Estimativas põem saldos no vermelho a partir de 2030 (incluindo a Caixa Geral de Aposentações). Planos complementares voltam à discussão pela suficiência das prestações. De olhos postos na economia.
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A democracia trouxe a um até então pequeno sistema de previdência o princípio da universalidade. Passadas várias reformas e leis de bases, hoje como ontem; mas hoje como amanhã, a questão está na sua sustentabilidade. Pressionada pela demografia e pela economia. E pelas conceções sobre o seu papel. Assistencialismo? Complementaridade? Do Governo, a intenção, no seu programa, de estudar o tema, sem descartar diversificar as fontes de financiamento. Prometendo-se subir para os 820 euros, em 2028, o valor de referência do Complemento Solidário de Idosos (CSI).
Primeiro, vamos aos números do sistema previdencial. De acordo com o último relatório de sustentabilidade, 2020 fechou com um saldo positivo superior a quatro mil milhões de euros, com as quotizações e contribuições a responderem por 82,5% das receitas. Com 1,861 milhões de pensões de velhice (+14,8% face a 2010), num valor médio de 501,77€.