sousa, lamentou não ter conseguido eleger um deputado, mas sublinhou que este foi o melhor resultado do partido em eleições legislativas nacionais. "É uma pena, confesso que fico triste porque este é um projeto válido, com trabalho no terreno, mas acima de tudo estamos com a consciência tranquila porque demos o nosso máximo, o nosso melhor", afirmou Filipe Sousa, em reação aos resultados eleitorais na região nas legislativas de domingo.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna, o JPP obteve 9,58% dos votos no círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira (14.344), não tendo conseguido alcançar a eleição de qualquer deputado.
Filipe Sousa disse sentir tristeza, ressalvando, no entanto, que o crescimento do partido motiva o JPP para "os outros desafios que se avizinham".
A presidente do Reagir-Incluir-Reciclar (RIR), Márcia Henriques, manifestou-se "muito satisfeita" com o resultado alcançado pelo partido nas eleições legislativas de domingo. "Estamos muito satisfeitos porque conseguimos superar os resultados de 2022, para já, e, portanto, essa era uma das metas que tínhamos estabelecido", disse a líder do RIR, em declarações à agência Lusa.
Márcia Henriques falava à Lusa numa altura em que o RIR tinha 0,42% dos votos (25.362), quando faltavam três freguesias e 31 consulados por apurar.
Nas últimas eleições legislativas, realizadas em janeiro de 2022, o RIR, obteve também 0,42% dos votos, mas com uma votação inferior (23.232 votos).
O líder do CDS-PP considerou, este domingo, que o PS teve "uma clamorosa derrota", por ter descido de uma maioria absoluta para "um resultado inferior a 30%". Nuno Melo apelou às restantes forças políticas para assumirem responsabilidades e assegurarem "condições de governabilidade".
"Faremos parte de qualquer solução que afaste a Direita do Governo. Sabem que contam connosco! Sabem que contam connosco! Levamos a sério a campanha que fizemos. Levamos a sério que cada uma destas pessoas depositou em nós", declarou a líder bloquista, Mariana Mortágua, em reação aos resultados conhecidos até esta hora, saudando o facto de o partido manter todos os seus deputados.
A coligação PSD/CDS voltou a ser a mais votada na Madeira. Até teve mais votos, mas baixou na percentagem. Manteve a eleição de três parlamentares. O PS perdeu um mandato e caiu em votos. Com isto ganhou o Chega, que, com 17,56 %, elegeu um deputado.
O dirigente do BE Fabian Figueiredo assegurou que os cinco deputados eleitos pelo partido "farão parte de qualquer solução que se avizinhe sendo possível", comprometendo-se a um "combate sem quartel às políticas da direita".
Na primeira reação aos resultados eleitorais desta noite, Fabian Figueiredo destacou que num "cenário de viragem à direita", o BE "consegue mais votos" e segurou "os cinco mandatos" que tinha. "São deputadas e deputados que farão parte de qualquer solução que se avizinhe, sendo possível, ou que dão a certeza ao país que farão um combate sem quartel às politicas da direita", assegurou.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reconheceu que o resultado da CDU, com uma "percentagem abaixo" da alcançada nas eleições legislativas de 2022, "significa um desenvolvimento negativo", mas ressalvou que constitui, ainda assim, "uma importante expressão de resistência".
Confirmando a tendência recente das eleições regionais, o PS voltou ficar em segundo lugar. Ontem, a AD venceu as legislativas no arquipélago, conservando dois mandatos. O PS, com 29,18%, perdeu um deputado. O Chega, com 15,76%, coloca um membro na Assembleia da República.
A noite eleitoral do Livre decorre em clima de festa, com vários festejos e cânticos no Teatro Thalia, partido que até agora elegeu quatro deputados e conseguiu um inédito grupo parlamentar.
Pelas 22.30 horas ouviram-se os primeiros festejos no Teatro Thalia, em Lisboa, quando os membros e apoiantes do Livre perceberam que Jorge Pinto, cabeça de lista pelo Porto, tinha sido eleito.
Nesse momento, o porta-voz Rui Tavares saiu da sala reservada onde está a assistir aos resultados das eleições legislativas antecipadas com o seu núcleo duro, para festejar com os apoiantes presentes, cerca de uma centena e meia.
O clima de festa aumentou pouco tempo depois, quando se soube da reeleição do historiador Rui Tavares, até agora deputado único pelo partido.
"Presente, Futuro, Livre, Livre, Livre" e "Livre, Livre, Livre" foram alguns dos cânticos entoados, ao mesmo tempo que se empunhavam bandeiras, entre abraços e sorrisos.
O mesmo aconteceu cerca de uma hora depois quando a 'número dois' por Lisboa e deputada municipal, Isabel Mendes Lopes, conseguiu a eleição para o hemiciclo, subindo ao púlpito para agradecer.
"Vamos ter muito trabalho pela frente nestes próximos anos, contamos com todas e com todos. Vamos aguardar agora os próximos resultados e sei que vamos precisar de muito trabalho para fazer a diferença nestes próximos anos que vão ser tão importantes", declarou a engenheira civil, de 42 anos.
A sala também animou - com o cântico "Muacho, Muacho" - quando o cabeça-de-lista por Setúbal e advogado, Paulo Muacho, 33 anos, soube que foi eleito para a Assembleia da República.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, assumiu hoje que o resultado da CDU nas eleições legislativas constituiu "um desenvolvimento negativo", ao ver consumada a redução da sua representação parlamentar e com uma percentagem abaixo dos resultados de 2022. Leia mais AQUI
A AD é, agora, a força política mais votada, com 35,21% dos votos (96.311) e cinco deputados. O PS perdeu um deputado (três) e baixou para os 22,50% (61.535 votos, contra 84.253 em 2022). O Chega saltou dos 8,02%, em 2022, para os 19,66% (53.764 votos) e ficou com mais um deputado.
O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, destacou o "reforço da confiança dos madeirenses e dos porto-santenses" na coligação liderada pelos social-democratas, que elegeu três deputados à Assembleia da República, e sublinhou que "uma vez mais rejeitaram o socialismo". "Cumprimos todos os nossos objetivos. Elegemos três deputados, tivemos uma grande vitória na região e uma vitória expressiva, visto que o número de votos na nossa coligação [Madeira Primeiro - PSD/CDS-PP] superou as nacionais de 2015, de 2019 e de 2022", afirmou Miguel Albuquerque.
O líder social-democrata madeirense falava num hotel, no Funchal, onde se reuniu a candidatura da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral da Madeira, que venceu as eleições na região autónoma com 35,38 % (52.992 votos), de acordo com os resultados totais provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna.
A coligação Madeira Primeiro elegeu três deputados, todos do PSD, sendo que o partido mantém assim o mesmo número de representantes na Assembleia da República, ao passo que PS (19,84 % - 29.723 votos) perdeu um, elegendo dois deputados. O Chega, que foi a terceira força política mais votada na região (17,56 % - 26.296 votos), elegeu um deputado.
Os cinco deputados já eleitos pelo Bloco de Esquerda vão dar "um combate sem quartel às políticas de Direita", promete Adriano Campos, diretor de campanha.
A primeira reação do partido aos resultados eleitorais foi feita após confirmada a eleição de cinco deputados, o mesmo número que em 2022. O BE reforçou ligeiramente a votação com mais 18722 votos (passando de 244.596 para 263.318). "Temos militância, temos alegria e força para enfrentar o futuros seja ele qual for", disse o diretor de campanha, referindo quer dois anos de maioria absoluta do PS contribuiram para uma "viragem profunda à Direta que o BE procurou contrariar em cada dia desta campanha".
Adriano Campos sublinhou que o cenário é ainda "indefinido" e que Mariana Mortágua só falará após o fecho dos resultados.
"Esta vitória é, de facto, um reforço da confiança no PSD e na nossa coligação", afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que a subida do Chega na região autónoma não resultou de uma disputa na área política dos social-democratas e centristas. "Não são votos que foram disputados connosco, isso é uma ilação que a oposição tem que tirar", reforçou, para depois acrescentar: "Não foi o nosso espaço político que foi ocupado. O nosso espaço político cresceu. Quem perdeu foram os partidos da oposição."
Albuquerque destacou, em particular, a derrota do PS, que perdeu cerca de 10 mil votos em relação às legislativas de 2022. "É importante sublinhar que os madeirenses e os porto-santenses mais uma vez rejeitaram o socialismo", disse.
Miguel Albuquerque não estabeleceu relação entre a vitória da coligação Madeira Primeiro e a atual crise política na região autónoma, que decorre da sua demissão de presidente do Governo Regional, depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.
"Eu estou, como sempre estive, animado na liderança. Não sou pessoa de me deprimir e tenho a determinação e a capacidade de saber, com toda a humildade, aquilo que este partido em coligação e no Governo está a fazer, quer no último mandato, quer neste que foi interrompido", declarou.
