Pais temem falta de condições e pedem que provas digitais sejam repensadas
A greve dos professores de Informática que prestam apoio técnico na reparação de computadores “é mais um constrangimento” a ameaçar as provas digitais, alertam pais e diretores que consideram que a generalização das provas online deve ser repensada.
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“Qualquer pré-aviso de greve nos preocupa”, começa por assumir Mariana Carvalho. A presidente da Confederação Nacional de Pais (Confap) garante que tem recebido cada vez “mais queixas” por causa das avarias nos computadores. As provas de aferição teóricas, que vão ser feitas pelos alunos do 2.º , 5.º e 8.º, e as nacionais do 9.º ano vão ser feitas em computador.
“Compreendemos perfeitamente o protesto. O que tem de se resolver é a origem do problema: o número cada vez maior de computadores amontoados nas escolas sem solução, a não ser os casos em que os arranjos são pagos pelos pais”, sublinha Mariana Carvalho. A Confap considera que, não estando garantidas as condições de equidade para todos os alunos, a generalização das provas digitais no Básico “deve ser repensada” e não não tem de passar para o próximo Governo.