Para a cientista Ana Pires, pouco falta para Portugal chegar ao espaço
É rápida no raciocínio e fala com entusiasmo sobre quase tudo, seja o próprio trabalho ou o dos pares. Ana Pires, de 44 anos, é a primeira cientista astronauta portuguesa e acredita que Portugal está preparado para ir espaço.
Corpo do artigo
“Faltam investimento e oportunidades”, diz a investigadora do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). Na Glex Summit, cimeira mundial de exploradores, que decorreu até quarta-feira, nos Açores, foi coordenadora científica de um painel exclusivamente dedicado às mulheres. E, imagine-se, tocou acordeão dentro de um vulcão.
Quando se olha para o percurso profissional de Ana Pires, percebe-se que não falta diversidade no currículo. Depois de uma licenciatura em Engenharia Geotécnica e de prosseguir os estudos em geociências - área que estuda o planeta Terra -, a cientista tornou-se investigadora do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC. Daí pareceu óbvio concorrer ao programa PoSSUM, que tem o apoio da NASA, a agência espacial norte-americana. Em outubro de 2018, tornou-se a primeira portuguesa a concluir o curso de cientista astronauta.