"O país não pode andar a reboque de interesses políticos ou de jogatanas partidárias", defendeu Inês Sousa Real, esta tarde, à saída da audição com o presidente da República. Para o PAN as eleições devem realizar-se "o quanto antes", o que tendo em conta os prazos legais, a quadra natalícia e a evolução pandemia, podem ser convocadas entre "o final de janeiro e início de fevereiro".
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Se Marcelo Rebelo de Sousa marcar as legislativas para 16 de janeiro, o PAN, garantiu Inês Sousa Real, estará "preparado". "Tanto melhor, o país não pode esperar. Quanto mais se atrasar o ato eleitoral mais se atrasa o novo orçamento do Estado". No entanto, considera a líder do Partido Pessoas-Animais-Natureza, as legislativas devem ser convocadas entre a segunda quinzena de janeiro e o início de fevereiro. É preciso ter em conta os prazos legais, a evolução da pandemia e permitir a possibilidade de o país celebrar a quadra natalícia sem campanha após ano e meio de confinamentos mas também, defendeu, garantir que as eleições não são atrasadas "em função de agendas de partidos que primeiro queiram arrumar a sua casa".
"O país não pode ficar refém de interesses partidários", repetiu, sublinhando que a "prioridade" do PAN, neste momento, é fechar a legislatura. Isto é, não permitir que diplomas que estão no Parlamento, como a lei de bases do clima, o luto parental ou o combate à corrupção, "não fiquem pelo caminho".
O presidente da República está este sábado a ouvir os partidos com assento parlamentar sobre a dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas após o chumbo do Orçamento do Estado para 2022.