O Livre elegeu quatro deputados: dois pelo círculo eleitoral de Lisboa (Rui Tavares e Isabel Mendes Lopes), um pelo Porto (Jorge Pinto) e um por Setúbal (Paulo Muacho).
Neste momento, o Livre (3,20%) está perto de alcançar a CDU (3,30%) na percentagem de votos.
O PS passou de 45 ,10% dos votos (34.685 eleitores) para 31,86%, perdendo um deputado. A AD conseguiu 34,12% dos votos (29.033 eleitores) e manteve o deputado que já tinha. O Chega elegeu um deputado, atingindo os 18,59% e mais do que dobrando o número de votos (15.821, contra 6116, em 2022).
O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, considerou que os resultados regionais do partido nas eleições nacionais deste domingo são um reflexo da "onda de direita" em associação com o "fenómeno Chega"e refletem o "desgaste" da governação socialista na República.
"Estamos muito preocupados - tenho que o dizer - com o resultado destas eleições que representam um retrocesso naquilo que são as conquistas democráticas e os princípios do 25 de Abril", disse o também candidato eleito do PS pelo círculo da Madeira para a Assembleia da República, no Funchal.
De acordo com os resultados provisórios das eleições legislativas antecipadas, pelo círculo eleitoral da Madeira - que elege seis deputados - divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS perdeu um dos três deputados que tinha em São Bento, enquanto a coligação PSD/CDS manteve os três lugares que ocupava e o Chega consegui eleger pela primeira vez um representante pela região.
Na legislatura que termina, o PS e a coligação PSD/CDS (Madeira Primeiro) dividiam os seis lugares, com três deputados cada. Hoje o PS elegeu Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias que se mantém em São Bento.
Cafôfo argumentou que "a leitura destes resultados a nível da região tem muito a ver com o desgaste da governação nacional" e "há um efeito contágio", visto que o PS/Madeira sempre conseguiu melhores votações na região quando foram "grandes" os resultados do partido no território continental.
O PS continuou a ser o partidos mais votado mas perdeu deputados (dois) e votos (quase 20 mil), descendo dos 41.19% para os 27,85%. Segue-se a AD, com 27,28% (68.493 votos) e três deputados e o Chega, com 23,32%(58.554 votos, mais do dobro que em 2022) e igual número de deputados.
O Porto elegeu 14 deputados da AD, 13 deputados do PS, sete do Chega, dois da IL, dois do BE, um do Livre e um da CDU. A AD surge em primeiro lugar com 339.096 votos, imediatamente seguida pelo PS (338.084 votos).
O Chega, que tinha dois deputados, passa para sete.
Isabel Mendes Lopes, a número dois pelo círculo eleitoral da Lisboa, foi eleita pelo Livre. No total, o partido da Esquerda reúne três deputados na Assembleia da República.
O PAN elegeu Inês Sousa Real pelo círculo de Lisboa. Para já, o partido tem 1,91% dos votos (114.093).
A vitória do Chega no distrito de Faro, com 27,19% dos votos, foi a surpresa da noite eleitoral no Algarve e pôs termo à maioria que o PS detinha desde 2015, acabando a AD na terceira posição.
Com 27,19% (67.228 votos), o partido liderado por André Ventura conquistou três deputados, e os socialistas, que obtiveram 25,46 % (60.123 votos), perderam dois dos cinco eleitos que tinham conseguido em 2022, enquanto a AD fechou o total de nove representantes do distrito com outros três eleitos, ao conseguir 22,39% (52.885 votos).
Sem qualquer representação ficaram Bloco de Esquerda, em quarto, com 5,75% (13.579 votos), Iniciativa Liberal, quinta força, com 4,56 % (10.761 votos), e CDU, sexta força, com 3,18% (7.518 votos), que foi ultrapassada pela formação Rui Rocha.
Na sétima, oitava e nona posições ficaram o Livre (2,75%, 6.501 votos), o PAN (2,58 %, 6.098 votos) e o ADN (2,09 %, 4.926 votos), respetivamente.
O Chega saltou dos 12,30% dos votos (23.988 eleitores) e do terceiro lugar para 27.19% e 64.228 votos, elegendo três deputados. O PS baixou para segundo (25,46% e perdendo 17 617 votos) e ficou com menos dois deputados. A AD manteve os três deputados conquistados pelo PSD em 2022.
O presidente do partido de extrema-direita espanhol Vox, Santiago Abascal, felicitou os portugueses e o líder do Chega, André Ventura, pelos resultados das eleições de hoje, numa altura em que ainda não é conhecido o vencedor do sufrágio. "Parabéns aos nossos vizinhos e amigos portugueses. Parabéns André Ventura por esse excelente resultado", afirmou Abascal na rede social X.
O Chega/Madeira manifestou este domingo satisfação com a eleição de um deputado à Assembleia da República pelo círculo regional, vincando que 26 mil eleitores deram uma "resposta cabal" à incompetência e ao compadrio.
"No dia de hoje, 26 mil cidadãos madeirenses deram uma clara e cabal resposta à incompetência, ao amiguismo, ao compadrio e à falta de vergonha de quem está na política para se servir e não para servir o povo", afirmou o deputado eleito pelo Chega na Madeira, Francisco Gomes.
Reagindo aos resultados das eleições legislativas de hoje, no Funchal, Francisco Gomes realçou que o partido obteve "o maior resultado político da sua história na Região Autónoma da Madeira", apontando que os eleitores madeirenses "recusaram compactuar com os abusos", com a "mentira como forma de fazer política e a corrupção como método de governar". De acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna, o Chega obteve 17,56% dos votos no círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira (26.296), conseguindo eleger um do total de seis deputados.
O porta-voz do Livre, que foi reeleito pela segunda vez para a Assembleia da República, saiu da sala onde estava a acompanhar os resultados, no Teatro Thalia, em Lisboa, para festejar com os militantes e simpatizantes do partido.
Na chegada ao Hotel Altis onde os militantes do PS estão reunidos, em Lisboa, o primeiro-ministro demissionário admitiu que houve uma "descida muito significativa" nas eleições de hoje, mas avisou que os "resultados finais são menos claros do que aquilo que eram as projeções iniciais" e que, a esta hora, "há uma proximidade grande em termos de votos".
"Tendo em conta o volume de votos que chegarão dos círculos da emigração, provavelmente nao será hoje que haverá resultados finais, a não ser que nas votações das grandes freguesias urbanas de Lisboa e Porto, a margem se torne superior ao número de votos que faltam apurar. Tudo indica, neste momento, que não é provavel que hoje se saiba o resultado final", disse António Costa, que saudou a redução da abstenção na votação de hoje.
O ex-secretário-geral do PS disse ainda que o seu partido "teve obviamente uma descida muito significativa na sua votação" e que, por outro lado, "a soma dos votos do PSD de Rui Rio com os do CDS equivale mais ou menos aos votos da AD". "Não verificámos uma grande subida."
"E há indiscutivelmente uma subida fortíssima do Chega", asseverou, defendendo que é "fundamental" analisar esse resultado, para perceber em que medida é que esse resultado é "estrutural" e representativo de uma "mudança de fundo" ou se corresponde a um "protesto". "É um fator de preocupação", admitiu.
António Costa destacou ainda que estas eleições se verificaram num "quadro conjetural completamente atípico". "Todos temos a noção de que estas eleições ocorreram na sequência de anos de inflação duríssima para as familias, em que a capacidade de resposta não foi suficiente. E, em segundo lugar, ocorreram em sobressalto e sob dúvidas judiciais por resolver", argumentou.
A Aliança Democrática (AD) venceu no distrito de Bragança com 40,01% dos votos e recuperou o deputado perdido em 2022. O PS ficou em segundo lugar, com 29,64% das votações.
Segundo os resultados oficiais, nas eleições de hoje, e com o total das 226 freguesias dos 12 concelhos apuradas, a coligação que junta PSD/CDS/PPM ficou à frente com mais 7539 votos e elegeu dois deputados dos três deputados do distrito de Bragança, numa região tradicionalmente de direita. O PS elegeu um, ao passo que em 2022 tinha conseguido dois.
Em 2022, o PS ficou à frente por uma diferença de 12 votos, segundo os dados definitivos das Legislativas de 2022 publicados em Diário da República.
Pela AD foi eleito o cabeça de lista Hernâni Dias (PSD), presidente da câmara de Bragança a cumprir o terceiro e último mandato, que suspendeu funções em janeiro para a campanha eleitoral. Hernâni Dias tem 56 anos e é professor de Português/Francês.
