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PS: reforçar Superior para formar mais docentes
O aumento no índice salarial no início da carreira é uma das promessas do PS para valorizar a carreira. A recuperação do tempo de serviço dos professores é remetida para negociações. Entre as propostas surge a criação de uma estrutura de apoio jurídico e administrativo-financeiro às direções das escolas e o desenvolvimento de um programa de estímulo às instituições de Ensino Superior para a formação de professores, aliando indicadores de qualidade na formação a reforços financeiros específicos para estes programas. O Pré-Escolar é para se tornar gradualmente obrigatório, a partir dos quatro anos. E o acolhimento dos alunos estrangeiros reforçado através de formação intensiva em português.
PSD/CDS/PPM: salário para diretores e fusão do 1.º e 2.º ciclos
A AD propõe uma recuperação faseada do tempo de serviço dos professores durante cinco anos (20% por ano). A possibilidade dos docentes colocados a mais de 70 quilómetros de casa deduzirem em sede de IRS despesas com alojamento. A criação de um modelo especial de remuneração e de avaliação dos diretores. Para os alunos, é proposto, por exemplo, a “flexibilização” da carga letiva, o regresso de provas de aferição no 4. e 6. anos ou a fusão do 1.ºe 2. ciclos.
Chega: exames no 4.º, 6.º e 9.º com peso nas notas
Para os professores, o Chega propõe a recuperação do tempo de serviço nos quatro anos da legislatura, ajudas de custo aos colocados a mais de 100 quilómetros de casa e possibilidade de dedução de despesas com alojamento e deslocações em sede de IRS. O partido quer reintroduzir exames no 4., 6. e 9. anos e que essas notas - incluindo os exames do Secundário - tenham mais peso na classificação final.
BE: proibir telemóveis nos intervalos do 1.º ao 6.º
Além da recuperação integral do tempo de serviço, o BE propõe a criação de um subsídio para os deslocados, a profissionalização em serviço para os licenciados com três anos de serviço e 50 horas de formação pedagógica. Para os alunos, é defendida a proibição de telemóveis nos intervalos do 1. e 2. ciclos.
IL: não se compromete com tempo de serviço
O IL volta a apostar no cheque-ensino e propõe também um cheque-creche para as famílias escolherem as escolas. É o único partido que não propõe a recuperação do tempo de serviço. Para minimizar a falta de professores, propõe o recrutamento de aposentados. Defende que as escolas passem a contratar docentes e que universidades e politécnicos selecionem os seus alunos.
PCP/PEV: regime específico de aposentação
Além da recuperação do tempo de serviço, o PCP propõe um regime específico de aposentação, fim das quotas para progressão e na avaliação, a reposição do anterior modelo de mobilidade por doença, a criação de uma rede pública de creches e de ensino artístico especializado.
PAN: aposentação após 40 anos de serviço
O PAN quer melhorar as condições de trabalho dos professores através da recuperação do tempo de forma faseada e apoios às deslocações. Também propõe a aposentação sem penalizações ao fim de 40 anos de serviço.
Livre: criação de “ano zero” de acesso ao Superior
Além do tempo, fim das quotas e apoios à deslocação, o Livre defende um regime de pré-aposentação a partir dos 36 anos de serviço. O partido propõe que o 12. ano passe a ser “um ano zero”, tendencialmente lecionado nas instituições de Ensino Superior.