Eduardo Madeira Silva, 25 anos, membro da Associação de Estudantes da ESMAD, defende uma ligação mais forte dos alunos ao campus, à vida académica e à própria cidade de Vila do Conde. Considera a escola "fantástica" mas lamenta que a cantina continue sem funcionar no período noturno, "apesar de haver aulas em horários pós-laborais".
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A escola é "fantástica" e só falta "uma ligação mais forte dos alunos ao campus e à terra" e "um olhar mais atento" do Instituto Politécnico do Porto (IPP)". Quem o diz é Eduardo Madeira Silva, que estuda, há seis anos, na Escola Superior de Media, Artes e Design (ESMAD) do IPP.
O jovem portuense apaixonou-se por Vila do Conde. Gaba-lhe a tranquilidade, o mar e o ser "tudo perto".
"A ESMAD acaba por ser uma escola muito pequena. Toda a gente se conhece", diz o jovem, membro da Associação de Estudantes (AE ESMAD). Lamenta, porém, que questões como a cantina - ou a falta dela - teimem em não se resolver.
Quando entrei, os estúdios eram no Porto. Para requisitar material, tínhamos de ir lá. Agora, temos tudo aqui e umas instalações ótimas
Em seis anos, o Campus 2 do IPP, na fronteira da Póvoa de Varzim com Vila do Conde, "mudou e muito": "A escola cresceu e tem, agora, o dobro dos alunos. Quando entrei, os estúdios eram no Porto. Para requisitar material, tínhamos de ir lá. Agora, temos tudo aqui e umas instalações ótimas", explica, referindo-se ao novo edifício G, inaugurado há um ano, com estúdios de televisão, fotografia e som, duas régies, blackbox e 11 suites de edição.
Desde pequeno que sonhava ser programador. O multimédia "foi surgindo naturalmente".
E o jovem, que cresceu no coração do Porto, gosta agora de um ritmo de vida mais calmo, longe do trânsito caótico da Invicta.
Na Associação de Estudantes, quer "ligar mais os alunos" a Vila do Conde, fazer com que "não venham à faculdade só ter aulas". Num polo a 30 quilómetros do Porto, esforça-se por manter laços estreitos com o IPP, apesar de questões por resolver como a da cantina. Não funciona ao jantar, "apesar de haver aulas pós-laborais", e, depois de quase um ano fechada por desistência da concessionária, continua "provisoriamente no bar, com refeições vindas de fora", aponta. E termina com um desabafo: "O Porto, às vezes, esquece-se de nós, aqui na ESMAD".