O segundo deputado eleito é Nuno Gonçalves, o presidente da câmara de Torre de Moncorvo. Numa situação igual à de Hernâni Dias, também ele eleito pela terceira vez para a autarquia em 2021. Nuno Gonçalves tem 52 anos e é advogado de profissão.
Pelo PS foi eleita a cabeça de lista Isabel Ferreira, de 50 anos, professora do ensino superior e até agora secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.
Paula Santos, cabeça de lista em Setúbal, foi a primeira deputada a ser eleita pela CDU. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi eleito logo depois, por Lisboa. Apesar dos festejos contidos, o ambiente no quartel-general da coligação entre comunistas e PEV, em Lisboa, ficou mais descontraído.
O ministro das Finanças criticou a decisão presidencial de interromper a legislatura e convocar novas eleições, apontando para a instabilidade resultante do novo quadro político, e afastou a reedição de um "Bloco Central" PSD/PS.
De acordo com o titular da pasta das Finanças, a confirmarem-se as projeções eleitorais, o PS regista uma derrota, que é "assumida globalmente" por todo o partido, e a Aliança Democrática (AD) vence, mas com um resultado inferior ao alcançado pelo antigo líder social-democrata Pedro Passos Coelho nas legislativas de 2015. "Estamos perante umas eleições que não deviam ter acontecido neste tempo, que foram prematuramente marcadas antes de metade de um mandato de maioria absoluta. O quadro que resultará destas eleições é de grande de fragilidade e instabilidade", advertiu.
O ministro das Finanças advertiu que o sistema político "fica dependente de uma força de extrema-direita com um peso grande". "Uma força que, durante muitos anos, não teve representação parlamentar, depois ganhou-a, mas não tem capacidade de expor e resolver problemas concretos das pessoas. Agora, ficam com a capacidade de influenciar a agenda da direita moderada na próxima legislatura", assinalou, antes de frisar que o líder do seu partido, Pedro Nuno Santos, "fez uma grande campanha".
Interrogado se, nesse quadro de Governo minoritário do PSD, o PS deve viabilizá-lo, Fernando Medina remeteu essa decisão para "os órgãos dos partidos". "Este quadro político, tal como se apresenta neste momento, levanta complexidades principalmente à direita. Se a AD ganhar as eleições, deve ser felicitada como vencedora. Mas estes resultados são inferiores aos de Pedro Passos Coelho nas legislativas de 2015, e estão em linha com os que Rui Rio e o CDS tiveram em 2022. Portanto, o PSD e o CDS não sobem nestas eleições", apontou.
Em relação a um eventual entendimento governativo entre PS e PSD, Fernando Medina advogou que, entre os dois partidos, "há muitas áreas em que não há convergência". No PS, de acordo com Fernando Medina, esse debate deve ser feito somente "depois de conhecido o resultado final destas eleições". "Mas acho que uma das piores coisas que podemos fazer no nosso sistema político é formar qualquer tipo de bloco central formal ou informal", acrescentou.
O ex-social-democrata Eduardo Teixeira foi eleito pelo Chega, tornando-se num dos cinco deputados na Assembleia da República do círculo eleitoral de Viana do Castelo, com dois deputados do PS e, outros tantos, da Aliança Democrática (AD).
Em janeiro último, Eduardo Teixeira anunciou a desfiliação do PSD para encabeçar, como independente, a lista do Chega que hoje se tornou na terceira forca política mais votada no distrito de Viana do Castelo, com 18,64 % dos votos.
João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, disse aos jornalistas que aparentemente Portugal "sairá fragilizado" destas eleições, com um provável Governo minoritário e "um horizonte incerto". "É tudo aquilo de que Portugal não precisava num contexto de tanta incerteza internacional. Portanto, creio que a opção de avançar para eleições só pode ser classificada como muito temerária, muito arriscada e, infelizmente, as circunstâncias atuais sugerem que Portugal sairá fragilizado", afirmou, numa crítica ao Presidente da República.
Questionado se o PS ainda tem esperança na vitória, Gomes Cravinho respondeu que é preciso esperar para ver como é que os resultados evoluem nas próximas horas, "porque os números finais podem fazer alguma diferença". "O PS é uma promessa sempre para o futuro do país. Seja agora, seja daqui a seis meses com novas eleições, ou um ano, ou dois anos, podem contar com o PS", frisou.
Mariana Mortágua foi eleita por Lisboa. É a segunda deputada do BE a ser eleita depois de Marisa Matias no Porto, o que fez a sala do Fórum Lisboa rebentar de alegria e gritar pela primeira vez: "É Esquerda, É bloco, é bloco de Esquerda".
A coordenadora bloquista já falhou, no entanto, a reeleição de deputados pelos círculos de Faro, Braga, Coimbra e Santarém que apontou na campanha como objetivos a conseguir nestas legislativas.
O Livre elegeu dois deputados: Jorge Pinto pelo Porto e Rui Tavares pelo círculo eleitoral de Lisboa. O partido tem pela primeira vez um grupo parlamentar.
Rui Tavares, cabeça de lista de Lisboa, foi reeleito para a Assembleia da República. Eleger um grupo parlamentar era um dos objetivos do partido para as legislativas de 2024.
O Bloco de Esquerda não conseguiu eleger um deputado por Faro. Seria o regresso de José Gusmão ao Parlamento. Com os resultados fechados, o BE foi a quarta força mais votada, com 5,75% (13.579 votos). Mariana Mortágua foi clara nos objetivos: reforçar votos e bancada do BE, voltando a eleger em distritos perdidos em 2022, como Braga, Coimbra, Santarém e Faro. Um dos objetivos do BE, portanto, falhou.
O PS venceu em Évora, com 32,79% dos votos e um mandato (Luís Dias, presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas), a seguir ficou a AD, com 22,43% e um mandato (Sónia Ramos, deputada do PSD), e o Chega com 19,96% dos votos e também um mandato (Rui Cristina, antigo militante do PSD). Sendo assim, o PS perdeu um deputado para o Chega. O PCP não conseguiu reconquistar o deputado que tinha por Évora em 2019.
Carlos Guimarães Pinto agradeceu, na rede social x, aos apoiantes do Porto a sua reeleição.
Deixou, porém, uma mensagem enigmática, indiciando algum ceticismo relativamente a uma solução governativa. "Obrigado aos eleitores do Porto. Espero que daqui a seis meses repitam o voto", escreveu, dando a entender que, à falta de uma maioria sólida, o país possa ter que a ir a votos de novo.
Com mais de 97% dos votos apurados, PS e AD continuam muito próximas em número de mandatos. Às 22.30 horas, o PS tinha 52 mandatos, a AD 52 mais dois mandatos da coligação PSD/CDS da Madeira.
O Livre elegeu o primeiro deputado nas legislativas de 2024. Trata-se de Jorge Pinto, eleito pelo círculo eleitoral do Porto.
As projeções indicam que o partido pode eleger pela primeira vez um grupo parlamentar.
No distrito de Portalegre onde são eleitos apenas dois deputados, o PS reelegeu o deputado Ricardo Pinheiro, com 34% dos votos e perdeu o outro deputado para o Chega que elegeu Henrique de Freitas, com 24,62% dos votos. A terceira força política mais votada foi a Aliança Democrática, com 23,25% dos votos, mas que não chegou para eleger Rogério Silva, presidente da Câmara Municipal de Fronteira.
Durante a campanha foram vários os partidos que falaram na necessidade da criação de um ciclo de compensação, para que os votos dos pequenos partidos pudessem contar para a eleição de pelo menos um deputado na região.
No distrito de Évora, onde são eleitos 3 deputados, ainda não há mandados distribuídos, sendo que faltam apurar duas freguesias do concelho de Évora.
Nas legislativas de 2022, o PSD conseguiu eleger Sónia Ramos, tirando um deputado à CDU.
Um grupo de jovens do grupo ativista Climáximo acabaram de atirar tinta vermelha contra o hotel onde se encontra a comitiva da AD a acompanhar a noite eleitoral. Alguns apoiantes da Aliança Democrática acabaram por se concentrar no exterior da sede de campanha. A Polícia interveio rapidamente e identificou os ativistas.
O Chega já elegeu 25 deputados e duplicou a bancada parlamentar. Para já, tem deputados eleitos em 17 distritos, incluindo um pela Madeira onde mais do que triplica o número de votos - passou de 7590 votos em 2022 para 25.727 votos nestas eleições.
Primeiro momento de explosão de alegria na sede de campanha da Iniciativa Liberal, com o anúncio da eleição de Carlos Guimarães Pinto, numa altura em que, por coincidência, este estava em direto numa das televisões.
O PS venceu em Castelo Branco, mas perdeu um deputado para o Chega. Os socialistas conseguiram 34,22% dos votos e dois mandatos (em 2022 tinham três), seguindo-se a AD, com 28,45% dos votos e um mandato, e o Chega com 19,52% dos votos e um mandato. É a primeira vez que elege no distrito.
