Vários estudantes juntaram-se esta terça-feira pelo movimento "Fim ao Fóssil: Ocupa!" na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). O protesto, que começaria com uma marcha à volta da faculdade a que se seguia uma ocupação do átrio, acabou por ser silenciado.
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Por volta das 12.30 horas alguns alunos da FLUP reuniram-se no átrio para dar início ao protesto. No entanto, e segundo o porta-voz do grupo, Nico Moniz, o diretor da faculdade pediu silêncio e não deu autorização para que fosse realizada qualquer tipo de ação. "A direção só nos permitiu ficar calados e ficar aqui sentados a ter pequenas rodas de conversa entre nós, é basicamente o que fazemos no dia-a-dia", afirmou Nico Moniz.
O protesto que os alunos tinham programado começava com uma marcha à volta da faculdade, seguida de uma ocupação no átrio onde, durante toda a tarde, iram decorrer rodas de conversas e, por fim, um jantar comunitário. Apesar de todas as ações terem sido proibidas pela direção da instituição e de estar presente a polícia, os alunos decidiram fazer na mesma a ocupação no átrio, colocando fita-cola na boca em protesto por lhes terem pedido silêncio.
"Nós estamos aqui porque precisamos de quebrar a normalidade e queremos fazer uma ação que tenha impacto, onde as pessoas nos oiçam. Por isso, a direção dizer para nós ficarmos calados vai contra tudo aquilo que o movimento é, que é para nos dar voz", explica Nico Moniz. Acrescentou ainda que "não nos permitiram fazer um jantar comunitário, nem uma manifestação, nem dormir cá mas vamos continuar a tentar negociar com a faculdade".
As ocupações dos vários estudantes, em diversas escolas e universidades, tem como objetivo lutarem "pelo fim ao fóssil até 2030" e "pela eletricidade 100% renovável e acessível para todas as famílias até 2025". "Também defendemos a gratuitidade dos transportes públicos e um maior investimento na linha ferroviária e nos metros", salientou o estudante.