Bento XVI irá encontrar-se com diversas personalidades ligadas ao mundo da cultura, na manhã do dia 12, em Lisboa. Um público que, segundo o cardeal patriarca de Lisboa, o Papa "gosta de encontrar, sem dúvida nenhuma", devido "à sua fisionomia cultural e sensibilidade".
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Segundo D. José Policarpo "este é um sector decisivo", na medida em que "a grande mudança do mundo de hoje é a mutação cultural, com uma aceleração que a história nunca conheceu durante a sua existência".
"Muitos destes homens e mulheres, que nos diversos sectores da cultura trabalham, exprimem aquilo que é o Homem, aquilo que é a sua visão da Humanidade através da cultura pensante, criando arte, exprimindo a sua beleza, têm um papel absolutamente decisivo naquilo que é o caldear contínuo da alma humana de uma comunidade", sustenta. Trata-se de um universo cultural onde "há muita gente católica", o que no entender do cardeal "é curioso". Mas "a grande massa desse universo é aberta à transcendência e aos valores", frisa D. José Policarpo, adiantando que prova disso mesmo "foi a rapidez" com que os convites feitos obtiveram resposta positiva.
Na plateia a ouvir o Papa - que falará durante 20 a 25 minutos - estarão diversas personalidades, entre as quais as ministras da Cultura e da Educação. Confirmadas estão também as presenças de Guilherme de Oliveira Martins e Emília Nadal, respectivamente presidente do Centro Nacional de Cultura e da Sociedade de Belas Artes, João Lobo Antunes, neurologista, Emílio Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, a actriz Glória de Matos, o artista plástico Pedro Calapez e o subdirector da Cinemateca Portuguesa Pedro Mexia. Caberá ao cineasta Manoel de Oliveira proferir uma alocução, em nome da cultura.