Existem dois tipos de testes da Covid-19 atualmente em uso ou em desenvolvimento: a deteção de ácidos nucleicos do coronavírus e testes indiretos de deteção de anticorpos.
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Os testes de deteção de ácidos nucleicos detetam componentes virais presentes durante a infeção em amostras como secreções nasofaríngeas. Os testes de anticorpos detetam os anticorpos que mais tarde aparecem no soro como parte da resposta imune contra o vírus - poderão ser úteis para perceber se o individuo tem imunidade para a infeção.
Que testes têm sido usados?
Os testes atualmente utilizados baseiam-se na deteção de ácidos nucleicos do coronavírus em amostras do aparelho respiratório. Na maioria dos casos é pesquisado o vírus em secreções da nasofaringe ou da orofaringe (garganta). Pode também ser feita essa pesquisa em expetoração ou aspirado brônquico. Como se trata de um vírus novo, ainda não se sabe exatamente qual o melhor teste de diagnóstico, mas este é o método de eleição na esmagadora maioria dos outros vírus respiratórios já conhecidos.
Quanto tempo demora a execução do teste?
Desde que a amostra chega ao laboratório, cada teste ou bateria de testes demora, em média, 5 a 6 horas. Um resultado positivo será fiável. No entanto, se o teste for feito durante o período de incubação (geralmente quando o doente está assintomático), ou se a técnica de colheita ou armazenamento das amostras não for correta, o teste pode ser negativo sem que isso implique que o doente não esteja ou não possa vir a ficar doente. Em situações específicas, poderá ser adequado repetir o teste.
Que novidades há em termos de testes de diagnóstico e que vantagens podem trazer?
Existem vários testes em fase de desenvolvimento, a maioria dos quais se baseia na pesquisa de anticorpos específicos produzidos no nosso organismo contra o coronavírus.
Quando somos infetados, mesmo que não venhamos a ter sintomas, o nosso organismo produz anticorpos específicos - os testes podem permitir apurar que parte da população terá sido infetada, e desses qual a proporção de infeções assintomáticas.
O problema é que se por um lado a produção de anticorpos pelo organismo é demorada (pode demorar 10 ou mais dias após o início dos sintomas até serem detetados) por outro podem persistir por muito tempo após a infeção ter desaparecido (não permitindo saber exatamente quando ocorreu a infeção).
Mas temos outra corrida na comunidade biomédica que eventualmente reduzirá a necessidade de testes: uma vacina.