Francisco disse este sábado, na homilia da missa deste 13 de maio, que Fátima é "sobretudo um manto de luz que cobre".
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O Papa convidou os fiéis, na manhã deste sábado, na homilia da missa do 13 de maio a que presidiu, a "descobrirem novamente o rosto jovem e belo da Igreja". Mas não de uma Igreja qualquer. Segundo Francisco, a Igreja Católica deverá ser "missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor".
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Com os pastorinhos Jacinta e Francisco já canonizados, o Papa começou a homilia dizendo que Nossa Senhora não apareceu em Fátima para que os fiéis a vissem, mas sim para os lembrar de que o inferno existe, mas também há a luz de Deus. "A Virgem Maria não veio aqui para que a víssemos; para isso temos a eternidade inteira, naturalmente se formos para o céu", começou por dizer. Para o Sumo Pontífice, o objetivo das aparições de Nossa Senhora foi, através de avisos sobre o "risco do Inferno onde leva a vida sem Deus", lembrar a "luz de Deus que nos habita e cobre".
"Fátima é sobretudo este manto de luz que cobre, aqui como em qualquer outro lugar da terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe", acrescentou Francisco, exortando os fiéis a terem "esperança até ao último respiro" para, como fizeram os pastorinhos, "superar contrariedades e sofrimentos".
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O Papa recordou de seguida as "Memórias" da Irmã Lúcia, citando uma das visões da prima Jacinta. "Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente a chorar com fome e não tem nada para comer? E o Santo Padre numa Igreja, diante do Imaculado coração de Maria a rezar? E tanta gente a rezar com ele?" Francisco identificou-se com esta imagem e agradeceu aos fiéis por estarem com ele: "Obrigado por me acompanhardes", disse.
Ainda na homilia da missa deste sábado, o Papa prometeu aos que peregrinaram a Fátima que Nossa Senhora não os abandonará: "Sob o seu manto não se perdem; dos seus braços virá a esperança e a paz de que necessitam". E pediu proteção especial para "os doentes e pessoas com deficiência, os presos e desempregados, os pobres e abandonados".
"Rezamos a Deus com a esperança de que nos escutem os Homens e dirigimo-nos aos Homens com a certeza de que nos vale Deus", acrescentou.
Quase no final do texto, o Santo Padre voltou a falar na esperança contra a "indiferença que gela o coração e agrava a miopia do olhar" - uma esperança que terá de ser global e assumida por todos: "Não queiramos ser uma esperança abortada! A vida só pode sobreviver graças à generosidade de outra vida".
A terminar a homilia, Francisco pediu aos fiéis que sejam "sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto" de Jesus.