O regresso do CDS ao Parlamento: Nuno Melo aparafusou a placa e Portas emocionou-se
O CDS em peso marcou presença na cerimónia de colocação de uma placa na nova sala do partido no Parlamento, no dia do regresso dos centristas a São Bento após dois anos de ausência. O momento contou com a presença dos dois deputados recém-eleitos - o líder Nuno Melo e Paulo Núncio -, mas também de vários ex-líderes.
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O corredor onde fica a nova sala do CDS - mais afastado do hemiciclo do que o antigo espaço atribuído ao partido - tornou-se pequeno para tanto aparato, não só mediático mas, também, resultante da fortíssima presença de figuras de proa democratas-cristãs, que quiseram testemunhar o momento simbólico. A placa foi colocada e aparafusada por Nuno Melo.
O antigo líder, Paulo Portas, não escondeu a emoção perante as câmaras. Não quis falar aos jornalistas, tendo o JN apenas conseguido arrancar-lhe duas palavras, que resumem o seu estado de espírito: "emoção" e "alegria".
Além de Portas e dos dois parlamentares eleitos, também marcaram presença na cerimónia informal - que durou poucos momentos - nomes como os antigos líderes Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro, o histórico dirigente Narana Coissoró e ainda os ex-deputados João Almeida, Nuno Magalhães e Pedro Morais Soares. Dos líderes máximos ainda vivos, apenas faltaram Assunção Cristas e Francisco Rodrigues dos Santos.
O presidente do CDS, Nuno Melo, considerou que a colocação da placa representou um "momento histórico e emotivo". Em 2022, recorde-se, a sala que sempre tinha sido ocupada pelos democratas-cristãos desde o início do período democrático passou para o Chega, quando o CDS perdeu a representação parlamentar e o partido de André Ventura subiu de um para 12 deputados.
O CDS fica agora numa sala mais recente, junto à Biblioteca Passos Manuel, numa zona de salas atribuídas a deputados do PSD.