Depois de ter aterrado de manhã em Lisboa, para participar até domingo na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e de se ter encontrado com António Costa e Augusto Santos Silva, o Papa Francisco presidiu à Oração das Vésperas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
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Entre 600 a 700 mil pessoas circularam hoje pela cidade de Lisboa, dispersando-se por vários locais, num dia que permitiu uma "gestão tranquila" da mobilidade, afirmou hoje o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia.
Hoje, segundo dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), "verificou-se uma presença na cidade que está em linha com aquilo que tínhamos antes do pico de ontem [terça-feira]", contabilizando-se "de 600 a 700 mil pessoas na cidade", explicou o autarca aos jornalistas, durante uma conferência de imprensa no Centro de Coordenação de Mobilidade de Lisboa.
Segundo Filipe Anacoreta Correia, "cerca de 25% da população é estrangeira", o que é possível perceber pela utilização do serviço de roaming.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou hoje que o encontro do Papa Francisco com as 13 vítimas de abusos na Nunciatura Apostólica, em Lisboa, confirma o caminho da "reconciliação que a Igreja Portuguesa" tem vindo a fazer.
"Este encontro do Santo Padre representa a confirmação do caminho de reconciliação que a Igreja em Portugal tem vindo a percorrer neste âmbito, colocando as pessoas vítimas em primeiro lugar, colaborando na sua reparação e recuperação, de forma que lhes seja possível olhar o futuro com esperança e liberdade renovadas", refere uma nota da CEP.
No encontro estiveram alguns representantes de instituições encarregadas da tutela de menores na Igreja em Portugal: Rute Agulhas, coordenadora do Grupo VITA; Paula Margarido, presidente da Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas; Pedro Strecht, coordenador da ex-Comissão Independente.
O Papa Francisco já se encontrou, esta quarta-feira, com algumas das vítimas de abusos de sexuais em Portugal, num encontro reservado que juntou 13 sobreviventes. O encontro teve lugar na Nunciatura Apostólica, a embaixada da Santa Sé em Portugal, tendo o Santo Padre pedido perdão às vítimas de abusos em nome da Igreja Portuguesa. "Sofro com as vítimas", terá dito, emocionado, admitindo que são cicatrizes que vão ficar para sempre.
O encontro foi divulgado pelo Vaticano através de um comunicado enviado aos jornalistas pelas 20.57 horas. “Na tarde de hoje, após o final dos encontros institucionais e com a Igreja, o Papa Francisco recebeu na Nunciatura um grupo de 13 pessoas, vítimas de abusos por parte dos membros do clero, acompanhados por alguns representantes de instituições da Igreja portuguesa, responsáveis pela proteção dos menores”, refere a nota da sala da imprensa da Santa Sé. “O encontro decorreu num clima de intensa escuta e durou mais de uma hora, concluindo-se pouco depois das 20h15”, acrescenta o texto.
Ao que o JN apurou, o Papa pediu a cada uma das vítimas que lhe contasse a sua história, tendo estado reunido com o grupo durante mais de uma hora. Ouviu tudo o que as vítimas lhe contaram e interagiu, admitindo que os abusos sexuais na Igreja são uma "catástrofe" e que o seu desejo é que a Igreja seja segura. Pediu várias vezes perdão e mostrou-se emocionado à medida que ouvia as histórias. Uma das vítimas que foi ouvida é hoje padre e confessou ter sido abusada por um sacerdote.
O encontro com as vítimas teve lugar em absoluto segredo, numa cerimónia bastante reservada e longe dos holofotes da comunicação social, ao fim do primeiro dia da visita do Papa a Portugal. As vítimas encontraram-se num mesmo local e foram transportadas em duas carrinhas descaracterizadas até à Nunciatura. No enconttro participaram também elementos do grupo Vita, o Grupo de Acompanhamento das situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal, criado pela Igreja para seguir este processo ao longo dos próximos três anos.
Na reunião também participou Pedro Strecht, o pedopsiquiatra que liderou a comissão que estudou os abusos sexuais de crianças na Igreja ao lomgo dos últimos 70 anos em Portugal e que entrou à Igreja a lista de alegados abusadores.
Não é a primeira vez que o papa Francisco se encontra com vítimas de abusos sexuais na Igreja, fazendo-o sempre em ambiente de grande recolhimento.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais Contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa validou 512 dos 564 testemunhos recebidos, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de vítimas da ordem das 4815.
Vinte e cinco casos foram reportados ao Ministério Público, que deram origem à abertura de 15 inquéritos, dos quais pelo menos nove foram já arquivados.
Estes testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, período abrangido pelo trabalho da comissão.
Figuras do Estado trocam presentes com Francisco, com o primeiro-ministro e o presidente da Aseembleia da República.
Presépio de barro
O presidente da República ofereceu ao Papa Francisco, como prenda oficial, um presépio de barro de Estremoz, artesanato classificado pela UNESCO como património cultural da humanidade. Já a título pessoal, entregou um registo de São Francisco de Assis, uma peça do século XIX. O Papa Frncisco presenteou o chefe de Estado com uma nedalha comemorativa da JMJ e, a título pessoal, um medalhão de ouro do pontificado.