A sala do Fórum Lisboa rebentou de alegria ao receber a confirmação do primeiro deputado eleito pelo Bloco de Esquerda: Marisa Matias, cabeça de lista do partido pelo Porto. As palmas quebraram o silêncio que imperava desde a divulgação das projeções que dão ao BE entre 3 a 9 deputados. A eurodeputada, que vai ser uma estreia no novo parlamento nacional, vai substituir a ex-líder Catarina Martins. Recorde-se que em 2022 o BE teve 4,40% e elegeu cinco deputados.
O Chega ganhou em Boliqueime, nas eleições legislativas deste domingo, freguesia do ex-presidente da República Aníbal Cavaco Silva, no concelho de Loulé, Faro, com 30,19% e 763 votos.
Na terra do antigo líder do PSD, a Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) obteve 26,95%, correspondente a 681 votos, seguindo-se o PS com 20,66% e 522 votos.
Em quarto ficou a Iniciativa liberal (4,16%, 105 votos), seguida do Bloco de Esquerda (3,96%, 100 votos), ADN (2,85%, 72 votos), PAN (2,41%, 61 votos), Livre (2,41%, 61 votos) e CDU (PCP e PEV) (1,58%, 40 votos).
Aníbal Cavaco Silva nasceu a 15 de julho de 1939 em Boliqueime, concelho de Loulé, terra de residência da sua família, ali tendo passado a infância e grande parte da juventude, de onde saiu aos 17 anos, para seguir os seus estudos superiores em Lisboa.
O Chega já elegeu quatro deputados, sendo um deles uma novidade na Assembleia da República. João Tilly, eleito pelo círculo de Viseu, vai estrear-se no Parlamento nesta legislatura.
Deputados eleitos
- António Peixoto (Braga)
- Rui Afonso (Porto)
- Pedro Frazão (Santarém)
- João Tilly (Viseu)
O Chega elegeu pela primeira vez em Beja, entrando para o Parlamento Diva Jesus Ribeiro, que roubou o lugar de deputado à CDU, cuja lista era encabeçada por João Dias, Os restantes mandatos dividem -se entre PS (Nelson Brito) e AD (Gonçalo Nuno Valente).
O Chega ficou em segundo lugar em Beja, atrás do PS, passando de 6932 votos em 2022 para 16 595 (21,55%) nestas legislativas.
A CDU passou de segunda para quarta força política, passando de 12 442 votos em 2022 para 11 570.
De Viana do Castelo a Beja, os correspondentes do "Jornal de Notícias" analisam os resultados distritais das eleições legislativas.
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"CDU! CDU! CDU!". O silêncio ensurdecedor na noite eleitoral da coligação entre o PCP e o PEV foi quebrado em uníssono, por alguns segundos, depois de um membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, Vasco Cardoso, ter transmitido à sala, e não apenas à Comunicação Social, que os primeiros dados apontam para uma "resistência" da CDU.
"Até ao final da noite, todos os votos que forem apurados para a CDU determinarão a nossa intervenção no futuro próximo, na defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país", afirmou, realçando que, "no enquadramento que se está a desenhar, bem o povo português vai precisar de uma CDU forte, interventiva e combativa".
Nos rostos da maioria dos militantes é, ainda assim, percetível a apreensão, enquando não são conhecidos os resultados eleitorais.
"O PS tem de preparar-se para liderar a Oposição e criar uma alternativa para as próximas eleições", afirmou Manuel Alegre, militante histórico do PS, à entrada para o Hotel Altis.
Alegre disse ver "com tristeza" o resultado do Chega mas, questionado por um jornalista, negou que isso o deixe assustado: "Nâo, homem, eu já passei por situações muito piores", respondeu, aludindo aos tempos de luta anti-fascista.
O antigo candidato presidencial disse querer ir dar "um abraço" a Pedro Nuno Santos, considerando que este fez "uma boa campanha" tendo em conta as "condições" em que o PS teve de ir a eleições. Dito isto, ilibou o secretário-geral de responsabilidades no resultado: "A derrota é do PS, não é do Pedro Nuno Santos", referiu.
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real reagiu às primeiras sondagens com cautela. "As projeções têm uma grande amplitude, vamos aguardar com serenidade. O PAN faz muita falta no Parlamento, por isso é importante ter essa representação para as causas que ao longo do ano temos defendido. Vamos aguardar com calma todos os resultados e com aquilo que pode ser a reeleição não só de uma deputada única, mas de um grupo parlamentar", afirmou.
Quanto a futuros cenários de governo, Inês Sousa Real salientou que para o PAN "as causas são inegociáveis". "Vamos fazer uma análise dos resultados em sede própria. Os nossos valores estão acima de qualquer interesse político-partidário", referiu."Uma moção de censura terá que ser analisada pela Comissão Política Nacional. É evidente que teremos de aguardar pelo resultado final", acrescentou.
O CDS vai regressar ao Parlamento, com a eleição já garantida de Nuno Melo, pelo Porto.
A ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, afirmou que o papel que caberá ao PS será o de fazer uma "oposição fortíssima ao que aí vem", e que antevê que "não seja bom". À entrada para o Altis, evitou sempre responder se o seu partido deve ou não viabilizar um Governo minoritário da AD, frisando que, primeiro, é necessário apurar a composição do Parlamento.
Ana Catarina Mendes reconheceu que a subida do Chega "preocupa" e defendeu que o PS deve estar "vigilante" face a eventuais retrocessos em direitos fundamentais. Também elogiou Pedro Nuno Santos, retirando-lhe pressão: "O secretário-geral fez uma campanha inexcedível e extraordinária", concluiu.
O vice-presidente do PSD e antigo secretário de Estado da Administração Local, no XIX Governo Constitucional (entre 2011 e 2015), foi eleito quanto já estão contados 49,25% dos votos.
Leitão Amaro foi vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata, secretário-geral da Juventude Social-Democrata (JSD) e deputado à Assembleia da República entre a XI e a XIII legislaturas.
O segundo deputado eleito foi o secretário-geral do PSD Hugo Soares, pelo distrito de Braga, quando estavam contados 49,57% dos votos naquele distrito.
Hugo Soares foi presidente da bancada dos sociais-democratas e também presidente da JSD.
O partido Livre que deverá ter, pela primeira vez, um grupo parlamentar recebeu com aplausos as primeiras projeções das legislativas. De acordo com a RTP, será Isabel Mendes Lopes, a número dois do círculo eleitoral de Lisboa, a reagir em breve às sondagens à boca das urnas.
Isabel Mendes Lopes, a número dois do círculo eleitoral de Lisboa, referiu que o Livre tem "esperança de que ainda seja possível uma maioria de esquerda". As primeiras projeções dão conta de que o partido poderá eleger um grupo parlamentar. Mas, como disse Rui Tavares, à entrada do Teatro Thalia, em Lisboa, a noite será "longa" para o Livre.
"Se houver [maioria de esquerda], faremos parte da solução. Se não houver, faremos parte da oposição", disse Isabel Mendes Lopes em reação às primeiras projeções das legislativas.
Há objetivos concretos do Livre para estas eleições legislativas: "Crescer, eleger um grupo parlamentar e ajudar a esquerda a ser o maior campo político em Portugal". Um deles "parece confirmar-se e os outros estão em aberto", afirmou a candidata.
"Se considerarmos que a esquerda está a par com a direita democrática, tanto em votos como mandatos. Há um espaço para a esquerda verde europeia e o Livre está cá para isso", acrescentou.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acaba de ser eleito pelo círculo de Aveiro, distrito de onde tanto ele como o líder da AD, Luís Montenegro (que concorre por Lisboa), são naturais. Para já, a AD está na frente nesse círculo, com 37% contra os 27% do PS
A Iniciativa Liberal optou por não comentar, para já, as projeções dos resultados. O intervalo que é atribuído ao partido ditará este impasse; com os dirigentes a optarem por aguardar serenamente a contagem dos votos.
João Torres, deputado do PS, acaba de reagir no Altis às projeções eleitorais, reconhecendo a provável derrota. Salientou que os resultados que, "infelizmente, ficaram aquém" do que o partido desejaria.
Questionado sobre se viabilizará um Governo minoritário da AD, o socialista frisou que o PS "não criará impasses constitucionais no nosso país". Acrescentou que o seu partido "não é o parceiro natural da AD" e que, como tal, "ninguém espera do PS que viabilize orçamentos de Direita".
Torres confirmou que, se o PS não for "a força mais votada", irá "iniciar um caminho de reconciliação com franjas do eleitorado" que "não confiaram" nos socialistas. Disse estar convicto de que esses setores continuam "disponíveis para se reconciliar com o PS".
