O obstetra de Setúbal, que não detetou as malformações graves do bebé Rodrigo durante as ecografias, tem atualmente 14 processos disciplinares na Ordem dos Médicos.
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A informação foi prestada esta tarde de quarta-feira pelo bastonário da Ordem dos Médicos na Comissão Parlamentar de Saúde, onde foi chamado a pronunciar-se sobre o caso.
"O médico de Setúbal tem atualmente 14 processos", referiu Miguel Guimarães, no final da sessão, corrigindo o número referido anteriormente que dava conta de oito processos, cinco dos quais anteriores ao caso do bebé Rodrigo.
Os processos deram entrada no Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos após divulgação pública do caso do bebé que nasceu, no início de outubro, sem olhos, nariz e parte do crânio.
Miguel Guimarães disse ainda aos deputados desconhecer o nível de gravidade dos mesmos.
Entretanto, o Conselho Disciplinar do Sul reuniu ontem para analisar alguns dos processos do obstetra Artur Carvalho, mas ainda não tomou decisões por falta de informação e do parecer do colégio da especialidade.
A 22 de outubro, aquele órgão disciplinar da Ordem dos Médicos decidiu suspender preventivamente o obstetra.
O Ministério Público abriu um inquérito ao médico e à clínica Eco Sado, onde foram feitas as ecografias.
A clínica, soube-se posteriormente, fazia ecografias para o Serviço Nacional de Saúde sem a necessária convenção com Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.