Papa Francisco agradeceu a Marcelo e ao povo português pela "receção calorosa"
O Papa Francisco despede-se hoje de Portugal com a celebração de uma missa para o Dia Mundial da Juventude, em Lisboa, e um encontro com voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Algés.
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O Papa Francisco defendeu hoje que os membros da Igreja que ocultaram abusos têm de assumir essa irresponsabilidade.
"Os pastores que, de alguma forma, não assumiram essa responsabilidade, têm de assumir essa irresponsabilidade. Depois ver-se-á de que modo, em cada um deles, mas é muito duro o mundo dos abusos", afirmou Francisco, a bordo do avião que o transportou de Lisboa, onde presidiu à Jornada Mundial da Juventude, para Roma.
Francisco foi questionado por um jornalista português sobre se tinha conhecimento do relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais Contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa e o que deve acontecer com os bispos que sabiam de casos de abuso e não os comunicaram às autoridades.
Na resposta, o chefe da Igreja Católica lembrou que cerca de "42% dos abusos acontecem nas famílias", sustentando que "ainda é preciso amadurecer e ajudar, para que se descubram essas coisas".
Francisco pediu depois ajuda aos jornalistas para que "todos os tipos de abusos sejam resolvidos", notando que o abuso sexual de menores não é o único.
O trabalho infantil e o abuso das mulheres são outros exemplos que apontou, referindo, neste último caso, a mutilação genital feminina.
"Dentro do abuso sexual, que é grave, há uma cultura do abuso que a humanidade tem de rever e converter-se", defendeu.
Termina agora o acompanhamento ao minuto do último dia da JMJ.
O Papa Francisco elogiou hoje a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terminou hoje em Lisboa, dizendo que foi a "mais bem preparada" e com maior número de peregrinos a que assistiu.
"Esta foi a mais bem preparada que vi", afirmou Francisco, aos jornalistas, a bordo do avião papal que o transportou de regresso a Roma após ter presidido à JMJ, em Lisboa.
Segundo Francisco, esta edição da jornada foi também "a mais numerosa" que viu.
Cerca de um milhão e meio de pessoas participaram hoje na missa de encerramento da JMJ, no Parque Tejo, local onde no dia anterior, para a vigília, as autoridades avançaram o mesmo número.
"É impressionante" o número de peregrinos, declarou, referindo ainda que a celebração "foi muito bonita"
Francisco relatou que, antes de apanhar o avião, esteve com os voluntários, cerca de 25 mil, "com uma mística, um compromisso que era verdadeiramente bonito, bonito, bonito".
Em declarações aos jornalistas, ainda na Base Aérea de Figo Maduro, o primeiro-ministro agradeceu ao Papa por ter escolhido Portugal para receber a Jornada Mundial da Juventude 2023 e aproveitou a oportunidade para agradecer também a todas as pessoas e instituições que tiveram um papel ativo na organização do evento religioso.
Referindo-se à JMJ como um "momento de grande alegria e muita energia", António Costa deixou ainda uma palavra de apreço ao povo português, uma vez que a "jornada envolveu todo o país".
O Papa Francisco confessou hoje que é uma "experiência dolorosa" falar com vítimas de abusos e que a Igreja em Portugal está a enfrentar a situação com serenidade.
"Falar com pessoas abusadas é uma experiência muito dolorosa, que também me faz bem, não porque me dê gozo escutar, mas porque me ajuda a assumir a responsabilidade desse drama", afirmou Francisco, na conferência de imprensa no avião que o transportou de Lisboa, onde presidiu à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), para Roma.
O Papa Francisco expressou hoje profunda gratidão ao Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao povo português, na viagem de regresso a Roma, após ter presidido à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa.
"No meu regresso a Roma, no final da minha viagem apostólica, quero, uma vez mais, expressar a minha profunda gratidão a sua excelência [Presidente da República] e ao povo de Portugal, pela receção calorosa e hospitalidade que recebi durante a minha visita", lê-se num telegrama que Francisco enviou a Marcelo Rebelo de Sousa.
