Paulo Núncio, candidato da AD pelo círculo de Lisboa, sacudiu a campanha eleitoral quando se pronunciou a favor de um novo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez (IVG) e atirou para o centro da discussão dos partidos os direitos das mulheres. O JN foi ver o que dizem os programas eleitorais.
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A resposta dos partidos à declaração de Paulo Núncio, vice-presidente do CDS-PP, foi unânime: ninguém mostrou vontade de regressar aos dias anteriores ao referendo de 11 de fevereiro de 2007, em que venceu o "sim" pela despenalização do aborto em Portugal.
Em jeito de contenção de danos dentro da AD, o presidente do PSD garantiu não haver espaço para voltar à discussão sobre o aborto e Nuno Melo, pela parte do CDS, admitiu que o seu partido gostaria de ver mais restrições na lei. Todavia, confirmou que não há abertura na coligação para pôr em cima da mesa um novo referendo ou sugestões de alteração à lei do aborto.