Entre 6 e 10 de abril registaram-se 16 vítimas mortais na sequência de acidentes nas estradas portuguesas, além de 42 feridos graves e 555 feridos leves, o que representa mais 11 mortos, menos dois feridos graves e mais 48 feridos ligeiros em relação ao período da Páscoa do ano anterior.
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"Do total de 1758 acidentes com vítimas, verificados no período de 6 a 10 de abril de 2023, registaram-se 11 acidentes muito graves que provocaram 16 vítimas mortais, com idades entre 10 e 71 anos", refere a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) num balanço divulgado, esta quarta-feira à noite.
Os onze acidentes muito graves representam seis colisões e cinco despistes e "ocorreram nos distritos de Porto, Aveiro, Viseu, Santarém e Évora, em arruamentos e estradas nacionais, envolvendo 10 veículos ligeiros, três motociclos, dois ciclomotores e um velocípede".
Comparando com o ano de 2019, "que a Comissão Europeia considerou como o ano base de referência para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviária durante a presente década, critério que também foi adotado em Portugal, verificou-se, no respetivo período da Páscoa, um aumento de sete vítimas mortais, dois feridos graves e 36 feridos leves".
A ANSR acrescenta que, entre 6 e 10 de abril, "foram fiscalizados mais de dois milhões de veículos, quer presencialmente pela GNR e pela PSP, quer através de controlo por radar."
No que diz respeito ao controlo de velocidade por radar, foram fiscalizados 1.822.091 veículos, dos quais 10.945 circulavam com excesso de velocidade, "resultando numa taxa de infração (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) de 0,55%, abaixo da taxa registada em 2022 (0,73%)", acrescenta a ANSR, sublinhando que "na Páscoa de 2019, a taxa de infração tinha sido 0,64%."
Quanto à condução sob o efeito de álcool, "foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 33.037 condutores, tendo 739 apresentado uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida (TAS≥0,50 g/l), dos quais 401 condutores registaram uma TAS superior a 1,20 g/l."
Ainda segundo o balanço da ANSR, "foram detetadas 233 infrações" relativamente ao uso do telemóvel durante a condução.
A ANSR sublinha que "apesar dos progressos efetuados nos últimos 25 anos em Portugal, o número de mortos e de feridos graves nas estradas portuguesas continua a ser muito elevado", por isso, apela "a todos os que utilizam o sistema rodoviário para darem prioridade à vida e adotarem comportamentos seguros".