No telegrama, o chefe de Estado do Vaticano adianta que, com renovada garantia de orações para todos, "invoca cordialmente sobre a nação as bênçãos de Deus, da fraternidade, da alegria e da paz"
Na viagem, o líder da Igreja Católica enviou também telegramas aos chefes de Estado de Espanha, Felipe VI, da França, Emmanuel Macron, com os melhores desejos, e de Itália, Sergio Mattarela.
A Sérgio Mattarella disse que visitou "uma terra de fronteira" situada junto ao oceano, "lugar de encontro entre povos e culturas", onde testemunhou o entusiasmo dos jovens e da "consoladora experiência espiritual daquela nação".
Francisco afirmou ainda ao Presidente de Itália rezar para que as novas gerações, "sob o exemplo da Virgem Maria, ali particularmente venerada como Nossa Senhora de Fátima, saibam pôr-se a caminho com fidelidade no projeto que o Pai celeste tem para cada um".
O avião da TAP que transportou o Papa Francisco para Roma, juntamente com a sua comitiva e jornalistas, aterrou no Aeroporto Internacional de Fiumicino pelas 21:40 locais (menos uma hora em Lisboa).
O Papa Francisco regressou hoje a Roma, após cinco dias de visita em Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O avião da TAP que transportou o Papa desde a capital portuguesa aterrou no aeroporto de Fiumicino cerca das 21.40 (às 20.40 horas em Lisboa).
O jantar do Papa Francisco na viagem de regresso ao Vaticano, em Roma, foi cozinhado pelo chef Vítor Sobral. A comida servida a bordo, com produtos nacionais, inclui presunto de porco, queijo da Serra da Estrela e torta de laranja.
Em declarações à "Rádio Renascença", o chef português adiantou que a ementa não tinha luxos. "Nada de coisas que no fundo são atribuídas a situações de muita exuberância", afirmou Vítor Sobral, proprietário de vários restaurantes.
A entrada é presunto de porco do montado, queijo Serra da Estrela e compota de figo. O prato principal vitela estufada em vinho do Porto, puré de nabo e amêndoa ou Cherne dourado, creme de tomate assado e batata-doce. A sobremesa é torta de laranja, creme de pistáchios e pera rocha assada.
Veja as melhores imagens do último dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal.
O avião que levará o Papa Francisco de regresso ao Vaticano está a descolar. A viagem demorará cerca de três horas.
O Papa Francisco já chegou ao hangar do aeroporto de Figo Maduro, onde foi recebido por uma comitiva integrada pelo presidente da República e pelo primeiro-ministro. Vão ser prestadas honras militares antes da descolagem do avião que transportará o pontífice de regresso a Roma.
O Papa ofereceu um cálice ao cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. É uma oferta que costuma acontecer, no final da missa das jornadas, ao cardeal do país anfitrião do evento, apurou o JN junto do patriarcado de Lisboa.
A PSP registou duas ocorrências no sábado no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, incluindo em Torres Novas, onde a estátua de Santo António foi vandalizada e deixado cartazes com as inscrições "deus está morto" e "seus pedófilos".
Os dados divulgados hoje pelo Sistema de Segurança Interna
Mais de 1,2 milhões de pessoas foram controladas nas fronteiras portuguesas desde o início do controlo documental no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), tendo sido recusada a entrada a 200, segundo dados hoje divulgados.
O controlo documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres no âmbito da JMJ entrou em vigor em 22 de julho e está a ser feito de forma seletiva e direcionado com base em informações e análise de risco.
