Apesar de Portugal ser um dos países com menos espécies de animais perigosos, há alguns com os quais é preciso cuidado, pois são venenosos ou potencialmente letais, sobretudo para crianças, idosos e doentes crónicos.
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Especialistas avisam que o uso de calçado adequado em meio selvagem pode salvar vidas.
Entre as espécies mais perigosas está a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane. Uma mordida destas cobras na parte superior do corpo humano pode ser fatal se não for tratada de imediato. A primeira está em todo o território nacional, a segunda predomina na região da Peneda-Gerês.
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Entre os aracnídeos, a espécie mais perigosa é a viúva-negra-mediterrânica. Predomina em zonas rurais, sobretudo no Algarve e Alentejo. Só a fêmea é fatal e pode ser reconhecida pelas 13 manchas do abdómen, que podem ser amarelas, vermelhas ou laranja.
Entre os peixes, há três que são de assinalável risco: a moreia-pintada, a moreia-preta e a caravela-portuguesa. As moreias são da família das enguias e ficam em covis rochosos durante o dia. A pintada pode ser vista no continente e nos arquipélagos, ao passo que a preta apenas se encontra nos Açores e Madeira. Já a caravela-portuguesa está em todo o território mas é mais frequente no centro, sul e ilhas.
Entre os mamíferos, o mais perigoso é o lobo-ibérico. Pode ser encontrado no Norte e anda em alcateia, mas os ataques são sobretudo a gado e não há registo de investidas sobre pessoas.
Nuno Gomes Oliveira, doutorado em Biologia e presidente do Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens, explica que a prevenção em meio selvagem é essencial: "Não se pode ir para o monte, ou para o Gerês com umas havaianas. É evidente que quem for, arrisca".