O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo do PS de "despudor total" no caso que envolve os novos gestores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e das alegadas contradições sobre a obrigação de apresentarem a declaração de rendimentos.
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"É uma indignidade para a função do Estado e é também uma total falta de ética. Se isto não é bater no fundo, o que é bater no fundo? Se isto não é faltar ao respeito às pessoas, o que é?", atirou Passos Coelho, que este sábado à noite falava para cerca de 500 militantes do PSD, em Vila Real, num jantar de homenagem aos antigos autarcas do concelho eleitos pelo partido.
É uma questão de decência, pois se a houvesse este folhetim não durava tanto tempo
O presidente dos sociais-democratas frisou desconhecer os compromissos assumidos pelo Governo com os novos gestores da CGD, mas mesmo assim exigiu que "quaisquer que eles tenham sido, pelo menos, que tenham a hombridade de dizer aquilo com que se comprometeram."
Frisando que "não é uma questão de guerra partidária", Passos Coelho sublinhou que é "uma questão de decência, pois se a houvesse este folhetim não durava tanto tempo!"
Em ambiente a cheirar a eleições autárquicas, Passos Coelho acusou ainda os socialistas de se prepararem para "usar a presença no Governo para fazerem campanha partidária" em 2017, prevendo que a próxima campanha eleitoral vai ser feita à custa do "aumento das pensões e dos subsídios de refeição para os funcionários públicos".
"O que estão a fazer devia envergonhá-los. Mostra que não têm respeito pelos lugares que ocupam e pelas pessoas", criticou.
O líder do PSD desafiou ainda o Governo a "dizer o dinheiro que tem para aumentar as pensões" e que o faça "a partir de janeiro e para todas as pessoas que precisam". Se fizer isso "estará a melhorar a situação delas e não a fazer política partidária". Mas se mantiver a proposta de aumentar as pensões só em agosto, avisou, "não se vai dispensar de ouvir as críticas da oposição, já que os portugueses merecem ser tratados com respeito".