Centenas de milhares de peregrinos dormiram ao relento, no Parque Tejo, em Lisboa. Deitaram-se em colchonetes e sacos-cama e passaram a noite passada junto ao rio, para assistirem, de manhã, à última cerimónia com o Papa Francisco nesta Jornada Mundial da Juventude.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a JMJ foi "um grande sucesso para Portugal lá fora", realçando também a "grande projeção cá dentro", com uma "mobilização muito grande de todo o país". "Hoje, o primeiro-ministro de Cabo Verde e a primeira-dama da Polónia diziam que tinha sido o melhor, e ela esteve em Cracóvia", onde decorreu a JMJ de 2016, afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no Passeio Marítimo de Algés, incluiu o "sinal de esperança, a mensagem de esperança do Papa, de juventude, de futuro", que considerou "espetacular, porque é aquilo que o país precisa, mas o mundo precisa, e a juventude tem direito a isso".
Questionado sobre se tenciona deslocar-se a Coreia do Sul para a próxima jornada, que acontecerá em 2027, quando já não será chefe de Estado, indicou: "Já está no meu calendário ir a Seul, obviamente, já lá vou. Não posso, portanto, voltar a desmaiar tão depressa."
Quanto às críticas à organização e aos custos do evento, Marcelo salientou que "os portugueses foram excecionais, todos". "Todo o país a acolher, a apoiar, a compreender as jornadas, para mim o símbolo é um comunicado da Juventude Comunista Portuguesa de apreço pelas jornadas [que] mostra que isto foi transversal à sociedade portuguesa", afirmou, agradecendo aos voluntários
"O Papa Francisco nunca chegou ao fim do dia cansado. Começou às vezes ligeiramente cansado, e depois foi subindo, subindo, subindo, e terminou em grande forma e agora está outra vez em grande forma", acrescentou, destacando a resistência do pontífice.
Questionado sobre as suas férias, o Presidente da República indicou que terá "mais dois ou três dias para promulgar os diplomas do Governo que chegam às catadupas", e depois gozará "oito dias de férias até partir para a Polónia, dia 19".
"O amor em corrida foi um dos amplificadores mais fortes"
"Sejam surfistas do amor"
Fazendo um paralelismo com as ondas gigantes da Nazaré, que são uma "atração mundial", o Papa destacou a "onda enorme" que por estes dias inundou Lisboa, apelando a que os presentes continnuem a surfar outras "ondas boas". “Com tanta generosidade e apoiando-vos mutuamente, conseguistes surfar esta onda grande. Esta levou-vos ainda mais alto. Quero dizer-vos: continuai assim, continuai a surfar as ondas da caridade, sejam surfistas do amor", pediu.
A PSP e GNR alertaram hoje para os condicionamentos no trânsito nas saídas de Lisboa e estradas em direção a Espanha e para constrangimentos nos transportes públicos devido à saída de centenas de milhares de peregrinos.
"Esperamos alguns constrangimentos nas saídas da cidade de Lisboa e uma forte afluência nos transportes públicos", disse o diretor do departamento de operações da Polícia de Segurança Pública (PSP), Pedro Moura, na conferência de imprensa diária sobre o plano de segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que hoje terminou em Lisboa.
Também a porta-voz da Guarda Nacional Republicana, Mafalda Almeida, frisou que a "questão fundamental para hoje é a mobilidade" com muitos grupos peregrinos a sair de Lisboa.
"Preocupa hoje a saída dos peregrinos apeada para a ponte Vasco da Gama e prevemos alguns congestionamentos do trânsito na Vasco Gama, no nó da A33 para Montijo, na A2 em Palmela e também na A2 na Marateca", disse Mafalda Almeida, dando conta para o elevado volume de trânsito na autoestrada em direção à fronteira do Caia.
