Telefonemas entre as bancadas, barulho de fundo e impasses marcaram o debate da moção de confiança.
Corpo do artigo
O pós-debate da moção de confiança parecia estar desenhado: com os votos anunciados do PS e do Chega, o Governo seria demitido e o país caminharia para eleições legislativas antecipadas. A previsão confirmou-se, é certo, mas não sem antes haver várias tentativas para reverter o cenário de crise política. Um rodopio de propostas e contrapropostas lançadas entre PS e PSD, pontuadas por intervenções acaloradas, barulho de fundo e telefonemas entre as várias bancadas parlamentares.
O desafio foi logo lançado pelo primeiro-ministro no início do debate da moção de confiança, que se mostrou disponível para suspender a sessão, caso o PS dissesse o que queria ver respondido sobre a Spinumviva. Não é claro se a declaração do chefe do Executivo apanhou Pedro Nuno Santos desprevenido. O secretário-geral socialista manteve-se sério e com os olhos postos em Montenegro durante todo o discurso do primeiro-ministro. Chegada a sua vez, o líder do PS disse que não abdicaria da comissão parlamentar de inquérito à empresa familiar de Montenegro.