Medalhas papais
O primeiro-ministro entregou três presentes a Sua Santidade: uma escultura de São Francisco de Assis, uma peça de olaria de Mafra e da autoria do mestre José Franco. A obra completa de Manuel Antunes, padre jesuíta e, ainda, o livro Santuários Marianos, coordenado por José Sá Fernandes, o coordenador dos projetos da JMJ. O Papa ofereceu a António Costa um tríptico de medalhas papais referente ao décimo ano de pontificado e livros religiosos.
O Papa saiu do carro e percorreu, em cadeira de rodas, uma parte do caminho que o leva até à nunciatura apostólica. Esteve a cumprimentar pessoas, que o esperavam nas grades, num sinal de grande proximidade com a comunidade católica, e até abençoou um bebé, passado através das barreiras de segurança, enquanto era saudado pela multidão que o recebeu em êxtase. Já antes, tinha beijado uma criança, dentro do carro.
Num discurso de encorajamento e esperança, o líder da Igreja Católica disse que a humanidade tem "de passar do derrotismo à fé, que deve ser revivida e revisitada". “Nos momentos de desânimo, deixemos que Jesus entre. Ele vem procurar-nos nas nossas crises e solidões para nos ajudar a recomeçar”, frisou, pedindo para não termos medo de “cair e recomeçar”, numa alusão à “espiritualidade do recomeço”.
“É preciso recuperar o sonho, o segundo sonho, o sonho adulto. Não tenham medo desta segunda chamada de Jesus, é ele que volta a bater à porta. Não tenhamos medo de atravessar o mar alto porque, no meio da tempestade, ele vem ao nosso encontro”, rematou.
Uma dupla de carteiristas foi detida, na Baixa de Lisboa, momento depois de ter furtado uma carteira, com 225 euros em notas, a um peregrino que visitava a cidade, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A vítima, de 65 anos, só se apercebeu do sucedido quando a carteira lhe foi devolvida pelos polícias.
Os homens, de 43 e 52 anos, foram intercetados, pelas 13 horas desta quarta-feira, por uma equipa conjunta da PSP e da Europol, especializada no combate a furto por carteiristas e presente em Portugal no âmbito da cooperação internacional para a JMJ.
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A visita do Papa Francisco na quinta-feira a uma associação de Cascais vai obrigar a vários cortes de vias e à proibição de estacionamento no centro da vila, informou hoje a autarquia do distrito de Lisboa.
De acordo com o programa oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa irá deslocar-se na quinta-feira, pelas 10.40 horas, ao concelho de Cascais para um encontro com jovens da "Scholas Occurrentes", uma organização de direito pontifício, que nasceu em 2019 na Argentina, pelas mãos do próprio Francisco.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Cascais informa o percurso para a passagem do Papa e os condicionamentos de trânsito que estão previstos, entre as 9 horas e as 13.
Os cortes de trânsito irão ocorrer na Avenida da República (entre a rotunda Comendador Joaquim Baraona e a rotunda João Paulo II), na Avenida Vasco da Gama (entre a Avenida da República e a Avenida Emídio Navarro), na Rua Conde Ferreira, Rua Latino Coelho, Rua do Gama, Rua dos Navegantes, Largo da Assunção, Rua da Vitória, Rua Gomes Freire, Rua Marques Leal Pancada, Rua Sacadura Cabral e Rua Gago Coutinho.
Haverá igualmente cortes na Rua Júlio Pereira de Melo, Rua José Ignácio Roquette, Rua Freitas Reis, Rua Luís Xavier Palmeirim, Avenida Dom Carlos I, Passeio Dom Luís I e Alameda dos Combatentes da Grande Guerra.
Além de cortes de vias, a visita do Papa a Cascais vai implicar também proibições de estacionamento no centro da vila, a partir das 20 horas de hoje e até às 13 horas de quinta-feira.
Durante este período será proibido estacionar na Avenida da República, Rua Latino Coelho, Rua Conde Ferreira, Rua Gomes Freire, Largo da Assunção, Rua Júlio Pereira de Melo, Rua José Inácio Roquette e Rua Sacadura Cabral.
Haverá também condicionamento da circulação de pessoas entre as 8 horas e as 12.30 nas ruas Vasco da Gama, Rua Conde Ferreira, Latino Coelho e Gomes Freire.
"O acesso de moradores à área condicionada à circulação de pessoas será permitido mediante apresentação de comprovativo de morada, acompanhado do cartão de cidadão", indica a autarquia.
No Parque do Perdão, em Belém, há 150 confessionários para os peregrinos se confessarem. Em cinco idiomas possíveis, os jovens partilham pecados com padres que conhecem pela primeira vez e que nunca mais voltarão a ver.
Durante o encontro oficial entre o presidente da Assembleia da República e o Papa Francisco, Augusto Santos Silva ofereceu a Sua Santidade uma Salva de Prata da Assembleia da República com o escudo da República e as letras AR. O Papa Francisco presenteou Santos Silva com um conjunto de medalhas pontifícias e um conjunto de livros da sua autoria em edição portuguesa.
Durante a Oração das Vésperas, o Papa Francisco apelou aos jovens a não desistirem quando não sentirem vontade de continuar e alertou para o “cansaço” dos sacerdotes e bispos, fazendo uma primeira referência aos abusos sexuais na Igreja Católica.