O dispositivo de segurança mobilizado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) assistiram no penúltimo dia do encontro mundial de jovens católicos 1275 peregrinos, mais 427 do que na sexta-feira, e transportaram para o hospital 94 com ferimentos ligeiros. A Proteção Civil e o INEM responderam durante o sábado - dia em que decorreu a vigília com o Papa Francisco no Parque Tejo - a 1401 ocorrências, mais 490 do que as registadas nos eventos que decorreram, na sexta-feira, no Parque Eduardo VII. Os dados foram revelados este domingo em conferência de imprensa com responsáveis da PSP, GNR, Proteção Civil e INEM, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Depois de ter celebrado uma missa, pelas 9 horas, para 1,5 milhões de pessoas, no Parque Tejo, o Papa Francisco tem encontro marcado com voluntários da Jornada Mundial da Juventude, pelas 16.30 horas, em Algés, naquele que é o último momento que antecede a despedida de Lisboa.
A JMJ, o maior acontecimento da Igreja Católica e que juntou em Lisboa o Papa Francisco e cerca de 1,5 milhões de peregrinos de todo o mundo, gerou ao longo da última semana muitas dezenas de "memes" (imagens de cariz humorístico que viralizam na Internet), frases, vídeos ou músicas, por vezes manipuladas, que se espalham na internet e que usam o humor e o sarcasmo.
As piadas virais surgem até em acontecimentos funestos, como recentemente, em julho, na tragédia do submarino Titan, e são por vezes ofensivas. No caso da JMJ surgiram poucos "memes" ofensivos, mas as piadas começaram mal o Papa anunciou que a anfitriã seria Lisboa, ainda que tenham aumentado exponencialmente com o início da JMJ e a chegada de Francisco a Portugal.
A Proteção Civil e o INEM assistiram no sábado 1275 peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, mais 427 do que na sexta-feira, e transportaram para o hospital 94, anunciaram hoje as autoridades.
Dados do Sistema de Segurança Interna (SSI) referentes ao quinto dia da JMJ, em que as celebrações decorreram no Parque Tejo e contou com a participação de cerca de 1,5 milhões de pessoas, indicam que os peregrinos transportados no sábado para os hospitais foram mais 31 do que na sexta-feira.
Peregrinos abandonaram o Parque Tejo, esta manhã de domingo, “muito felizes”, com “mais fé" e "diferentes” por verem o Papa e terem participado na Jornada Mundial da Juventude. Há só quem lamente não ter entendido todo o discurso de Francisco por falta de tradução.
Leia AQUI a reportagem na íntegra
O Papa Francisco recebeu da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) uma carta a denunciar os problemas que afetam os profissionais da PSP, inclusive os que trabalharam na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que hoje termina.
Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, faz um balanço "muito positivo" da realização da JMJ em Portugal, saudando "a capacidade que todos tivemos de nos unir. Isso deve-nos encher de orgulho", disse, em declarações à CNN, no final da missa de envio, referindo-se aos autarcas da região, ao Governo e ao país.
Revela que até o setor onde se situa a Valorsul, que se esperava que não viesse a ser usado, "estava cheio" pelo que esse 1,5 milhões de jovens em Lisboa "é mais que certo"
Ricardo Leão disse que "nem todas as críticas foram destrutivas, algumas foram construtivas e ajudaram", disse, insistindo que "o diabo não apareceu e a coisa correu maravilhosamente bem".
"Sendo a população coreana pouco católica, não sei se os coreanos querem receber o Papa", afirmou uma peregina daquele país, que esteve este domingo de manhã no meio da multidão que se despediu de Francisco, que cumpre hoje o último dia de visita a Portugal
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares afirmou que "Portugal superou a sua tarefa" na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e salientou que os investimentos, feitos "dentro da legalidade", ficam para o futuro.
Falando aos jornalistas no final da missa que marcou o fim da JMJ em Lisboa, Ana Catarina Mendes apontou que "foi a maior organização de sempre realizada" e defendeu que, passada esta semana, Portugal superou a sua tarefa, que era organizar e bem acolher".
A governante considerou que o "Estado, sendo laico, soube acolher todos e soube estar à altura da responsabilidade de um evento desta natureza".
Depois da missa do Papa Francisco, os milhares de peregrinos que estavam no Parque Tejo deixaram o local.