O antigo secretário-geral adjunto do PS também se antecipou a eventuais vozes de contestação a Pedro Nuno Santos. Falando num "novo ciclo" no partido, afirmou: "Tenho a certeza de que não há ninguém, militante ou simpatizante do PS, que não tenha um grande orgulho e uma grande esperança no secretário-geral".
Em reação aos resultados provisórios, o histórico socialista Manuel Alegre admitiu a derrota do Partido Socialista e destacou que o resultados, "nas circunstâncias em que as eleições aconteceram", são "honrosos para o PS". Questionado sobre os motivos para os resultados do partido, Manuel Alegre atribuiu-os ao contexto "muito dificil" em que foram marcadas eleições. "Foram dois anos muito difíceis. Houve um desgaste natural. O PS fez uma boa campanha, Pedro Nuno fez uma boa campanha. O resultado nas circunstâncias em que as eleições aconteceram é honroso para o PS", defendeu.
Noite eleitoral no Hotel Sana Metropolitan, onde militantes e simpatizantes da CDU - que integra o PCP e o partido Os Verdes - acompanham os resultados das eleições.
Para Hugo Soares, a primeira vitória deste domingo não será, contudo, da Aliança Democrática (AD). "Hoje é um dia histórico, em que se inverteu uma tendência de muitos anos de diminuição da abstenção e uma maior participação eleitoral. Esta é a primeira vitória da noite e é uma vitória de todos os portugueses", considerou o secretário-geral do PSD, numa primeira reação às projeções.
Embora acredite que se confirmará uma vitória da AD, Hugo Soares ressalvou, várias vezes, que ainda só estão em cima da mesa projeções. "E encaramos estas projeções com a mesma tranquilidade, serenidade com que fizemos toda a campanha eleitoral", afirmou, numa curta declaração.
"As projeções apontam para uma vitória da AD e para um grande sentimento de mudança no país", declarou, porém, defendendo que, a confirmarem-se as projeções, as legislativas deste domingo indicam "um dos piores resultados de sempre da esquerda".
Fernanda Mateus, da Comissão Política do Comité Central do PCP, considera que as projeções apontam para "uma resistência por parte da CDU". "Com coragem e determinação, nós vamos dar continuidade aos compromissos que assumimos na campanha eleitoral com os trabalhadores e o povo [...]. Naturalmente que seremos uma força que enfrentará, com coragem, a política de Direita e os projetos das forças reacionárias. Independentemente do resultado final, estaremos cá para cumprir os nossos compromissos", sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
A coligação que junta atualmente o PCP e o Partido "Os Verdes" (PEV) tem atualmente seis deputados. Segundo as projeções divulgadas pela SIC e pela TVI, às 20 horas, a CDU poderá agora eleger entre um e cinco parlamentares. Já a a tornada pública pela RTP aponta para dois a três deputados.
As previsões foram recebidas em silêncio e com alguns sorrisos pelas algumas dezenas de pessoas concentradas no quartel-general da CDU para esta noite, no SANA Metropolitan Hotel, em Lisboa.
O líder do Chega já reagiu às primeiras sondagens, mostrando-se satisfeito com um "resultado absolutamente histórico". Depois de agradecer a todos os eleitores, sublinhou que "hoje é o dia que assinala o fim do bipartidarismo em Portugal".
"Sinto-me realizado, segundo tudo indica haverá uma maioria forte à direita para governar", disse, assegurando que o partido está disponível "para construir um Governo para Portugal".
Questionado pelos jornalistas em relação aos resultados do Partido Socialista, Ventura referiu que não pisa nos adversários e que "há dias assim em democracia".
AD - 28% a 33%
PS - 24,5% a 29%
Chega - 16,6% a 21,6%
BE - 3% a 6%
IL - 3,3% a 6,3%
PCP - 2,3% a 5,3%
Livre - 2,2% a 5,2%
PAN - 0,8% a 2,8%
O primeiro-ministro demissionário rejeitou este domingo qualquer candidatura à presidência da República em 2026, reafirmando que essas funções não fazem o seu estilo. Foi questionado pelos jornalistas após ter votado na Escola José Salvado Sampaio, em Lisboa, afastando totalmente essa possibilidade.
Paulo Muacho, cabeça de lista por Setúbal pelo Livre, afirmou aos jornalistas que as projeções de redução da abstenção são um "dado positivo". "Significa que os partidos se mobilizaram para estas eleições, que são importantes para definir os próximos anos e isso é sempre positivo porque dá mais legitimidade ao próximo Parlamento e ao próximo Governo", disse o candidato.
Sobre a comunicação ao país de Marcelo Rebelo de Sousa, no sábado à noite, Paulo Muacho referiu que a mensagem do presidente da República mostra "que este é um ato eleitoral muito importante". O partido fundado por Rui Tavares vai assistir aos resultados das legislativas no Teatro Thalia, em Lisboa.
Com as urnas encerradas, as próximas semanas vão ser decisivas para a transição política em Portugal. O ponto de partida é dado pelo presidente da República que pode receber os partidos já na próxima semana. Quando é que se realiza a primeira sessão parlamentar? E quando é que o Governo toma posse?
O porta-voz do Livre disse aos jornalistas, à chegada ao Teatro Thalia, em Lisboa, que o partido está preparado para qualquer cenário que possa sair das eleições legislativas. Rui Tavares antecipa que seja uma "noite longa" para o Livre, uma vez que há muitos partidos e a distribuição de mandatos poderá ser "indefinida", ao início da noite, para as forças políticas mais pequenas.
"Achamos que há espaço para a esquerda verde em Portugal", apontou. "O que me deixa confiante é a reação que temos tido das pessoas", acrescentou. O cabeça de lista por Lisboa defende que as primeiras projeções, que apontam para uma redução da abstenção, "beneficia a democracia".
A pouco mais de dez minutos das primeiras projeções, a coordenadora do Bloco de Esquerda entrou na sala Foyer do Fórum Lisboa, onde já se encontravam os militantes, e foi recebida com uma grande salva de palmas. Catarina Martins, Joana Mortágua, Francisco Louça ou Luís Fazenda são alguns dos dirigentes que a acompanham nesta noite eleitoral.
Pedro Pinto, secretário-geral do Chega, reagiu às primeiras projeções. "Há uma coisa que já conseguimos, é que a Esquerda não ganha em Portugal". Além disso, "aconteça o que acontecer nesta noite, já percebemos que o Chega no mínimo dobra a sua votação".
Palavras depois das palmas enquanto a RTP apontava entre 14 a 17% ao partido
Aliança Democrática (AD) - 27,6%-31,8% (77-89 mandatos)
PS - 24,2%-28,4% (68-80 mandatos)
Chega - 16,6%-20,8% (44-54 mandatos)
Iniciativa Liberal - 4,1%-7,3% (6-12 mandatos)
Bloco de Esquerda - 3,2%-6,4% (3-9 mandatos)
Livre - 2,3%-4,9% (2-6 mandatos)
CDU - 1,3%-4,5% (1-5 mandatos)
PAN - 0,5%-3,1% (1-4 mandatos)
Os apoiantes da IL que seguem a noite eleitoral num espaço em Monsanto, Lisboa, festejaram com aplausos as projeções que dão vitória à AD.
A projeção avançada às 20 horas pela RTP dá a vitória nas legislativas à Aliança Democrática (AD), com 29 a 33% dos votos, seguindo-se o PS, com 25 a 29%.
De salientar o resultado do Chega, terceira força política, com 14 a 17% (nas últimas eleições ficou com 7,18%).
Confira abaixo todos os resultados:
AD - 29-33%
PS - 25-29%
CH - 14-17%
IL - 5-7%
BE - 4-6%
L - 3-5%
CDU - 2-4%
PAN - 1,5-2,5%
"É excelente que quem se absteve antes queira agora votar", afirmou Francisco Louçã, à chegada ao Fórum Lisboa. O antigo coordenador e fundador do Bloco de Esquerda acredita que o partido conseguirá mais votos do que em 2022. E espera que a descida na abstenção se traduza numa viragem que permita à Esquerda "juntar forças".
O diretor de campanha do BE, Adriano Campos, também "saudou" a descida na abstenção: "Houve mais gente a votar por todo o país". No entanto, frisou, a noite ainda está no início e "é muito cedo para interpretações". Mariana Mortágua já está no Fórum Lisboa, numa sala, com dirigentes do partido.
Manuel Rodrigues, da comissão política do PCP, considerou que a participação eleitoral deste domingo é, para a CDU, "um sinal da vitalidade da nossa vida democrática" e uma "expressão concreta dos valores de Abril". "[É] um elevado nível de participação neste ato que muito valorizamos. E valorizamos tanto mais o quanto ele traduz confiança, confiança que foi o estado de espírito com que a CDU procurou estar sempre nesta batalha eleitoral", concluiu o comunista.