O líder religioso admitiu que os membros do clero “estão cansados”, “um sentimento bastante difundido nos países de antiga tradição cristã, atravessados por muitas mudanças sociais e culturais e cada vez mais marcados pelo secularismo, pela indiferença para com Deus, por um progressivo afastamento da prática da fé”.
“Aliás, isto vê-se, com frequência, acentuado pela desilusão e a aversão que alguns nutrem face à Igreja, devido, às vezes, ao nosso mau testemunho e aos escândalos que desfiguraram o seu rosto e que nos chamam a uma humilde e constante purificação, partindo do grito de sofrimento das vítimas que sempre se devem acolher e escutar”, prosseguiu.
"O risco, quando nos sentimos desanimados, é descer do barco, acabando presos nas redes da resignação e do pessimismo. Ao contrário, confiamos que Jesus continua a tomar pela mão e a levantar a sua Esposa amada. Por isso, levemos ao Senhor as nossas canseiras e as nossas lágrimas, para podermos enfrentar as situações pastorais e espirituais, dialogando entre nós com abertura de coração para experimentar novos caminhos a seguir."
O Papa Francisco já está nos Jerónimos, onde decorrerá um encontro com bispos, padres e outros religiosos.
“Estou feliz por me encontrar no meio de vós não só para viver, juntamente com muitos jovens, a Jornada Mundial da Juventude, mas também para partilhar o vosso caminho eclesial com as suas canseiras e esperanças”, disse o Papa Francisco, no início da Oração de Vésperas, no Mosteiro dos Jerónimos.
O tema dos abusos sexuais no seio da Igreja Católica é um tema dominante na abordagem da imprensa internacional à presença do Papa Francisco em Portugal, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, que também destaca a guerra na Ucrânia, a necessidade de uma “via criativa para a paz” e a situação ambiental.
A Autoridade Aeronáutica Nacional intercetou 15 drones na terça-feira na zona do Parque Eduardo VII, em Lisboa, onde foi celebrada a missa inaugural da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), revelou hoje aquela entidade.
Na conferência de imprensa diária sobre a operação de segurança da JMJ, Carlos Paulos, da Autoridade Aeronáutica Nacional, recordou que a utilização de drones está proibida nos locais onde decorrem as cerimónias deste encontro mundial, em Lisboa, bem como em Fátima, onde o Papa Francisco vai estar no sábado.
Carlos Paulos precisou à Lusa que os aparelhos foram intercetados entre as 13.30 e 20.31 de terça-feira na zona do Parque Eduardo VII, em Lisboa.
A PSP indicou que apreendeu seis desses 15 drones.
O comandante da Autoridade Aeronáutica Nacional disse ainda que foram criadas zonas de exclusão em alguns locais de Fátima e Lisboa, onde são proibidos voos não autorizados, que podem ser aeronaves tripuladas e não tripuladas.
Um dos outdoors que lembram as conclusões do relatório da comissão independente sobre os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica foi removido, no início da tarde de quarta-feira, pela Câmara Municipal de Oeiras. Telma Tavares, designer e autora do cartaz, partilhou no Twitter (agora rebatizado "X") uma imagem que mostra o outdoor instalado em Algés coberto a preto. "Censura em Algés, após quase 50 anos do 25 de abril. Luto pela liberdade de expressão das +4800 vítimas, por um memorial que erguemos para que ninguém se esqueça delas. Não esquecemos", escreveu.
Contactada pelo JN, a Câmara de Oeiras indicou apenas, numa resposta escrita, que, no Município, "toda a publicidade ilegal é retirada, neste e em todos os casos".
O Papa Francisco já recebeu o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, num encontro que durou cerca de 10 minutos. Depois, encontrou-se com o primeiro-ministro, António Costa, que ofereceu ao líder da Igreja Católica várias obras portuguesas.
O papamóvel está pronto para sair da Nunciatura Apostólica até ao Mosteiro dos Jerónimos, para a missa de véspera, com início marcado para as 17.30 horas, que poderá acompanhar aqui.
Depois do primeiro discurso em território nacional, no Centro Cultural de Belém, o Papa Francisco vai agora reunir-se com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, na Nunciatura Apostólica.
A Carris, empresa municipal de transporte público de Lisboa, transportou mais de 700 mil passageiros na terça-feira, primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), revelou esta quarta-feira a transportadora, referindo que foram registados "condicionamentos pontuais" devido à concentração de peregrinos.
Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a Carris indica que "transportou mais de 700 mil passageiros" na terça-feira, o que significa "um acréscimo de procura na ordem dos 35%, por comparação com a média de passageiros transportados num dia útil de inverno, período em que se regista historicamente maior procura".
De acordo com a empresa, "a concentração de peregrinos gerou condicionamentos pontuais, que se foram dirimindo ao longo do dia".
A Carris adianta ainda que a utilização do título de transporte "Peregrino JMJ" tem aumentado nos últimos dias, "tendo sido registadas, no dia 01 de agosto [terça-feira], cerca de 150 000 viagens com este perfil".
