Já voltaram ao ativo os dois sacerdotes que tinham sido suspensos pela Diocese de Lamego depois de terem sido denunciados pela alegada prática de abuso sexual. O afastamento temporário aconteceu no início de março.
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A decisão foi tomada depois da Comissão Independente (CI) ter entregado a cada bispo uma lista com o nome dos sacerdotes referidos pelas vítimas de abusos na Igreja.
Na altura, D. António Couto, o bispo de Lamego, pediu novos elementos para poder tomar uma decisão quanto à continuidade dos párocos em funções. Por falta de provas que confirmem os abusos, os padres voltaram a realizar cerimónias públicas.
Em outubro de 2022, na divulgação do relatório da CI, o bispo local já tinha afastado outros dois sacerdotes. Um deles é o pároco de Numão, em Vila Nova de Foz Côa, que foi detido pela Polícia Judiciária suspeito dos crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual de pessoa incapaz de resistência.
O sacerdote ter-se-á aproveitado da condição frágil de um homem de 44 anos, a seu cargo desde 2015, para o escravizar e abusar. Foi o alerta de uma familiar da vítima que levou à detenção do suspeito. O outro caso diz respeito a um sacerdote de Cinfães.
Em Lisboa, um dos quatro sacerdotes acusados de abusos também já voltou a celebrar missa publicamente. Por falta de indícios que confirmem a veracidade das acusações, o padre Mário Rui Pedras (denunciado por ter abusado sexualmente de um menor na década de 1990) já foi autorizado por D. Manuel Clemente a assumir todas as funções