A Organização Mundial de Saúde atualizou esta quinta-feira os dados da prevalência da mpox (monkeypox): desde o último relatório divulgado a 16 de novembro foram registados mais 1696 novos casos de infeção e cinco mortes (3 nos Estados Unidos, uma no Chile e uma em Espanha). O número de novas infeções diminuiu 46% na semana entre 21 e 27 de novembro.
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Na última semana, de acordo com os dados da OMS, 10 países reportaram uma subida de novos casos (o maior aumento foi registado no Peru). Em 71 países não são diagnosticadas novas infeções há 21 dias (o maior período de incubação da doença) - mais oito países do que no último relatório, divulgado a 16 de novembro.
Em Portugal, desde 3 de maio até 25 de novembro, foram identificados 948 casos, não tendo sido diagnosticadas novas infeções desde 11 de novembro. A vacinação contra a mpox, recorde-se, arrancou a 16 de julho e desde essa data até 2 de novembro, de acordo com os dados da Direção-Geral de Saúde, já foram vacinadas 1439 pessoas, 848 das quais em contexto de vacinação preventiva.
O vírus continua a afetar principalmente homens jovens, com uma média de idade de 34 anos, e homossexuais (84,8%). A prevalência de casos entre as mulheres, no entanto, tem vindo a subir gradualmente desde o início do surto, atingindo a 20 de novembro, 6,7% do total de novos casos. A idade média das mulheres infetadas é de 30 anos e a maioria são heterossexuais. Tal como nos homens a transmissão acontece maioritariamente pelo contacto das relações sexuais.
A OMS voltou a insistir no alerta relativamente às pessoas com HIV, um grupo que representa mais de metade dos infetados com mpox. O frágil sistema imunitário aumenta o risco de contração da infeção, alerta novamente a OMS.
No relatório, a OMS confirma ainda a intenção de mudar o nome da doença de "monkeypox" para "mpox". A intenção, aliás, já havia sido divulgada esta semana. A mudança de designação foi aprovada após "uma série de consultas a peritos mundiais" e pretende evitar uma linguagem racista e estigmatizante. Os dois nomes podem ser usados em simultâneo durante um ano, período após o qual o nome de "monkeypox" será eliminado.