A transportadora assegura que "está a operar com a sua máxima capacidade e a monitorizar em permanência os principais locais de afluência de passageiros e os condicionamentos imprevistos que vão surgindo, por razões de segurança, para ajustar, a cada momento, a sua oferta e proporcionar a melhor experiência possível aos milhares de pessoas que se deslocam em Lisboa".
Um grupo de oito pessoas de Viana do Castelo foi convidado pela organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para confecionar um tapete de sal para a cerimónia de acolhimento em que o Papa Francisco vai participar esta quinta-feira à tarde, em Lisboa.
O tapete será “estendido” nos talhões do Parque Eduardo VII e terá uma área total de 75 metros quadrados, utilizando mais de uma tonelada e meia de sal tingido com as cores vermelha e azul, e usando flores e outros adereços. O design será inspirado nos bordados de Viana.
O grupo já está em Lisboa para começar os preparativos a partir das 20 horas desta quarta-feira.
Esta tradição vem de Ribeira de Viana do Castelo, onde todos os anos, na noite de 19 de agosto, os cidadãos compõem estes tapetes para festejar a Romaria de Nossa Senhora d’Agonia.
A Igreja Católica quer relançar, em Lisboa, o pacto educativo global, proposto pelo Papa Francisco, para envolver todos os protagonistas num debate sobre o futuro do planeta, disse esta quarta-feira a subsecretária do Dicastério para a Cultura e Educação.
"O nosso dicastério pretende relançar aqui em Lisboa o pacto global sobre educação, seguindo a intuição de Sua Santidade o Papa, que convidou todos os que se preocupam com as questões da educação, nomeadamente estudantes, famílias, políticos, organizações internacionais, fundações privadas, para dialogar sobre como vamos formar o futuro do nosso planeta e empregar os talentos de todos", afirmou Antonella Sciarrone, do Dicastério para a Cultura e Educação, cujo prefeito é o cardeal português José Tolentino de Mendonça.
Em conferência de imprensa no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre em Lisboa até domingo, a responsável enfatizou que "toda a mudança requer um processo educativo, tendo em vista o desenvolvimento de uma solidariedade universal e uma sociedade mais acolhedora".
Cerca de 200 mil pessoas terão assistido à missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu na terça-feira, no Parque Eduardo VII, revelou esta quarta-feira o porta-voz do Sistema de Segurança Interna (SSI), Artur Querido.
"Ontem [terça-feira] foram totalmente superadas as expectativas de afluência de peregrinos e jovens no Parque Eduardo VII, rebatizado para a JMJ de Colina do Encontro. Cerca de 200 mil pessoas terão assistido à missa que aí se realizou", referiu.
No que toca ao evento que decorreu na terça-feira no Passeio Marítimo de Algés, foram contabilizadas "cerca de 70 mil pessoas", sobretudo peregrinos de nacionalidade francesa, "quando eram esperadas 40 mil".
"Em paralelo decorreram eventos com menor ocorrência, como o Festival da Juventude e Cidade Alegria. Esses eventos decorreram sem incidentes de segurança dignos de registo", acrescentou.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.
Em Belém, a maioria dos peregrinos conseguiu ver o Papa Francisco, esta manhã de quarta-feira, num ambiente de muita emoção e euforia. Alguns populares não tiveram, contudo, essa sorte e queixaram-se da “falta de informação” sobre os locais onde o Sumo Pontífice passará.
José António, um dos 18 peregrinos da Guiné Equatorial que vieram à Jornada Mundial da Juventude, estremeceu quando por momentos temeu não ver o Papa. “Os jornalistas e as câmaras das televisões estavam a tapar, mas gritámos para saírem e alguns desviaram-se. Não vimos tanto como gostaríamos, mas ainda deu para ver. Foi um momento muito especial e emocionante”, partilha o jovem, que, com a ajuda da Igreja “que pagou tudo”, conseguiu estar presente no evento católico.
Carmelo Guinea, do mesmo grupo de peregrinos, reconhece que é “um privilegiado” conseguir estar presente num “momento tão importante”. "É uma emoção muito grande vir a Portugal e ver o Papa. Se não fosse a Jornada era difícil vir cá, é uma oportunidade de sairmos de lá também. Não conseguimos vir todos”, desabafou emocionado.
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Um jovem peregrino croata de 21 anos está internado desde terça-feira no Hospital Santa Maria, em Lisboa, com uma lesão grave na sequência de um mergulho na praia, disse hoje à Lusa uma fonte hospitalar. As próximas 48 horas são cruciais para saber se o jovem fica tetraplégico na sequência do acidente.
Além deste jovem, recorreram às urgências do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente, 29 peregrinos, 21 dos quais à urgência central e oito à urgência pediátrica (até aos 18 anos), entre as 08:00 de terça-feira, primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e as 8 horas de hoje.
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (que engloba, entre outros, os hospitais São José e D. Estefânia) registaram um aumento de 12% na procura das urgências relativamente à media das três anteriores semanas.
O balanço realizado esta quarta-feira pelos serviços de segurança dá conta de que no primeiro dia da JMJ houve 421 ocorrências envolvendo peregrinos: 403 necessitaram de assistência e 16 foram transportados para o hospital.
