A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu, esta terça-feira, que o país não vive o contexto ideal para "políticas mais generosas", como o descongelamento do indexante de apoios sociais, questionando a sustentabilidade da medida.
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"Não nos parece que seja o contexto ideal para defendermos que podemos ter políticas mais generosas, como todos gostamos de ter, mas gostamos de ter com os pés assentes na terra e sabendo para onde estamos a caminhar", defendeu Assunção Cristas, apontando um "crescimento débil" e "dívida pública a aumentar".
A líder centrista reagia à atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), atualmente fixado nos 419,22, avançada pelo Jornal de Negócios, à saída de uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, de preparação da cimeira europeia informal de sexta-feira.
"Quando ao mesmo tempo que vemos estas medidas - que são medidas que naturalmente todos gostaríamos de tomar - conjugadas com aumento crescente e consistente da dívida pública, há alguma coisa na despesa que não está a bater certo", sustentou.
"Ao mesmo tempo, quando vemos um crescimento económico anémico percebemos que é preciso atuar com muita cautela porque não temos garantias que aquilo que hoje se anuncia como estando a dar, amanhã não venha a ter problemas de sustentabilidade", acrescentou.