O candidato do PAN pelo círculo da Europa disse hoje que o partido está "extremamente feliz" com a projeção que indica uma previsão de abstenção nas eleições entre os 32% e os 46,5%. "Falamos ainda de uma projeção, mas uma participação bastante elevada dos portugueses neste em que fazemos 50 anos de democracia, das vitórias de Abril. É muito bom sabermos que os portugueses se mobilizaram para irem às urnas", destacou Paulo Vieira de Castro, em declarações aos jornalistas, na sala do Rei, na Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa.
Mostrando-se agradado com os números da abstenção, que apontam para uma grande redução, o presidente da Câmara de Lisboa destacou que esta noite é "muito importante para o país" e que que este é um "momento de mudança". "É um momento histórico, muito importante para a nossa democracia", assinalou Carlos Moedas, lambrando a noite em que foi eleito autarca. "Da última vez que aqui estive, foi uma grande noite", disse, a partir da sede da Aliança Democrática, em Lisboa, referindo-se às eleições autárquicas de 2021.
A propósito da abstenção, Rui Paulo Sousa, secretário-geral do Chega, não quis responder diretamente sobre se a participação beneficia o Chega, preferindo comentar que beneficia Portugal. 'O que nós acreditamos é que estamos numa altura que preocupa muito os portugueses que sentiram que deviam votar e dar uma resposta ao que tem acontecido. Os portugueses estão de parabéns", concluiu.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já chegou ao hotel Altis, onde vai acompanhar a noite eleitoal, referindo estar satisfeito por vários motivos. "Estou contente porque a campanha acabou e porque os portugueses vão escolher quem vai governar". "É o dia da nossa democracia", concluiu.
A projeção da Universidade Católica, anunciada às 19 horas, aponta para uma taxa de abstenção entre os 32-38%, o valor mais baixo dos últimos 20 anos. De recordar que nas últimas legislativas a abstenção foi de 48,54%.
A vice-presidente do PSD Margarida Balseiro Lopes agradeceu, este domingo, aos "milhares de portugueses que asseguraram que o ato eleitoral decorresse com toda a normalidade democrática". "Quanto aos resultados eleitorais, aguardaremos com toda a confiança, serenidade e optimismo", disse.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) vai enviar uma participação ao Ministério Público sobre as declarações de José Sócrates, antigo primeiro-ministro, que revelou em quem votou nas eleições legislativas.
A participação foi enviada "por haver indícios de crime de propaganda em dia de eleição e junto à assembleia de voto". A comissão determina que os "órgãos de comunicação social cessem a divulgação de tais declarações", revelou a CNE, segundo avançou a CNN Portugal e confirmou a Rádio Observador.
O antigo primeiro-ministro revelou que votou num partido a "que esteve ligado" durante vários anos, referindo-se, por isso, ao Partido Socialista. Inicialmente, o porta-voz da CNE Fernando Anastácio afirmou que só atuaria se houvessem queixas.
Mais tarde, a CNE emitiu um comunicado: "As declarações proferidas referem-se a uma candidatura concorrente às eleições, tecendo considerações sobre a mesma. Com efeito, tais declarações podem interferir no processo de formação de vontade dos eleitores e, assim, inserir-se no âmbito da proibição de realização de propaganda no dia da eleição".
Fecharam as urnas. De acordo com a projeção da TVI/CNN divulgada às 19 horas, a taxa de abstenção ficou entre os 40,5% e os 46,5%
O líder do PS, Pedro Nuno Santos, foi dizendo que este é um "dia feliz para a democracia" e "um grande dia para Portugal". Recusou, no entanto, comentar quaisquer outro dados, como a redução da abstenção. "As urnas ainda estão abertas. Vamos ter calma", referiu.
À entrada para o elevador, perante a azáfama de jornalistas que o rodeavam, afirmou: "Deixem passar o presidente o partido, c...". A última - e sugestiva - palavra foi abafada a meio.
Segundo a projeção da SIC, divulgada às 19 horas, a taxa de abstenção deverá situar-se entre os 35,5% e 40,5%.
A Comissão Nacional de Eleições decidiu enviar para o Ministério Público declarações do presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, feitas no momento em quando foi votar, por considerar que houve "indícios do crime de propaganda".
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu este domingo "várias participações" relativas às declarações de Miguel Albuquerque, quando este se deslocou para votar, revela a CNE em comunicado enviado para a Lusa.
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O presidente do PS, Carlos César, afirmou que se assistiu, este domingo, a "alguma permissividade" por parte da CNE, no que toca às queixas da AD sobre eventuais confusões, no boletim, entre a sigla da coligação e o partido ADN.
À entrada para a sede da noite eleitoral do PS, no Hotel Altis, em Lisboa, César foi questionado sobre se o organismo responsável pelas eleições deveria sido mais rápido a reagir. Respondeu que a CNE tem de estar "num estado de prontidão absoluta".
Com um semblante algo carregago, o presidente socialista sustentou, no entanto, que, "apesar de um ou outro incidente", o ato eleitoral tem corrido "razoavelmente bem". A um jornalista que queria saber se a descida da abstenção pode ser boa notícia para o PS, respondeu apenas: "Não sei, não sei".
Em declarações aos jornalistas, o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, afirmou que não preparou qualquer discurso para a noite deste domingo, referindo que é preciso esperar tranquilamente pelos resultados. Ainda assim, mostrou-se confiante, salientando que "o que a AD fez e ouviu na rua" leva a crer que o desfecho eleitoral será bom.
A afluência às urnas é superior à registada em 2022. Segundo dados do Ministério da Admnistração Interna, às 16 horas tinham votado 51,96% dos eleitores, contra os 45,66% das eleições anteriores, quase sete pontos percentuais acima.
Já de manhã a afluência tinha sido superior: 25,22% este ano, mais dois pontos percentuais que os 23,27 de 2022.
Segundo os dados do MAI, esta é a afluência mais elevada às 16 horas desde 2009, data do primeiro registo do género, quando 43,3% dos eleitores tinham exercido o direito de voto a três horas do fecho das urnas.
Em 2011, a afluência era de 41,98%, enquanto em 2015 estava nos 44,38%, em ambas às 16 horas. Em 2019 registou-se a pior afluência até às 16 horas: 38,59%.
A Comissão Nacional de Eleições diz nada poder fazer sobre a possível confusão entre siglas semelhantes no boletim de voto e apelou à calma. Para a CNE, o caso devia ter sido resolvido antes do dia da eleições.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) comunicou esta tarde que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, "sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral".
"As denominações, siglas e símbolos dos partidos e coligações que constam dos boletins de voto são, como legalmente têm que ser, as que se encontram no registo do Tribunal Constitucional. O tema não deve ser abordado nem discutido em dia de eleições, sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral", escreveu a CNE, em comunicado.
A posição surge após reunião plenária do órgão superior da administração eleitoral, na sequência de um pedido da (AD) Aliança Democrática relacionado com a semelhança de nomes com o partido ADN (Alternativa Democrática Nacional) no boletim de voto. A AD pediu à CNE que promovesse o "voto esclarecido" e a ADN levantou uma queixa contra a AD, criticando a publicidade através dos meios de comunicação "com a desculpa" de enganos entre a coligação e o partido.
Neste âmbito, a CNE determinou que "os órgãos de comunicação social cessem qualquer referência a quaisquer candidaturas ou partidos políticos a respeito deste tema" e esclareceu que o voto depois de depositado na urna não pode ser repetido.
Em declarações aos jornalistas em Lisboa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, disse que "a eventual confundibilidade de siglas" de siglas de partidos e coligações é resolvida no Tribunal Constitucional, que é a entidade com competência para tal matéria, afirmando que o boletim de voto cumpre "rigorosamente" a forma como se registaram, inclusive se o nome aparece em sigla, por extenso ou em letras maiúsculas.
Aos 20 anos, Laura estreou-se nas urnas, para orgulho da mãe, Maria Rueff. "A primeira vez que se vota não se esquece... Dever duplamente cumprido: O de votar e o de passar a responsabilidade de votar!", partilhou a atriz, pouco depois das 16 horas. As duas votaram na Estrela, em Lisboa.
O líder do CDS e segundo cabeça de lista pela AD no Porto, Nuno Melo afirmou viver hoje um dia "histórico" com o regresso dos centristas ao parlamento e pediu para que a abstenção baixe o máximo possível.
Em declarações após ter votado, pelas 10.48 na secção 5 da Escola Manoel de Oliveira, Nuno Melo regozijou-se pelo regresso do CDS à Assembleia da República, afirmando-o como "dado certo" do dia de hoje, ainda que, sublinhou, essa não fosse "a aposta primeira" quando avançaram para a coligação com o PSD e PPM que resultou na Aliança Democrática, insistindo no "dado histórico" que é para o centristas voltarem ao parlamento.