Nas fronteiras terrestres foram verificadas até à data 14 495 viaturas, nas marítimas 1 275 embarcações e nas fronteiras aéreas 4 764 aviões. No total, foram controladas 950 081 pessoas e recusada a entrada no país a 152 pessoas.
A PSP anunciou também que fez uma parceria com a plataforma Wase, para que se possa saber ao momento qual o congestionamento de estradas, parques de estacionamento e autocarros, vem comoa localização das unidades móveis de atendimentos da PSP.
O Papa Francisco discursou, em italiano, pela primeira vez nesta visita a Portugal no Centro Cultural de Belém (CCB), num encontro com as autoridades, a sociedade civil membros do corpo diplomático e líderes dos partidos politicos.
“Peregrino de esperança em Portugal, rezo e faço votos para que este país de coração jovem continue a fazer-se ao largo rumo a horizontes de fraternidade; Lisboa, cidade do encontro, inspire modos de enfrentar em conjunto as grandes questões da Europa e do mundo”, lê-se no livro que assinou antes do encontro privado com Marcelo Rebelo de Sousa.
“Estou feliz por estar em Lisboa. Cidade do encontro que abraça vários povos e cultura e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal”, sauda Francisco perante sala cheia, aplaudido de pé assim que subiu a palco.
Evocando o oceano como porta para ligar “povos e países, mas também terras e continentes”, da qual Lisboa é exemplo, o Santo Padre apela à união para se fazer frente aos desafios globais que a humanidade enfrenta atualmente. “Parece que as injustiças planetárias, as guerras, as crises climáticas e migratórios correm mais rapidamente do que a capacidade e, muitas vezes, a vontade de enfrentar em conjunto tais desafios”.
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Peregrinos aproveitam a pausa no almoço para se refrescarem no interior da Fonte Luminosa, no Jardim da Praça do Império, depois de verem o Papa Francisco.
A lei do Governo que estabelece o perdão de penas e amnistia de infrações praticadas por jovens a propósito da Jornada Mundial da Juventude foi publicada esta quarta-feira em Diário da República e entra em vigor a 01 de setembro.
Em causa estão crimes e infrações praticados até 19 de junho por jovens entre 16 e 30 anos, determinando-se um perdão de um ano para todas as penas até oito anos de prisão.
Está ainda previsto um regime de amnistia para as contraordenações com coima máxima aplicável até 1000 euros e as infrações penais cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou 120 dias de pena de multa.
A lei compreende exceções ao perdão e amnistia, não beneficiando, nomeadamente, quem tiver praticado crimes de homicídio, infanticídio, violência doméstica, maus-tratos, ofensa à integridade de física grave, mutilação genital feminina, ofensa à integridade física qualificada, casamento forçado, sequestro, contra a liberdade e autodeterminação sexual, extorsão, discriminação e incitamento ao ódio e à violência, tráfico de influência, branqueamento ou corrupção.
A Meo, parceira da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), anunciou hoje que até terça-feira o tráfego de roaming mais do que duplicou e os dados cresceram mais de 56 terabytes (TB), um "números recorde no arranque do evento".
Até terça-feira, véspera da chegada do Papa Francisco a Portugal, a Meo registou "um crescimento de 129% de tráfego de roaming e mais de 56 TB de tráfego de dados, números recorde no arranque do evento", refere a operadora da Altice Portugal.
"A afluência de jovens de todo o mundo a Lisboa está a refletir-se nos dados registados em roaming" da Meo, com a "operadora a detetar um acréscimo de mais do dobro do que tinha registado no início do mês de julho".
Assim, "naquele que é o maior evento do ano em Portugal, onde são esperados cerca de um milhão de peregrinos, o impacto começou a fazer-se sentir antes mesmo da celebração da missa inaugural, que teve lugar no Parque Eduardo VII (Colina do Encontro), em Lisboa, o que se verificou também no tráfego de dados".
No total dos dias que antecederam a chegada do Papa Francisco a Lisboa, "o tráfego de dados associado ao evento somava já mais de 56 TB dos quais mais de 16 TB foram processados pela rede 5G do Meo".
No tráfego de voz, "os números são da mesma grandeza", sendo que num só dia, terça-feira, registou "mais de 204 mil minutos de chamadas".
Ou seja, "são mais de 3400 horas, quase 142 dias de comunicações, em apenas 24 horas, só no Parque Eduardo VII", ilustra a Meo.
"Com o objetivo de garantir a melhor conectividade ao maior evento de sempre em Portugal, a Meo está a assegurar uma megaoperação a nível tecnológico e de redes, com uma equipa especializada de três centenas de pessoas", conclui.
Cerca de uma centena de profissionais das forças de segurança manifestou-se esta quarta-feira, em frente ao Palácio de Belém, no dia em que o Papa Francisco foi recebido pelo presidente da República. Polícias exigem melhores salários.
O Papa Francisco vai rezar o terço com 112 jovens deficientes e reclusos no sábado, na Capelinha das Aparições, em Fátima, durante a sua visita a Portugal, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), anunciou hoje o Santuário.
Segundo uma nota divulgada esta quarta-feira, o líder da Igreja Católica estará, na manhã de sábado, com 98 jovens com deficiência e jovens reclusos que, pela sua situação, não podem participar na JMJ, em Lisboa.
