A maioria das ambulâncias do INEM e das corporações de bombeiros não contam com os materiais de proteção recomendados pela Direção-Geral da Saúde para lidar com casos suspeitos de coronavírus.
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Batas, viseiras faciais, toucas ou cobre-botas são alguns dos materiais indisponíveis, denunciam as associações representativas do setor. Nos casos em que existem, parte vem do tempo da gripe das aves e uma outra deveria ser usada com outros fins, como os partos.
Para a DGS, o INEM e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) têm de adquirir "o material em quantidade suficiente para as necessidades". "Nós fazemos recomendações e essas entidades são responsáveis pela execução. Se estão a falhar, terão de corrigir essas falhas", avisou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Segundo Rui Lázaro, vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, as ambulâncias do INEM "não receberam o kit de emergência recomendado pela DGS". "De um levantamento dos equipamentos nas ambulâncias do INEM, de Norte a Sul, o retrato é este: ou não têm esse kit ou têm do tempo das gripe das aves [2009], sendo que há coisas que perdem a validade, como toalhitas de álcool e desinfetante de mãos", disse.