"O que se joga aqui é um destino muito maior e é nisso que estou apostado e muito confiante", frisou o líder centrista.
A manhã eleitoral decorreu sem incidentes no concelho de Famalicão. A afluência às urnas tem sido boa com mais 20% dos eleitores do concelho a exercerem o direto de voto durante a manhã.
Apesar das chuvas as secções de voto têm estado sempre com movimento de eleitores. Uma das maiores de Famalicão, instalada na escola Conde S. Cosme, no centro da cidade com oito secções de voto tem constantemente movimento de eleitores. Estima se que se o fluxo continuar da mesma maneira a abstenção seja ainda mais baixa do que nas últimas eleições.
O Partido Socialista lamentou, nesta domingo a questão levantada pela Aliança Democrática (AD), no que concerne à semelhança com a sigla ADN, que apelidou de "campanha eleitoral". Lembram os socialistas que "o teor do boletim de voto era de prévio conhecimento público há semanas" e que "nenhum acontecimento superveniente pode justificar os comunicados, partilhas em redes sociais, missivas ou outras ações que hoje têm ocorrido".
Alexandre Varela, vice-presidente da Câmara Municipal de Évora foi um dos 4339 eleitores da União das Freguesias de Bacelo e Senhora da Saúde que exerceu o seu direito de voto até ao meio dia, num total de 15737 registados. "Normalmente costumo votar de manhã e não costumo ver tantas pessoas a a exercer o seu direito de voto. Hoje há muitos eleitores a entrar e a sair", disse em declarações ao JN.
Sobre Évora eleger apenas três deputados, o autarca referiu que só é tida em conta a representatividade demográfica. "Devia entrar na equação a questão territorial, de forma a garantir a equidade regional", defendeu.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio, disse que a CNE está a acompanhar os relatos de que há eleitores que se enganaram a pôr a cruz no boletim de voto e explicou que os alegados enganos têm de ser corrigidos no momento.
Segundo a lei, caso um eleitor se engane a pôr a cruz no boletim pode informar a mesa, no momento da votação, e pedir outro boletim. Depois de sair, não há nada a fazer, porque não há forma de recuperar o boletim alegadamente mal preenchido, uma vez que as urnas são seladas de manhã e só são abertas após o fecho das portas, às 20 horas.
Esta reação de Anastácio, à SIC Notícias, acontece na sequência de uma troca de pedidos de intervenção da AD e do ADN. Em comunicado, a Aliança Democrática apelou à CNE que dirija uma mensagem ao país "de apelo ao voto esclarecido devido à semelhança de nomes parecidos nos boletins de voto."
Em resposta, o ADN anunciou que enviou uma queixa à Comissão Nacional de Eleições "devido à publicidade que está a ser feita no voto na AD, através dos meios de comunicação, com a desculpa de que estão a existir enganos entre ADN e AD". Em email enviado às redações, acusam a aliança liderada por Luís Montenegro de "usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN".
Contactada pelo JN, a CNE remeteu explicações para mais tarde. No entanto, em declarações à RTP3, cerca das 14.30 horas, Fernando Anastácio, dizia que o ato eleitoral está "a correr em perfeita normalidade", não tendo registado qualquer "boicote ou incidente" nas 13 mil de voto espalhadas pelo país.
Foi grande a afluência às urnas, da parte da manhã, no concelho de Barcelos. Nem o mau tempo afastou a população de ir exercer o direito de voto e escolher o próximo governo de Portugal.
Em Arcozelo, a maior freguesia do concelho em número de habitantes, foram muitos os que escolheram as primeiras horas do dia para ir votar. Num passo apressado para fugir das pingas geladas que caiam do céu, depois de verificar em que sala tinham de votar, os eleitores iam atrás da cabine colocar a cruz no boletim e, posteriormente, depositar na urna.
O ritual em todas as salas e o regresso aos carros fazia-se de imediato, sem haver grandes trocas de palavras entre a população, fugindo à intempérie.
O presidente demissionário do Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, afirmou hoje que a afluência às urnas está a decorrer "muito bem" e considerou que a crise política na região não vai afastar os madeirenses do voto.
"Acho que não, acho que pode ter o efeito contrário, vamos a ver", declarou Albuquerque, questionado se a crise política na região, na sequência de um processo de suspeitas de corrupção que envolve o próprio presidente do executivo madeirense, afastará os eleitores das urnas.
Miguel Albuquerque manifestou-se confiante na vitória da coligação "Madeira Primeiro" (PSD/CDS-PP), que concorre pelo círculo eleitoral da Madeira, através do qual são eleitos um total de seis deputados.
O presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, desejou hoje que das eleições legislativas saia "estabilidade e governabilidade" para o país. "É de interesse para os portugueses, é de interesse para a cidadania, para o bom funcionamento das instituições e da sua reputação, estabilidade e governabilidade na democracia portuguesa", defendeu.
O líder do executivo açoriano falava aos jornalistas após ter votado, pelas 11.05 locais (12.05 em Lisboa), na biblioteca da freguesia da Fajã de Baixo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, onde funciona a secção de voto n.º 2.
O antigo Presidente da República e primeiro-ministro, Cavaco Silva, considera que as eleições de hoje são "particularmente importantes para o futuro do país", e espera que todos os portugueses eleitores vão votar.
"Todas as eleições são importantes mas eu penso que estas eleições são particularmente importantes para o futuro do país", disse Aníbal Cavaco Silva aos jornalistas após votar, pouco depois do meio dia, na escola Josefa d`Óbidos, em Lisboa.
Considerando que a campanha eleitoral foi esclarecedora quanto às diferentes opções, e que "este é o tempo de votar", o antigo Presidente da República acrescentou: "Espero bem que os portugueses, todos os portugueses eleitores, não deixem de exercer o seu direito de escolher aquilo que eles pessoalmente consideram ser o melhor para Portugal".
Questionado se teme uma elevada abstenção Cavaco Silva disse ter ficado surpreendido com o número de pessoas que estavam a votar no mesmo local que ele, que lhe pareceu ser superior em relação às anteriores votações, e voltou a sugerir que de norte a sul os eleitores vão às urnas.
Em declarações aos jornalistas após ter votado no Porto, pelas 10.40 na Escola Manoel de Oliveira, onde nem sequer teve de esperar, Augusto Santos Silva afirmou que as suas "expectativas são que de os portugueses e as portuguesas votem", juntando-lhe o apelo para que "participem, votando". "Ontem [sábado] calámo-nos todos e hoje falará o povo e todos respeitaremos a vontade do povo", sublinhou.
Questionado sobre o facto de estar a chover no Porto e isso poder aumentar na taxa de abstenção, Augusto Santos Silva apresentou uma visão mais ambientalista: "as alterações climáticas e o risco de seca obrigam-nos a mudar e hoje temos bom tempo, temos chuva e a chuva é abençoada, a nossa melhor aliada contra a seca e, portanto, os portugueses não vão preocupar-se com a chuva e exercer na mesma o seu direito".
Na União de Freguesias Malagueira e Horta das Figueira votaram até ao meio dia 2262 pessoas na Arena de Évora e 2463 na Escola André de Gouveia, num total de 18302 eleitores. Segundo Ananias Quintano, presidente da União de Freguesias, na Escola André de Resende "foram substituídas duas pessoas que deveriam ir para as mesas, que simplesmente não apareceram".
As reportagens apontam para isso, e os dados do Ministério da Administração Interna, confirmam-no. A afluência às urnas este domingo é superior à registada durante a manhã nas legislativas de 2022.
Segundo dados do portal do MAI, ao meio dia o indicador de afluência dos eleitores às urnas estava nos 25,21%, dois pontos percentuais acima dos 23,27% registados em 2022.
Ator Paulo Pires mostrou-se com a filha mais velha, Chloë, no momento de cumprir o dever cívico.
"Acordámos cedo e fizemos 60 km para ir votar", partilhou o galãs das novelas no Instagram, incentivando os seguidores a ir votar, este domingo, nas eleições legislativas.
O líder do Chega foi o último líder político a votar esta manhã, em Lisboa. André Ventura vai ficar com a família no resto do dia, irá à missa na Basílica da Estrela, seguindo depois para o hotel de campanha do partido.
"É o dia de mostrar a nossa voz, não nos poderemos queixar depois, se hoje não mostrarmos a nossa voz", disse aos jornalistas, mostrando-se otimista e confiante com a assiduidade às mesas de voto. "Aparentemente há mais gente a votar do que há alguns anos atrás, há mais jovens a votar, isso é muito positivo, é sinal de que a democracia está a funcionar", comentou. Sobre a campanha eleitoral, o candidato disse que houve intensidade, fundamental à mobilização da sociedade.