A estes jovens, juntam-se 14 jovens portadores de deficiência que se deslocam a Lisboa, apoiados pelo programa "Vem para o Meio", uma iniciativa do Santuário de Fátima dinamizada pela casa em Fátima da Associação Silenciosos Operários da Cruz (SOC).
"No total, 112 jovens e 128 acompanhantes acompanham o Papa no terço, que será rezado por intenção dos jovens participantes na JMJ, dos jovens doentes e reclusos, pela paz e pelo Papa", refere o Santuário de Fátima.
Entre os participantes estarão 10 jovens do Centro de Apoio a Deficientes João Paulo II, de Fátima; 17 jovens do Centro de Reabilitação e Integração de Fátima, e seis da Casa do Bom Samaritano, além de 20 jovens portadores de deficiência que pediram de forma individual para participar.
O grupo inclui ainda 18 jovens da Associação Silenciosos Operários da Cruz (SOC) de Itália - dois são colombianos - e 19 provenientes dos SOC da Polónia.
Da prisão-escola do Estabelecimento Prisional de Leiria estarão presentes seis jovens reclusos e dois jovens colaboradores do Santuário de Fátima completam o grupo.
O Santuário já tinha apelado aos peregrinos, numa mensagem divulgada na sua página na Internet, para que "na manhã de sábado, dia 05 de agosto, possam estar em Fátima para rezar com o Santo Padre".
Na troca de presentes da visita oficial de Estado no Palácio de Belém, em Lisboa, o Papa Francisco ofereceu ao presidente da República uma medalha comemorativa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
No centro da medalha, criada pela artista italiana Amalia Mistichelli, entalhada numa esfera armilar encontra-se a catedral patriarcal de Santa Maria Maior, o principal local de culto católico na capital portuguesa. Em redor da igreja matriz está gravada a expressão em latim “Dies Mvndualis inventvtis Lisbonae MMXXIII” (Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023) e em cima o logotipo oficial da edição deste encontro mundial com os jovens.
Todos estes elementos estão ligados às efígies dos 13 padroeiros da JMJ que dedicaram suas vidas ao serviço dos jovens: S. João Paulo II, S. João Bosco, S. Vicente, Santo António, S. Bartolomeu dos Mártires, S. João de Brito, a beata Joana de Portugal, o beato João Fernandes, a beata Maria Clara do Menino Jesus, o beato Pier Giorgio Frassati, o beato Marcel Callo, a beata Chiara Badano e o beato Carlo Acutis.
O chefe máximo da Igreja Católica está de regresso a Portugal para participar até domingo no encontro mundial de jovens, em Lisboa.
Apela mais uma vez à paz, pedindo à Europa siga o “espírito de diálogo que a caracteriza” para criar “vias inovadoras” capaz de acabar com a guerra na Ucrânia e os tantos outros conflitos que “ensanguentam o Mundo”. Palavras que são muito aplaudidas pela sala
Agradece o “grande trabalho e generoso empenho” de Portugal para acolher o evento, defendendo que a “maré de jovens” presente nesta “cidade acolhedora” é motivo de esperança.
Papa Francisco enumera agora três “estaleiros de construção da esperança” que espera que a humanidade possa trabalhar em união: o ambiente pela preservação da “nossa casa comum”, o futuro “que são os jovens” e a fraternidade. Temos de trabalhar pelo bem comum”, resume.
O presidente da República afirmou que Portugal recebe Francisco de "braços abertos", acolhendo o seu testemunho de "dignidade das pessoas" e de que "nunca é tarde para olhar para o outro".
"Santo Padre, hoje, em Lisboa, Portugal acolhe-vos de braços abertos por cinco dias inesquecíveis", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa cerimónia com o Papa Francisco e entidades oficiais, civis, membros do corpo diplomático e líderes de partidos políticos.
Sentado num cadeirão branco e tendo a seu lado o líder da Igreja Católica, o Presidente da República referiu que Portugal acolhe o testemunho do Papa de "dignidade das pessoas, entre elas e na relação com a natureza, de esperança, de paz, de fraternidade, de procura das periferias, de luta contra fomes, misérias, opressões, abusos, xenofobias, intolerâncias, exclusões dos deserdados destes tempos".
"E, convosco, acolhe também de braços abertos os jovens católicos e também crentes de várias crenças, e não crentes, vindo ao apelo das vossas palavras. Porque convosco a Vossa voz tornou-se maior do que o vosso povo", frisou.
No dia em que o Papa aterrou em Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude, o JN desafiou jovens de todo o Mundo a saudar Francisco na língua do seu país de origem. O primeiro encontro com os jovens acontece na quinta-feira às 17.45 horas, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
As pessoas que se concentraram hoje de manhã nos jardins de Belém para ver o Papa Francisco começaram a desmobilizar do local às 11.15, depois de 20 minutos a entoar cânticos e a gritar euforicamente pelo líder da Igreja Católica.
O Papa chegou ao local aproximadamente às 11 horas para uma visita de cortesia ao presidente da República, tendo sido recebido numa cerimónia com honras militares e uma salva de tiros, sentando-se depois num cadeirão branco ao lado de Marcelo Rebelo de Sousa, em frente ao Palácio de Belém.
