A Ordem dos Enfermeiros defendeu, esta terça-feira, a criação de centros junto dos serviços de obstetrícia com enfermeiros especializados para fazerem os partos. Com isso, considera-se que não será necessário encerrar urgência e colmata-se o problema da falta de médicos.
Corpo do artigo
A Ordem dos Enfermeiros insistiu, esta terça-feira, na criação de Centros de Parto Normal junto dos serviços de obstetrícia, com a integração de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO). A medida, segundo a entidade presidida por Ana Rita Cavaco, procura garantir a acessibilidade aos cuidados de saúde materna e obstétrica, em vez de se avançar com o encerramento de urgências de obstetrícia, como propõe a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia - Obstetrícia.
"É preciso admitir de uma vez por todas, como recomenda a OMS e seguindo o modelo que já funciona noutros países, designadamente no Reino Unido, que a maioria dos partos normais são realizados por enfermeiros especialistas, os quais estão habilitados técnica e cientificamente", sublinha a Ordem dos Enfermeiros, em comunicado.
A Ordem dos Enfermeiros argumenta ainda que o modelo proposto iria permitir que "os hospitais com centros de parto normal necessitassem de menos médicos de apoio à sala de partos, libertando também médicos e enfermeiros de família das consultas de gravidez".
"Com esta solução, haverá uma rentabilização dos recursos humanos e fica claro que os encerramentos, a acontecerem, são apenas uma decisão política, de restrição do acesso à Saúde, um direito consagrado constitucionalmente", remata a Ordem dos Enfermeiros.