A porta-voz do PAN Madeira anunciou, este sábado, que só aceita suportar um novo Governo Regional com “nomes de pessoas que não estejam envolvidas na investigação”, afastando a hipótese de Miguel Albuquerque ser reconduzido no cargo. Mónica Freitas diz ainda que vai aceitar o cenário decidido por Marcelo a 24 de março.
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Em declarações aos jornalistas após o representante da República ter anunciado que vai manter o governo regional em gestão até à decisão do presidente da República, Mónica Freitas assumiu que o PAN “está preparado” para “qualquer um dos cenários que Marcelo venha a indicar a 24 de março”, seja a dissolução do Governo de gestão e a convocação de eleições antecipadas ou a nomeação de um novo Governo Regional.
Quanto às condições para suportar a coligação PSD/CDS, a porta-voz do PAN assegurou que continua tudo igual. “O PAN mantém a mesma posição, a situação política continua igual. É preciso devolver alguma confiança e credibilidade às pessoas, respeitando toda aquela que seja a presunção de inocência. Há um processo de investigação a decorrer e, portanto, havendo um novo quadro político, as condições mantêm-se de ser nomes de pessoas que não estejam envolvidas no processo de investigação”, disse.
Mónica Freitas notou ainda que “não faria sentido” manter Miguel Albuquerque num novo Governo Regional da Madeira, “tendo em conta que todo o processo de investigação continua a decorrer e atendendo também a toda a especulação e mediatismo que, por um lado, é lamentável para estas pessoas, mas continuamos a dizer que à justiça o que é da justiça”, terminou.
O representante da República para a Madeira anunciou, este sábado, que vai manter o atual governo da Madeira em gestão, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, até que o presidente da República decida "uma eventual dissolução". Ireneu Barreto salientou que é uma decisão "precária" e que pode ser "revertida".