Com bandeiras de vários países a agitarem-se no ar, o Papa Francisco foi recebido com euforia por uma multidão descontente com o facto de os jornalistas, alinhados num estrado frente à entrada principal do Palácio, estarem a bloquear o seu campo de visão, gritando em castelhano "câmaras fora".
Uma das crentes que se manteve no local, Deolinda Ferreira, contou que é difícil traduzir os sentimentos ao ver o Papa Francisco, mesmo que a muitos metros de distância: "Vê-lo é uma sensação extraordinária, não sei explicar, é muito bom", disse à Lusa, já depois de o Papa ter saído da entrada do palácio.
Deolinda chegou a Belém cerca das 8 horas e esperou durante três horas, mas disse que não irá já embora, na expectativa de que o Papa Francisco vá até à varanda dos jardins do Palácio de Belém cumprimentar os fiéis.
Maria Fundo também esteve algumas horas a aguardar a chegada do líder da Igreja Católica e, apesar de o ter visto por entre as dezenas de câmaras de televisão, fotógrafos e jornalistas, garantiu que valeu a pena.
"Pode ter sido a última oportunidade para ver o Papa Francisco. Foi muito arrepiante", contou a jovem, que acordou às 06:00, em Sintra.
Após a visita de cortesia ao presidente da República, que inclui uma passagem pela residência presidencial, Francisco segue para um encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, no Centro Cultural de Belém (CCB), mesmo ao lado do palácio.
Emília Chaves, Carminda Fernandes e Isabel Rodrigues foram as primeiras a chegar ao Jardim Afonso de Albuquerque, em frente ao Palácio de Belém, onde o presidente da República vai receber o Papa esta manhã de quarta-feira. "Chegámos às 6.30 horas".
"Queríamos ter a certeza de que víamos o Papa na linha da frente. Já vimos o avião dele passar, branco e azul, muito bonito, acompanhado pelos F16" , diz Emília Chaves, que trouxe uma saia comprida por respeito ao líder da Igreja Católica. "No Vaticano não se pode estar de calções e vim em conformidade", justifica. A amiga Carminda veio "mais por arrasto".
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Durante a viagem para Lisboa, onde participará na Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco disse a jornalistas italianos que regressará a Roma "rejuvenescido".
De recordar que o pontífice argentino fez uma cirurgia abdominal há apenas dois meses, tendo recuperado a tempo de marcar presença no evento que espera reunir um milhão de jovens de todo o Mundo.
Milhares de pessoas estão junto ao Palácio de Belém, onde o Papa Francisco chegou com muitos aplausos para ser recebido por Marcelo Rebelo de Sousa. A cerimónia de boas-vindas do presidente da República contou com honras militares. Os três ramos das Forças Armadas estão ali representados e na guarda de honra. Ouviram-se os dois hinos, do Vaticano e de Portugal, uma vez que esta é, além de uma visita religiosa, uma visita de Estado.
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O Papa Francisco saudou esta quarta-feira os chefes de Estado de Itália, França e Espanha quando o voo que o transportou até Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sobrevoou estes países.
Num telegrama dirigido ao presidente italiano, Sergio Matarella, no momento em que estava prestes a partir para Portugal, por ocasião da JMJ, "animado pela alegria" de se encontrar "com os jovens provenientes de todas as partes do mundo", o Papa deixou "votos de que, animados pela fé e desejosos de levantar-se e pôr-se a caminho, eles recebam, a força do encontro com Cristo e sejam encorajados na busca da verdade e do sentido da vida".
"Certo de partilhar essa esperança consigo, senhor Presidente, é-me grato dirigir-lhe a minha saudação cordial, que estendo a todos os italianos, acompanhando-a com os votos orantes de paz e prosperidade", disse.
Ao presidente francês, Emmanuel Macron, enviou os melhores desejos, assim como para os seus concidadãos, garantindo orações pela paz e bem-estar da nação.
Ao rei de Espanha, Felipe VI, mandou cordiais cumprimentos, extensíveis à família real e aos cidadãos de Espanha, assegurando a todos orações e invocando sobre o reino bênçãos de serenidade e alegria.
O Papa saiu do avião através de um elevador e em cadeira de rodas, tendo sido cumprimentado por Marcelo Rebelo de Sousa e por duas crianças, filhas de militares da base, que lhe entregaram flores. Francisco, por sua vez, ofereceu um terço a cada um deles. Está agora a percorrer uma passadeira vermelha, onde se encontram os mais altos representantes do Estado e da Igreja em Portugal.
O presidente da República segue ao lado de Francisco e em conversa com este, de sorrriso no rosto.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está a liderar a comitiva portuguesa que se aproxima da aeronave que transportou o Papa. Foi estendida uma passadeira vermelha para que os passageiros saiam do aparelho.
As alas militares de cortesia vão ser compostas por 11 cadetes-alunos da Academia Militar da Força Aérea, que já estão em posição.
Esta é a segunda visita de Francisco a Portugal, que esteve em Fátima em maio de 2017.