Às 16.30 horas, o líder da Igreja Católica vai encontrar-se com voluntários da jornada no Passeio Marítimo de Algés, no concelho de Oeiras, encerrando assim a sua agenda de cinco dias no país.
O líder do PSD, Luís Montenegro, diz que "não há dúvidas": "Valeu muito a pena" a realização da JMJ em Portugal. "Foi um momento de grande afirmação de Portugal, da nossa capacidade de organização, mas também de promover este encontro de tantas centenas de milhares de jovens", disse, em declarações à RTP, no final da missa de envio no Parque Tejo em que também esteve presente.
Luís Montenegro acredita que desde Lisboa "nós podemos também influenciar aquilo que acontece pelo mundo". "Esta jornada foi um sucesso a todos os títulos", afirmou, quer em termos de organização, quer de participação, disse, saudando a possibilidade de "dar eco aos grandes desafios que a humanidade hoje enfrenta", apontando a pobreza e a forma como a Europa funciona.
O líder do PSD admite que o Papa "tem uma força grande" para passar as suas mensagens e saúda a sua "uma intervenção cívica e política" e visão "muito inspiradora", enaltecendo a mensagem de que os jovens não devem ter medo de arriscar.
A Coreia do Sul vai receber a próxima Jornada Mundial da Juventude, a 11.ª edição, dentro de quatro anos. O anúncio foi feito pelo Papa este domingo no Parque Tejo, em Portugal, depois da missa que marcou o último encontro entre o Santo Padre e os peregrinos da JMJ.
A iniciativa foi criada por João Paulo II, em 1986, em Roma. esperavam-se na altura cerca de 60 mil peregrinos, mas acorreram à cidade mais de 250 mil jovens de todo o mundo.
O anúncio foi feito depois de o Papa ter entregado os símbolos da JMJ a jovens dos cinco continentes.
Antes de Portugal, a JMJ aconteceu no Panamá, em 2019.
Na sua despedida, Francisco agradeceu às mais diversas entidades, religiosas e governamentais, e agradeceu à cidade e aos voluntários que prepararam a Jornada.
"Obrigado a todos vós. Só Deus sabe o que semeou nos vossos corações. Mantenham sempre presente nas vossas mentes as melhores recordações", pediu, enviando uma mensagem aos que não estando em Portugal, participaram das orações a partir de outros países, e aos que não conseguiram comparecer devido às guerras e aos conflitos.
"Uma grande tristeza pela Ucrânia que continua a sofrer", lamentou.
"Permitam-me partilhar um sonho, o sonho pela paz", afirmou.
"Obrigado às nossas raízes, aos nossos avós", disse ainda, pedindo que no regresso a casa os peregrinos continuem a rezar.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) regressa ao continente asiático em 2027, com a escolha de Seul, capital da Coreia do Sul, depois de em 1995 se ter realizado nas Filipinas, com recorde de participantes.
Segundo o sítio na Internet da JMJ Lisboa (lisboa2023.org), quatro milhões de pessoas estiveram na missa de encerramento em Manila, capital das Filipinas, e o momento foi inscrito no Livro Guinness dos Recordes.
Uma pequena réplica do símbolo da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa - uma pequena cruz, com as cores do símbolo feito para a JMJ2023 em Portugal - foi entregue pelo Papa Francisco, quase no fim da missa, a cinco jovens, um de cada continente, para que levem a mensagem para os seus países.
O Papa Francisco fez um longo agradecimento no final da missa, a começar pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve presente em todos os momentos da jornada, aos bispos e aos padres, aos milhares de voluntários que zelaram pela organização desta JMJ e aos jovens que participaram.
O Papa agradeceu ao povo português e terminou com um "Obrigada a ti, Lisboa", garantindo que será levada no coração de todos os que aqui estiveram.
"Obrigada a ti, Lisboa! Ficarás na memória destes jovens como a casa da fraternidade e cidade de sonhos". "Obrigado não expressa só gratidão pelo que se recebeu mas o também o desejo de retribuir o bem", disse o Papa.
