Operárias têxteis sonham com reforma aos 55 anos e semana de quatro dias
Melhores salários, reforma mais cedo e semana de quatro dias de trabalho são as promessas que três operárias têxteis de Famalicão gostavam de ver cumpridas. Mas apesar da esperança ser a última a morrer, Albertina Pereira, Manuela Silva e Fátima Peixoto confessam-se desacreditadas nos políticos. Ainda assim, vão votar.
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“Muitas promessas e poucas ações”. Albertina Pereira é preparadora de confeção numa têxtil de Famalicão e tem acompanhado a campanha eleitoral pela televisão. “Estou desiludida como acho que a maioria dos portugueses com a política que se está a fazer no nosso país. Fazem tantas promessas, depois estão dois anos no Governo. Tinham maioria, cometeram erros, outra vez eleições. Tudo sai do nosso bolso e os mais fracos, os mais pequenos é que pagam”.
A desilusão que exprime é a mesma que diz ver em vários colegas de trabalho e é isso que, na sua opinião, fará com que a abstenção suba nas próximas eleições. “As pessoas estão desiludidas com o Governo, seja ele qual for”, refere. “Os portugueses estão cansados de ser enganados”, frisa.