O avião que transporta o Papa chegou a Lisboa 17 minutos antes do previsto, tendo aterrado pelas 9.43 horas. O Sumo Pontífice entrou na aeronave, em Roma, numa cadeira de rodas e está neste momento a cumprimentar quer o seu séquito, quer os jornalistas que seguem a bordo.
As forças de segurança já estão a postos para receber o líder da Igreja Católica. O avião que transporta Francisco já entrou no espaço aéreo português e será escoltado por dois caças da Força Aérea.
Milhares de jovens católicos de várias nacionalidades que se encontram em Lisboa por ocasião da Jornada Mundial da Juventude estão eufóricos com a chegada do Sumo Pontífice à capital.
Foram colocados esta noite três cartazes de grandes dimensões a lembrar as vítimas dos abusos sexuais na igreja, em Lisboa, Loures e Oeiras. O "memorial" lembra o número dos 4800 casos reportados à Comissão independente que recebeu as queixas.
A Força Aérea partilhou uma imagem, tirada pelos "Lobos", a Esquadra 601, que mostra a multidão reunida para ouvir D. Manuel Clemente na cerimónia de abertura da JMJ, que se realizou esta terça-feira à tarde. "A voar, protegemos!", escreveram na rede social X (antigo Twitter).
DIA 2 (QUARTA-FEIRA):
Será o dia mais "diplomático". O Papa aterra na base de Figo Maduro às 10 horas e, às 11.15 horas, é recebido em Belém pelo presidente da República. Faz o primeiro discurso em solo nacional pouco depois das 12 horas, no Centro Cultural de Belém, perante as autoridades, corpo diplomático e membros da sociedade civil. Da parte da tarde reúne-se com o primeiro-ministro na Nunciatura Apostólica e com o presidente da Assembleia da república, Augusto Santos Silva, terminando o dia no Mosteiro dos Jerónimos, com um encontro com bispos, padres e outros religiosos, no qual fará a primeira de duas homilias que tem previstas – sendo a segunda no Parque Tejo, no dia 6.
DIA 3 (QUINTA-FEIRA):
De manhã, Francisco dirige-se à Universidade Católica para um encontro com jovens universitários e com refugiados, durante o qual fará novo discurso. Depois, já em Cascais, tem prevista uma breve saudação aos jovens da Scholas Occurrentes, programa educativo que o próprio criou na Argentina. À tarde, pelas 17.45 horas, dirige-se pela primeira vez ao Parque Eduardo VII, onde faz o terceiro discurso da sua visita.
DIA 4 (SEXTA-FEIRA):
Às 9h da manhã, em Belém, o Papa confessa alguns jovens peregrinos. Pouco depois, no Centro Paroquial da Serafina, discursa perante os representantes de vários centros de assistência socio-caritativa. Reúne-se com representantes de outras religiões na Nunciatura Apostólica, local onde almoçará, de seguida, com jovens peregrinos. Pelas 18 horas participa na Via Sacra da JMJ, durante a qual fará o quinto discurso que tem planeado.
DIA 5 (SÁBADO):
Às 8 horas, Francisco parte para Fátima de helicóptero, aterrando no estádio municipal – que tem o seu nome – 50 minutos depois. Pelas 9.30 horas reza o terço na Capelinha das Aparições, na companhia de jovens doentes, perante os quais também discursa. Regressa depois a Lisboa e só volta a ter agenda às 18 horas, para se reunir, no Colégio São João de Brito (jesuíta, tal como o Papa), com membros da Companhia de Jesus. Pouco antes das 21 horas, participa, no Parque Tejo, numa vigília com jovens peregrinos, onde discursará.
DIA 6 (DOMINGO):
É o dia mais esperado pelos peregrinos. Às 9 horas, o Papa Francisco celebra uma missa no Parque Tejo, perante uma multidão que rondará o milhão de pessoas. De tarde, às 16.30 horas, encontra-se com voluntários no Passeio Marítimo de Algés, ocasião na qual fará o seu oitavo e último discurso em Portugal. O seu avião parte às 18.15 horas, de Figo Maduro.
Bom dia, começa aqui o minuto a minuto da chegada do Papa a Portugal. Francisco vai ser recebido pelo presidente da República e terá alas militares de cortesia compostas por cadetes da Academia Militar da Força Aérea.
Esta é a segunda visita do Papa a Portugal e o avião que o traz partiu de Roma antes das sete da manhã (em Portugal continental).
O Airbus A320 vai percorrer 1957 quilómetros, num voo com duração de três horas e 10 minutos.
A bordo segue o séquito papal e 78 jornalistas, entre os quais 11 portugueses.
A Jornada Mundial da Juventude arrancou ontem e AQUI pode saber tudo o que está a acontecer neste evento que decorre em Lisboa até domingo.
Heriberto García Arias é um entre milhares de religiosos que percorrem por estes dias as ruas de Lisboa. O JN esteve à conversa com este sacerdote latino que faz do TikTok uma plataforma para chegar aos fiéis.
A missa de abertura da JMJ lotou esta terça-feira ao final da tarde o Parque Eduardo VII. Para o presidente da República, a "maré jovem sem precedência" dissipou todas as dúvidas sobre o evento católico. Manuel Clemente incentivou os jovens a não serem “reféns” do mundo virtual, mas antes a pôr-se a caminho.