Agradeceu também ao falecido Papa João Paulo II, a quem se deve a criação deste evento. Os peregrinos aplaudiram.
Centenas de milhares de peregrinos dormiram ao relento, no Parque Tejo, esta noite de domingo. Lamentam as condições do piso “com pedras, lama e pó” e das “filas para as casas de banho”, mas salientam que “estavam muito limpas”.
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Quase a terminar a missa, o Papa Francisco faz uma referência à guerra na Europa e diz que sente uma grande tristeza. Pede aos jovens que rezem pela paz. "Sinto uma grande dor pela Ucrânia, que continua a sofrer tanto", diz o Papa.
Jovens de diferentes nacionalidades rezam a Oração dos Fiéis em várias línguas, incluindo em árabe. Rezam pelo fim da violência e guerra, para que acabem os conflitos, para que as centenas de milhares de jovens que participaram nesta Jornada Mundial de Juventude se dediquem à construção de um futuro melhor e sejam "fermento de luz e esperança".
A oração do Pai Nosso foi cantada em latim pelo coro e orquestra da JMJ, orientada pela maestrina Joana Carneiro. O coro é composto por cerca de 200 jovens de todas as dioceses do país, escolhidos através de audições. O Santo Padre rezou, sentado, levantando as suas mãos em sinal de oração.
O primeiro-ministro António Costa, presente na missa final, diz que a JMJ "tem sido um momento extraordinário" para o país, "com notáveis discursos e mensagens muito importantes do Santo Padre para a sociedade e para os políticos".
Mas diz que "só ficará descansado quando cada um dos peregrinos que aqui nos visitou chegue em segurança às suas casas. Quando isso tudo acontecer, a missão estará terminada", disse o primeiro-ministro, saudando o trabalho exigente de todas as autoridades policiais e do Serviço Nacional de Saúde.
António Costa assegura que o impacto da JMJ se irá prolongar "por muitos e bons anos", acreditando que muitos peregrinos que agora visitaram Portugal hão de voltar noutra ocasião, enaltecendo também a obra que foi possível fazer na zona do Trancão. "O que se transmite da imagem do país é muito relevante", disse, em declarações captadas pela RTP, elogiando também as mensagens do Papa nesta jornada, focando-se nos "grandes desafios globais".
O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje a "extraordinária capacidade" de Portugal organizar eventos como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e afirmou que o impacto económico é medido no final, realçando o "balanço imaterial".
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Dirigindo-se aos jovens, o Papa lembra que "não ficamos luminosos quando estamos debaixo dos holofotes, não ficamos com uma imagem perfeitinha", diz. E deixa um conselho: "amar como Jesus! Isso faz-nos luminosos, isso leva-nos a fazer atos de amor", diz o Papa, afirmando: "Não se enganem : vão ser luz no dia em que façam atos de amor".
O Papa pede insistentemente aos jovens que "não tenham medo" e que repitam essa mensagem em silêncio para si próprios. "Não sou eu, é Jesus que vos olha", diz, pedindo aos jovens que se animem e repetindo por várias vezes "não tenham medo", numa muito pequena homilia improvisada e em que, mais uma vez, voltou a não seguir o texto que estava escrito. O Papa deixou ainda uma outra mensagem muito forte, numa altura em que os egoísmos crescem no mundo: "Tenham cuidado com os egoísmos disfarçados de amor".
Cerca de um milhão e meio de pessoas estão hoje no Parque Tejo, em Lisboa, na missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), presidida pelo Papa Francisco, anunciou a sala de imprensa da Santa Sé.
"As autoridades locais confirmaram a presença de cerca de um milhão e 500 mil pessoas no Parque Tejo para a Santa Missa", divulgou a Santa Sé.
Este é o mesmo número de pessoas que participaram na vigília, no sábado à noite, também no Parque Tejo, de acordo com as autoridades.
Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, agradece ao Papa Francisco tudo o que permitiu que os peregrinos vivessem nestes dias, que reuniu centenas de milhares de pessoas dos cinco continentes nesta jornada pós-pandemia, bem como o seu apoio à realização deste evento em Portugal, que não foi isento de obstáculos, disse. "Muito obrigada", disse Manuel Clemente, na sua mensagem na abertura da missa de envio, acreditando que a jornada será "um momento decisivo para a construção de um mundo mais belo".
O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, considerou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa será lembrada como "momento decisivo de uma geração que construirá um mundo mais belo e mais fraterno".
"Quisestes que a jornada fosse, muito especialmente para os jovens, uma ocasião de reencontro e encorajamento no sentido da solidariedade e da construção de um mundo mais capaz de corresponder às justas aspirações de todos, depois de uma pandemia que os confinou e de tudo o mais que os possa alhear dos outros e do melhor de si próprios", disse o cardeal, perante uma multidão que espalhada por todo o Parque dividido pelos concelhos de Lisboa e Loures.
O Papa Francico inicia a sua homilia aos milhares de peregrinos. "É formoso aquilo que estamos a experimentar com Jesus", diz, e depois pergunta: "O que é que levamos connosco ao volver ao nosso dia"". e depois refere três verbos que gostava que os jovens levasse desta jornada: resplandecer, escutar e não ter medo, lembrando que o mundo precisa de "uma nova luz".
A missa já começou: a primeira leitura foi lida por uma jovem espanhola e a segunda leitura - da Carta de São Pedro - foi lida por um jovem australiano.
Junto ao palco altar já estão à espera da chegada do Papa o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os autarcas de Lisboa e de Loures, Carlos Moedas e Ricardo Leão, que ontem se regozijaram pelo facto de o recinto ter acolhido mais de 1,5 milhões de pessoas para a vigília noturna.
O presidente da República disse hoje que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que hoje termina em Lisboa, presidida pelo Papa Francisco, é "uma coisa irrepetível" e nunca vista no país.
"É uma coisa irrepetível, nunca visto em Portugal", afirmou, em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Fiquei surpreendido, porque nunca pensei que pudéssemos chegar aos 500 mil [participantes], sim. Dos 500 mil ao milhão, admitia, era difícil. Agora, mais de um milhão de jovens é uma loucura", considerou.
O Papa percorre de papamóvel todos os setores onde centenas de milhares peregrinos passaram a noite a dormir ao relento, desde Loures a Lisboa, tendo atravessado o rio Trancão. Os jovens correm em alegria e de braços no ar para tentar chamar a atenção do Papa quando se apercebem que o Santo Padre por ali vai passar.
Do lado de Loures, há zonas onde os peregrinos já ultrapassaram as grades de metal da segurança e que vêem o papamóvel bem de perto. Depois de percorrer a zona de Loures, o papamóvel atravessa a ponte que foi construída sobre o rio Trancão e entra no recinto do lado de Lisboa, saudando os milhares de peregrinos que ali o esperam.
Bom dia, começa aqui o minuto a minuto para acompanhar o último dia do Papa Francisco em Portugal. A partir das 09 horas, o Papa presidirá à sua última missa no âmbito da JMJ, no Parque Tejo, um dos pontos altos do evento que hoje termina e após a qual anunciará qual o próximo país a receber o maior evento da Igreja Católica.
Os milhares de peregrinos que pernoitaram no Parque-Tejo, em Lisboa, e que ainda estavam a dormir depois do nascer do sol foram acordados às 07:00 pela música passada por Guilherme Peixoto, padre e DJ.
Domingas Santos,59 anos, teve dois AVCS que lhe dificultaram a locomoção e só consegue andar com a ajuda de um andarilho. As limitações não a impediram de dormir no chão junto ao recinto do Parque Tejo. "Este piso é melhor que o do interior do recinto. Preferia ter um colchão, mas consegui dormir bem. Todo o sacrifício vale a pena, estou a amar a Jornada ".