As provas-ensaio começaram segunda-feira e vão prolongar-se até ao final do mês, para testar alunos do 4.º, 6.º e 9.º anos, ou seja, no final de cada ciclo do ensino básico. As escolas também vão ser postas à prova.
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Provas-ensaio: em que consistem?
As provas-ensaio são testes digitais com o objetivo de preparar os alunos para as provas finais de ciclo (9.º ano) e de monotorização de escolaridade (4.º e 6.º anos), que vão ser realizadas em maio e junho. Servirão também para avaliar as capacidades tecnológicas das escolas.
Como funcionam?
As provas-ensaio são obrigatórias, contudo, não têm de contar para a avaliação interna dos alunos. Demoram 45 minutos para serem realizadas, com itens de seleção de correção automática e perguntas de construção corrigidas pelos professores.
Os enunciados não são de conhecimento público, para ser possível a repetição de perguntas e a comparação entre os resultados dos alunos.
Quando vão ser realizadas?
Esta semana vão ser efetuadas as provas de Português. Na semana de 17 a 21 de fevereiro serão as de Inglês (4.º ano) e de História e Geografia de Portugal (6.º ano). Entre 24 e 28 serão feitas as de Matemática.
Quais as principais críticas?
O facto de ser possível que estas provas contem para a avaliação interna, antes de se confirmar que não têm matéria que os alunos não deram, é uma das principais críticas. Joaquim Pinto, presidente da Associação de Professores de Matemática, considera que esta decisão "é um tiro no escuro", e que estas provas são um teste à capacidade tecnológica das escolas.
Os horários das provas são outra crítica. De acordo com a presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Mariana Carvalho, existem agrupamentos que "agendaram para o mesmo dia e hora a prova de Português de todas as turmas do 6.º ano", e, que há escolas que fazem de seguida as provas de Matemática e Ciências Naturais.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e o Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P) criticam a "bolsa solidária" criada para os professores que corrigem as provas, escolhidos pelos diretores. Como forma de protesto, está marcada uma greve, que começa nesta segunda-feira.
Há falta de computadores?
Em novembro, o Governo atribuiu 10 milhões de euros para substituir 45 mil portáteis avariados nas escolas. No entanto, ainda muitas escolas aguardam por estes computadores.