Ao contrário do que afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, não basta a vontade dos pais para que crianças saudáveis sejam vacinadas contra a covid-19. O esclarecimento foi feito, este domingo, pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, segundo a qual "será sempre necessário" ter prescrição médica.
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Em declarações ao jornal Expresso, a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou que a imunização dos adolescentes dos 12 aos 15 anos sem comorbilidades poderá avançar desde que haja indicação médica.
Assim, a vontade dos pais, como havia referido o Presidente da República durante a visita ao Brasil, não será suficiente para que as inoculações sejam feitas.
Na passada sexta-feira, Graça Freitas apresentou a recomendação da DGS quanto à vacinação dos 12 aos 15 anos, mas a informação não foi corretamente interpretada. O documento da entidade de saúde indica que "deve ser dada a possibilidade de acesso à vacinação, a qualquer adolescente com 12-15 anos, por indicação médica, de acordo com a calendarização da campanha de vacinação". E, portanto, não apenas aos mais novos com comorbilidades.
Fonte do Governo também contactada pelo Expresso confirmou a indicação. "Entre os 12 e 15, e para além dos casos de comorbilidades, a vacina é possível por indicação médica. Portanto, cabe aos pais decidir levar os filhos ao médico para que este determine se recomenda a toma da vacina", sublinhou.