Observatório do emprego científico vai monitorizar contratação de investigadores
Um observatório do emprego científico vai monitorizar a contratação de investigadores e professores do ensino superior, e divulgar periodicamente dados sobre os processos, indicou hoje, no parlamento, o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.
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Manuel Heitor disse que os dados serão divulgados duas vezes por ano e que o observatório, para começar a funcionar em janeiro, resultará de uma colaboração entre a Direção-Geral do Ensino Superior, a Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência e a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
O ministro falava no parlamento, na apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado de 2017 para a ciência e o ensino superior, onde foi interpelado sobre o emprego científico.
De acordo com o plano para a concretização do programa de estímulo ao emprego científico, divulgado anteriormente pelo ministério da tutela, "passarão a ser divulgados relatórios de emprego científico, incluindo a análise de níveis de rejuvenescimento institucional e da redução da precariedade dos vínculos na atividade de investigação e desenvolvimento".
Com este observatório, o Governo pretende "melhor consagrar o esforço coletivo de estimular o emprego científico em Portugal".
Durante o debate, PSD, PCP e BE criticaram a contratação, a termo, prevista no programa de estímulo ao emprego científico, por não garantir estabilidade aos investigadores.
O ministro Manuel Heitor apresentou o programa como uma iniciativa para travar a emigração e o envelhecimento do corpo docente e científico, além de substituir progressivamente bolsas por contratos efetivos de trabalho.
O Governo estabeleceu como meta a contratação, até 2020, de 3.000 doutorados.