Questionado sobre a importância da extrema-direita em Portugal, André Ventura respondeu que o Chega não é de extrema-direita.
Na Escola Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, afluência parece grande e começou cedo.
"Às 7.45 horas, quando aqui chegamos, já havia fila à espera", contou uma das funcionárias de apoio às mesas de voto. Em quase todas as seções há uma dezena de pessoas à espera para votar. No máximo, 10 a 15 minutos de espera.
O presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, votou esta manhã e diz que notou "boa afluência" às urnas, mas com "as filas sempre a andar" e sem problemas a registar.
"No concelho de Beja existem 47 mesas de voto, todas a funcionar sem qualquer problema", disse Paulo Arsénio. "Até às 10 da manhã votaram 11% das pessoas. Vamos aguardar ao longo do dia. A expectativa, ainda por cima para quem exerce funções, no caso de presidente da câmara, é que a abstenção fosse inferior aos 45% das últimas eleições legislativas no concelho de Beja".
António Costa votou ao final desta manhã numa escola em Lisboa. O ex-primeiro-ministro agradeceu aos milhares de cidadãos que foram votar hoje, às forças de segurança e a todos os que permitem a normalidade do ato eleitoral. "Votem, escolham, decidam. Há uma oferta partidária bastante diversificada", apelou, reiterando que é fundamental ninguém ficar em casa.
Questionado se, sabendo o que sabe hoje, voltaria a demitir-se, António Costa contrapôs que "os deveres de consciência não têm momento". E acrescentou: "Eu expliquei a razão pela qual entendi ser o meu dever resignar às funções que estava a exercer porque eu tenho, além de mais, um dever de proteger as instituições e um primeiro-ministro não pode nem deve estar sob suspeição".
Há quase 30 anos que não passa um dia eleitoral sem ser candidato e, por isso, diz sentir-se como "um jogador que passa à posição de adepto", aludindo ao nervosismo de Eusébio quando estava sentado na bancada a torcer uma toalha. "Eu não tenho uma toalha mas acho que me vou concentrar num puzzle, para gerir essa ansiedade", brincou. Se o resultado não for bom, deverá deslocar-se à sede de campanha do Partido Socialista para expressar solidariedade. "Se o resultado for aquele que eu desejo, ninguém precisa de mim para a festa", rematou.
António Costa rejeitou uma recandidatura a primeiro-ministro: "Podem estar descansados, daqui a dois anos ninguém vai ter que se incomodar a vir votar em mim". Em contrapartida, insinuou que "já toda a gente sabe" o que deseja para o seu futuro político.
Luís Montenegro antecipou uma alta participação nestas eleições, independentemente do clima, que não deverá "esmorecer a vontade dos portugueses em poderem decidir o seu futuro". Sobre a campanha eleitoral da AD, considerou que "todos os elementos que são relevantes para a ponderação dos portugueses estão em cima da mesa".
O secretário-geral do Partido Socialista votou na Escola Básica de Telheiras, em Lisboa. Ao final da tarde, seguirá para a sede de campanha do PS, onde acompanhará a noite eleitoral.
Pedro Nuno Santos disse estar alegre por poder exercer o seu direito de voto e deposita grande confiança na vontade de votar dos portugueses, desvalorizando impedimentos causados pelo mau tempo ou por jogos de futebol. "Ninguém quer deixar para o outro a decisão que acham melhor para o seu país", assegurou aos jornalistas.
O partido ADN (Alternativa Democrática Nacional) referiu, em comunicado, que está a sofrer "sucessivos ataques informáticos ao website" desde a meia noite deste domingo, tendo sido já contactado pelo CERT.PT, o serviço de resposta a incidentes do Centro Nacional de Cibersegurança. Devido aos ataques, o website do partido encontra-se neste momento inacessível.
Acompanhado pelo filho na altura de votar, Pedro Nuno Santos reforçou que votar "é uma preocupação de todos, de avós, de filhos, de netos, mesmo de aqueles que ainda não têm idade para votar". Questionado sobre a sua preparação para uma vitória ou derrota, disse apenas que é necessário esperar e que hoje é dia de apelo à participação dos portugueses, realçando que o direito ao voto, "arduamente conquistado", deve ser celebrado.
Sobre o desempenho da campanha eleitoral do PS nas últimas semanas, o candidato disse esperar ter conseguido convencer os eleitores e que "as pessoas saibam conscientemente o que estão a fazer quando vão votar".
A líder do Bloco de Esquerda, votou esta manhã, pouco antes das 10.40 horas, em Lisboa. Mariana Mortágua diz-se "tranquila" e deverá passar o resto do dia com a família até à noite eleitoral.
A assembleia de voto da freguesia de Fontoura, em Valença, foi fechada a cadeado durante a noite, com a afixação de cartazes de protesto contra o encerramento da escola primária local.
Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, a situação foi resolvida pela manhã e não impediu o normal funcionamento das mesas de voto.
"É difícil prever a abstenção. Eu, particularmente e pessoalmente, gosto sempre de chegar às mesas de voto e de esperar para votar. É sempre um bom sinal e, por isso, fiquei aqui feliz hoje por ter esperado alguns minutos para votar", partilhou com os jornalistas. A coordenadora do Bloco de Esquerda acredita que, neste dia de "celebração da democracia e da liberdade", as pessoas vão votar por convicção. "As eleições são isso mesmo, são quando as pessoas decidem por si e não deixam que ninguém decida sobre elas", defendeu.
Muita afluência na Escola "Monte da Burra", em Rio Tinto, Gondomar, um dos principais pontos de votação do concelho.
A chuva complicou muito o trânsito nas imediações, mas não parece estar a afastar os eleitores de cumprir o seu dever cívico.
Luís Montenegro votou ao final desta manhã, na Escola Nº2, em Espinho. O líder da Aliança Democrática (AD) diz-se "tranquilo e muito otimista". Vai ficar com a família em Espinho até ao início da tarde e depois seguirá para Lisboa.
"Hoje é um dia que deverá ser marcado pela alegria, pela esperança e pelo futuro. É isso que se espera que a vontade popular possa expressar, e a partir de amanhã nascerá esse futuro", disse aos jornalistas.
A líder do PAN votou esta manhã em Telheiras, Lisboa. Inês Sousa Real apelou à participação de todos, por mais frustrações que possam ter com a atualidade política do país. "Esta é uma oportunidade para nós reforçarmos a nossa democracia", disse aos jornalistas, acrescentando que, acima de tudo, é importante derrotar a abstenção. "Sei que é dia de jogo e apelo a que venham votar antes. Não deixem que seja a abstenção a marcar golos", ironizou.
Questionada sobre a possível eleição de mais um deputado do PAN, Inês Sousa Real respondeu: "Respeitaremos e aceitaremos os resultados que os portugueses nos queiram dar".
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, votou esta manhã, pouco depois das 10 horas, na Escola Básica de Alhos Vedros, na Moita. Ao final do dia deverá regressar a Lisboa para descansar.
Bom dia! As mesas de voto para as eleições legislativas abriram este domingo, dia 10 de março, às 8 e encerrarão às 19 horas em Portugal Continental e na Madeira. Nos Açores, abrem e fecham uma hora mais tarde, no respetivo fuso horário. Acompanhe as Eleições Legislativas de 2024 no Jornal de Notícias.
RE (espaço) n.º de Cartão de Cidadão ou BI (espaço) data de nascimento no formato AAAAMMDD
Paulo Raimundo não acredita que o mau tempo, em particular na região Norte, demova os eleitores de se deslocarem às mesas de voto. "Nós estamos nos 50 anos do 25 de abril, é um bom momento para afirmar abril, também por essa perspetiva do direito ao voto, esse direito que custou tanto a conquistar. Era uma boa forma de afirmar abril com uma grande participação eleitoral", respondeu aos jornalistas, quando questionado sobre a possibilidade de uma maior abstenção devido à meteorologia.
O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, já votou esta manhã, em Braga, no Centro Cívico de Nogueiró. Em declarações aos jornalistas, Rui Rocha disse esperar um país melhor para todas as gerações e celebrou a liberdade de voto, quando se comemoram os 50 anos do 25 de abril.
Para saber a sua mesa de voto basta enviar um SMS (gratuito) para o número 3838, com a seguinte mensagem:
A votação para as eleições legislativas de hoje está "na generalidade do país a acontecer com normalidade", disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, podem votar 10.819.122 eleitores.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
O futuro Governo que resultar das legislativas de hoje não tem prazo legal para tomar posse, mas o processo tem levado em média cerca de um mês, embora em 2022 tenha demorado o dobro.
De acordo com a Constituição, um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado, o que tem de acontecer num máximo de dez dias após o executivo ter sido empossado.
No entanto, não existem prazos legais para que o Governo tome posse ou seja proposto pelo primeiro-ministro indigitado ao Presidente da República.