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Ambientalistas pedem fim dos subsídios e definição de limites.
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A Quercus e mais quatro organizações não governamentais (ONG) exigem o fim dos subsídios à queima de biomassa florestal nas fábricas de celulose em Portugal. Que, afirmam em comunicado, "estão a queimar mais madeira para produzir energia do que qualquer outro setor em Portugal".
No relatório que produziram - Quercus, Iris - Associação Nacional de Ambiente, Acréscimo, Environmental Paper Network e Biofuelwtach - adiantam que, "no total, seis centrais elétricas de biomassa dedicada e cinco centrais de cogeração associadas à indústria de pasta e papel queimam cerca de 2,9 milhões de toneladas de biomassa lenhosa por ano, mais do que qualquer outro setor". Setor que, dizem, "é responsável por quase 80% da eletricidade produzida anualmente em Portugal a partir da biomassa equivalente a 6% da produção total de eletricidade em Portugal".
Citada no referido comunicado, a presidente da Quercus, Alexandra Azevedo, sublinha que "a existência de subsídios desacoplou a queima de biomassa florestal na maioria destas fábricas dos fluxos sobrantes industriais da produção de pasta celulósica". Apoios esses que, acusa, "servem de base a uma nova área de negócio".
Nesse sentido, aquelas ONG pedem "a introdução de uma moratória imediata sobre a nova capacidade de produção de eletricidade a partir de biomassa" e o fim da "sua elegibilidade para subsídios de energia renovável". Defendem, ainda, "limites para a queima de biomassa nas fábricas de celulose, de modo a que nenhuma biomassa florestal primária seja usada como matéria-prima para a geração de energia".
