A dislexia é uma disfunção neurológica que se manifesta pela dificuldade de aprendizagem na leitura e na escrita. Saiba como e quando se diagnostica, quais são os principais sinais de alerta e qual é o tratamento. Estima-se que haja 125 mil crianças disléxicas no Ensino Básico e Secundário.
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O que é?
É uma disfunção neurológica, com alto índice de hereditariedade, que se manifesta pela dificuldade de aprendizagem na leitura, não estando relacionada com o nível intelectual. Quem sofre de dislexia apresenta um esforço acrescido para distinguir letras, formar palavras e compreender o seu significado.
Quais são os diferentes tipos?
Tendo em conta a origem, a dislexia pode ser de desenvolvimento (genética, quando é herdada de um membro da família) ou adquirida (resultante de algum trauma ou lesão). No que diz respeito às características, a dislexia pode ser auditiva ou disfonética (em 65% dos casos), visual ou mista.
Como se manifesta?
A dislexia manifesta-se através da escrita, leitura, comportamento ou alterações emocionais. Pode estar associada a outras perturbações de aprendizagem como a discalculia (dificuldade em perceber números e símbolos matemáticos), défice de atenção, hiperatividade, descoordenação motora, entre outras.
Quais são os principais sinais de alerta?
A iniciação tardia da fala é o primeiro indício a considerar. Se a linguagem permanece “abebezada” para além dos cinco anos, há dificuldade em pronunciar certos sons ou as trocas lexicais ou fonológicas são frequentes (não distinguir “o” de “u”; "f" de "v"; “nh” de “lh”, por exemplo), os pais devem procurar aconselhamento.
Como é feito o diagnóstico?
A partir do momento em que há indícios, a criança deve ser encaminhada para uma consulta de psicologia e/ou educação especial, onde será realizada uma avaliação psicopedagógica, que inclui o historial clínico da criança, análise cognitiva e comportamental, avaliação da leitura e da liguagem oral e escrita.
Qual é o tratamento? Tem cura?
A dislexia não tem cura. Através dos resultados da avaliação, é elaborado um plano de intervenção com metodologias adequadas a cada criança, que deve ser partilhado entre família, profissionais de saúde e professores para garantir um trabalho em equipa. Com uma intervenção precoce e direcionada a cada caso, conseguem ultrapassar-se cerca de 90% das dificuldades.